quinta-feira, 3 de abril de 2014

O Verdadeiro Milagre Brasileiro na Scientific American Brasil


Nos últimos dez anos houve uma deterioração muito rápida no nível intelectual de meus alunos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E, pior do que isso, a cada semestre fica mais difícil encontrar jovens alunos motivados para efetivamente contribuir com o seu contorno social. Universidades no Brasil de hoje são meras pontes para a inserção (ou simples manutenção) de jovens na classe média. É praticamente impenetrável na mente de professores e alunos deste país a concepção básica de que universidades devem ser agentes transformadores da sociedade e não meros instrumentos sociais para benefícios exclusivamente pessoais.

Em um país como o nosso, no qual a credibilidade internacional e até mesmo doméstica tem sido afetada todos os dias por iniciativas e omissões do governo federal e da própria população brasileira, está cada vez mais difícil de sustentar qualquer grito de alerta. Parece que o povo desta nação está surdo, cego, mudo e desprovido de qualquer senso crítico. O Brasil tem caminhado muito rapidamente para se tornar uma nação de zumbis. E este é o principal motivo para a drástica diminuição de postagens no blog Matemática e Sociedade. Neste ano em que alguns recordam dos cinquenta anos de golpe militar eu também estarei completando meio século de existência. E a síntese disso tudo é que estou simplesmente cansado, sonhando com a independência financeira de meu filho para finalmente poder chutar o balde.

No entanto, no final do ano passado, vi algo que me abalou profundamente. Eu estava saindo do Prédio da Administração do Centro Politécnico da UFPR - tentando seguir meu caminho para casa - quando encontrei completamente por acaso um rapaz que distribuía exemplares de algo que parecia uma revista. Ele mais se assemelhava a um fanático religioso tentando pescar novos adeptos para uma igreja ou um militante político disseminando palavras de ordem tão comuns quanto os apelos de crianças que querem ganhar presentes de Natal independentemente de se comportarem bem durante o ano. Mesmo assim interrompi minha caminhada para perguntar o que ele estava distribuindo gratuitamente para os transeuntes. Fiquei atônito ao perceber que se tratava de uma revista de divulgação científica de alto nível: a Polyteck. E o rapaz que a distribuía era o principal responsável por aquela publicação: André Sionek, um jovem estudante do curso de física da UFPR.

Dias depois, André Sionek e Raisa Jakubiak (ex-aluna do curso de física da UFPR) conversaram com os alunos de uma das minhas turmas do segundo semestre letivo de 2013. Nesta conversa tive acesso a informações mais detalhadas sobre a Polyteck, e imediatamente decidi apoiá-los. Pedi a Ulisses Capozzoli (editor de Scientific American Brasil) para publicar um artigo sobre esta excepcional iniciativa de jovens que genuinamente compreendem o verdadeiro papel de uma universidade enquanto agente transformador de sociedades inteiras. Se Capozzoli seguisse os comportamentos usuais neste país, ele teria recusado meu pedido. Afinal, por que não encarar a Polyteck como uma simples concorrente no mercado editorial de divulgação científica? No entanto, Capozzoli imediatamente aceitou minha proposta. E na edição de abril deste ano de Scientific American Brasil foi finalmente publicado o artigo. A revista já está nas bancas, incluindo referências e uma foto não veiculadas aqui.

Definitivamente a Polyteck não representa concorrência alguma contra os poucos periódicos de divulgação científica existentes em nosso país. Muito pelo contrário, a Polyteck simplesmente preenche uma lacuna fundamental na vida acadêmica desta nação. Isso poderá ser confirmado tanto pela leitura do artigo abaixo quanto pelo acesso à revista em si. 

Em resumo, caro leitor, esta postagem é uma rara boa notícia no Brasil de hoje. Por isso peço a você, leitor, que faça agora a sua parte: divulgue a Polyteck!

Pense sobre os benefícios reais que uma iniciativa como a Polyteck pode representar a médio e longo prazo em nosso país. Pense sobre isso e divulgue a revista! Faça com que esta publicação alcance seus amigos e familiares. Converse sobre o tema com todos os potenciais interessados. Mande e-mails e mensagens para veículos de comunicação em massa, incluindo sites, revistas, jornais, rádio e televisão. O que sustenta financeiramente a Polyteck são anúncios veiculados na própria revista. Não permita que esta corajosa iniciativa morra por conta de sua simples omissão, caro leitor! Mas, mais importante do que isso, leia a revista. Leia e reflita sobre o que lê. Reflita e divulgue o que achar relevante. Se tiver críticas e sugestões, faça-as também. Mas não permita que a omissão abra mais espaço para a mediocridade que assola o Brasil. 

O que espero desta postagem é que ela tenha mais visualizações do que aquela que aponta para as mazelas das universidades públicas brasileiras. Espero que otimismo desperte interesse maior do que pessimismo. E o que espero deste país é que ele não permita que a Polyteck seja mais uma tentativa frustrada de fazer do Brasil um país melhor. Afinal, do ponto de vista financeiro, a Polyteck ainda está sob constante ameaça de extinção.

Segue abaixo versão do artigo original adaptada para este blog. Espero que aprecie a leitura e se inspire no exemplo. Jovens têm o poder transformador em mãos. E este poder precisa ser usado logo, antes que o sistema acabe com ele.

Boa leitura!
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Artigo da edição de abril de 2014
de
Scientific American Brasil


Um ano atrás publiquei em Scientific American Brasil (edição de fevereiro de 2013) um artigo sobre a realidade das universidades públicas brasileiras, enfatizando a falta de sintonia do ensino superior público com a atual produção científica e tecnológica promovida nos países desenvolvidos. E, levando em conta a incipiente produção acadêmica da maioria das instituições privadas de ensino superior deste país, fica claro que o papel da universidade deve ser fundamentalmente revisto no Brasil. Recebi, ao todo, cerca de uma centena de mensagens e e-mails com comentários vindos de diversos lugares do país e do exterior. E, a julgar pelos conteúdos dessas mensagens, mais pessoas têm percebido que mudanças radicais precisam ser promovidas. Neste texto, porém, destaco uma magnífica iniciativa que nasceu de um grupo de jovens de Curitiba, Paraná. E escrevo este artigo com o propósito de alertar a todos os interessados que iniciativas como esta devem ser enfaticamente apoiadas por diferentes segmentos sociais, desde cidadãos até empresas e governos. 

Em maio de 2013 André Sionek, jovem estudante do curso de física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), retornou dos Estados Unidos após estudar durante um ano na University of Pennsylvania. Ele conseguiu esta oportunidade graças ao programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras. Ao contrário de muitos jovens que usam este programa apenas para fins de turismo internacional pago pelos cofres públicos, Sionek de fato viveu a vida acadêmica em uma instituição de ensino superior que é referência mundial. Desta forma ele percebeu diferenças profundas e preocupantes entre o ensino superior nos Estados Unidos e aquele que é praticado no Brasil.

Faço, a seguir, uma breve lista de algumas das diferenças observadas por Sionek. 

1. As ementas de disciplinas lecionadas na University of Pennsylvania (Upenn) são muito parecidas com ementas de disciplinas equivalentes lecionadas em universidades brasileiras como a UFPR. No entanto, a carga horária média dos alunos de lá é consideravelmente inferior àquela praticada aqui. E, apesar disso, a formação dos alunos norte-americanos é muito superior a de brasileiros. Isso porque, ao contrário da prática comum daqui, alunos de uma instituição como a Upenn estudam diariamente e não apenas em época de avaliação. Além disso, existe real participação dos alunos norte-americanos em sala de aula. Para citar apenas um exemplo, comumente livros apenas mencionados por um professor são lidos por alunos logo em seguida.

2. Nos Estados Unidos alunos procuram as melhores universidades com o propósito de aprender, de se prepararem para a competitiva realidade do mercado de trabalho. No Brasil, jovens procuram universidades com o objetivo de obter diplomas. 

3. As áreas de conhecimento nas universidades brasileiras são profundamente segmentadas. Falta interação entre profissionais e estudantes de diferentes especialidades. Isso porque alunos brasileiros ingressam em cursos, os quais ficam isolados do restante de suas respectivas universidades. Nos Estados Unidos os alunos ingressam em universidades e não em cursos. Lá eles têm a oportunidade de trocar ideias com pessoas de diferentes formações. E é bem sabido que interdisciplinaridade é fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico de ponta.

Retornar ao Brasil foi muito difícil para Sionek, uma vez que o ambiente acadêmico brasileiro é, em geral, desestimulante. Como ele cursou uma disputada disciplina sobre empreendedorismo na Upenn, Sionek usou as ferramentas lá aprendidas e criou a Polyteck, em parceria com um ex-colega de laboratório, Fábio Rahal. Trata-se de uma revista de ciência e tecnologia publicada mensalmente desde setembro de 2013.

A tiragem mensal da Polyteck é de dez mil exemplares, todos distribuídos gratuitamente para estudantes, professores e demais interessados. Os artigos são, em geral, adaptações de textos originalmente publicados em periódicos de prestígio, mas pouco conhecidos por jovens estudantes brasileiros, como Nature, Cell, Science e Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. Além disso, a Polyteck prioriza a publicação de artigos sobre desenvolvimentos científicos e tecnológicos interdisciplinares, com o objetivo de estimular a postura universal que toda universidade deveria ter. Outra característica importante da Polyteck é a publicação de textos escritos em inglês, novamente para estimular a leitura da língua usada na comunidade científica mundial e tão pouco conhecida nas universidades brasileiras, tanto por estudantes quanto professores.

Com o tempo foram criados um blog e uma página facebook da revista. Foi neste momento que entrou o terceiro membro da equipe Polyteck, a física Raisa Requi Jakubiak, hoje Diretora de Redação deste periódico de divulgação.

A diretoria da Polyteck tem realizado alguns levantamentos para apurar o potencial de receptividade para a revista. Questionários têm sido respondidos por alunos de várias instituições de ensino superior federais, estaduais e privadas, de diferentes estados. Em um dos questionários (respondido por 126 estudantes universitários) 67,5% dos respondentes acham que as universidades não colocam o estudante em contato com os problemas enfrentados atualmente na indústria e pesquisa. E 64,3% dos respondentes afirmam que as universidades não colocam seus alunos em contato com a fronteira da tecnologia e da ciência. Além disso, o questionário revelou a falta de conhecimentos dos respondentes sobre empreendedorismo. Esses dados, entre outros obtidos, serviram para nortear o perfil editorial da Polyteck.

Apesar da distribuição da Polyteck ser feita de maneira quase artesanal (conheci André Sionek em um dos campi da UFPR, distribuindo a revista entre transeuntes), a qualidade do periódico é impecável, desde diagramação e impressão até os conteúdos das matérias.

Inicialmente a simples ideia de criar a Polyteck foi recebida com considerável ceticismo. Um professor da UFPR chegou a afirmar: "A sua ideia é muito nobre e acredito que um material desse pode realmente causar algum tipo de transformação nas universidades. Mas não no Brasil. Uma revista nesses moldes não vai pegar por aqui. O universitário não quer ler, alguns não sabem sequer interpretar um texto."

Apesar da resistência de alguns, André Sionek vendeu seu carro e Fábio Rahal investiu suas próprias economias para, juntos, darem início ao ousado projeto. Eles também tiveram a orientação do Professor Emerson Camargo, Diretor da Agência de Inovação da UFPR. A expectativa é, a partir de algum momento, pagar as pesadas despesas de edição, impressão e distribuição com anúncios publicitários. Isso porque a diretoria da Polyteck descobriu que existem empresas interessadas em divulgar seus produtos e serviços em universidades, mas que enfrentam dificuldades para encontrar um veículo adequado de comunicação. A Polyteck parece ser uma solução para este problema. 

Além disso, recentemente um professor afirmou para Sionek que usará a Polyteck para ensinar seus alunos a escrever relatórios. 

Com estes resultados iniciais, é possível perceber um clima de entusiasmo entre os diretores da revista. Nas palavras de Sionek, "Nosso maior objetivo é fornecer ferramentas para transformar o aluno brasileiro, atualmente passivo e sem iniciativa, em um estudante de ponta, que é proativo e que entende as demandas da sociedade e da indústria e sabe resolver problemas complexos. Também queremos servir como um canal de conexão entre as diversas áreas do conhecimento e entre a indústria e a academia. Acreditamos que o estudante brasileiro ainda não descobriu o potencial que tem para reinventar o mundo. Sabemos que a tecnologia e a ciência são as áreas que têm maior potencial para causar transformações positivas na sociedade. Por isso, estamos aqui para incentivar o universitário a ampliar seus conhecimentos através da leitura e também para lembrá-lo de que é possível mudar o mundo."
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Estou planejando organizar uma palestra ministrada pela diretoria da Polyteck no Centro Politécnico da UFPR. Se você tem interesse em conhecer pessoalmente o trabalho da Polyteck, por favor deixe aqui um comentário. Desta forma poderei decidir sobre o espaço físico mais adequado para o evento.

32 comentários:

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    1. Sebastião

      Não sei responder à sua pergunta. Um pouco sobre isso é discutido no livro Sneaking a Look at God's Cards, de G. Ghirardi. Mas uma resposta conclusiva demanda um estudo sociológico que, até onde sei, jamais foi feito.

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    2. Existem muita razoes para isto. Eu vou lhe dar algumas: A mecanica quantica eh a teoria fundamental da materia. Mas ela evolui muito e na versao de "Quantificacao dos Campos", ela virou a base to que se chama "Modelo Padrao" de todas as particulas e de pseudo particulas (surgidas de propriedades emergentes ou troca de energia entre campos e suas intracoes com a materia). Com praticamente 3 geracoes do que realmente eh mecanica quantica (Bohr, Schrodinger e finalmente Feyman), os metodos da mecanica quantico com a mecanica estatistica entraram em quase tudo que se relaciona com fisica de materia condesada e radiacao. O casamento da mecanica quantica com a teoria quantica dos campos feito por Feyman e outros criou a materia de fisica mais perfeita da historia da fisica que juntou relatividade especial e mecanica quantica e explicou de onde vem a forca "weak forces" do nucleo. Mas, o que eh mais interessante eh que absolutamente nada que usamos hoje: computador, IPhone, iPAD, automoveis, enfim o mundo moderno como um todo, so funciona pelo o uso direto da mecanica quantica na criacao do transistor, do laser, das maquinas como resonancia magnetica etc. Daih, existe toda uma engenharia que usa mechanica quantica, tal "engenharia" nao cresceu no Brasil e ficou apenas esta coisa mistica na mente polular do que seria a mecanica quantica. Finalmente, a propria mecanica quantica tem certas propriedades na sua maquina matematica que nao aparece como uma coisa normal para a gente. Por exemplo, "entaglement" e o fato de que tudo que se mede, vira o que se esperava ser medido e nada mais. Entao, tem gente que acha que a realidade existe com uma ligacao subjetiva com a mente humana. Uma especie de, "so existe aquilo que se pensa" - daih, filosoficamente, aida se acha inconsistencia na mecanica quantica. Como nao foi possivel ainda se ter o casamento da mecanica quantica com a teoria geral da relatividade, ha muito pela frente. Agora as outras materias que voce falou, nao morreram nao -A mecanica celeste eh um lugar fertil para a se estudar a materia, como formacao de estrelas, elementos, buracos negros, etc. Mecanica dos fluidos eh ainda um projeto que nao terminou - tem muito a ver com caos e entra na area de transporte que eh usada em muito coisa. A descricao da matematica de fractais como pontos sem coneccao num fluido turbulento no espaco de fase eh um exemplo. Prever o tempo e o clima, eh outro. E a materia granular, eh uma coisa que combina escalas diferentes, que variam de distancias macro e distancias micro, ou nano, daih inclui tudo que falei a cima. Materia, tempo, gravidade, radiacao, interacao de particulas e campos etc. tudo isso mantem a fisica e a matematica viva, eno caso de "verdadeira Engenharias" (nao aquela que so ajuda passar em concurso da Vale ou Petrobras), que sao quase inexistentes no Brasil. trazem todo este conhecimento para criar objetos que inovao e trazem o futuro para uma realidade do dia a dia. Isso, nao temos no Brasil e talvez nuca teremos, pois poucos engenheiros sabem de fisica e poucos fisicos nao sabem nem como explicar fisica para estes tais engenheiros - digo, no Brasil. Daih, o nosso atraso. (Professor Carlos Paz de Araujo - Universidade de Colorad).

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    3. Carlos

      Muitíssimo obrigado pelo fascinante texto. Excelente!

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. Sebastião

      De fato já tivemos muitos problemas no blogger. Lamento muito pelo inconveniente.

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  2. Olá, sou aluna da PUCPR, mas fiquei muito interessada no projeto e na iniciativa dos alunos. A ideia é muito boa, e vem com o ótimo propósito de interligar as diferentes áreas de conhecimento, o que realmente nos falta nas universidades brasileiras. Parabéns aos alunos e ao senhor Professor de ter apoiado e divulgado a revista. Desejo sucesso a todos!

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    1. Desirrê

      Ótimo contar com a sua participação por aqui. Peço, em função de seu comentário, que divulgue o mais amplamente possível o trabalho da equipe Polyteck. A melhor das sementes não germina em terreno de sal.

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  3. Olá.
    Meu nome é Frederico VIlela, aluno da Universidade Federal de Uberlândia, estou cursando o Quinto Período de Engenharia Elétrica e sou membro Presidente do diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia Elétrica (DAFEELT).
    Simplesmente adorei o texto, otimo, tanto a introdução quanto o artigo. Já conhecia a Polyteck, pois já li algumas materias acerca e quando posso sempre dou uma olhada na edição e no blog.
    Adoraria tentar trazer para Uberlândia e principalmente para a UFU (Universidade Federal de Uberlândia) uma palestra da diretoria da Polyteck.
    Eu e o DA FEELT estamos abertos a tentar organizar tal evento aqui.
    Deixo meu contato e espero retorno
    parreira.frederico@gmail.com
    Abraço

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    1. Frederico

      Sensacional sua iniciativa! Encaminharei seu convite para a equipe da Polyteck.

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  4. Olá, Adonai!!!!
    Eis uma saída ou solução para acontecer o "Milagre Brasileiro", hoje ainda somente uma potencialidade!!!! O estudante brasileiro ( o professor, também, é um eterno aprendiz) deverá finalmente perceber que o "Santo de Casa" é capaz sim, de produzir milagres, bastando desde já adquirir os conhecimentos necessários através de boas leituras, apoiar ideias,trabalhos e esforços nesse sentido como os da revista Polyteck, fruto do pensamento construtivo de André Sioneck!!!!
    Farei a minha parte nesse empreendimento, pois, quero ser o projetista e não só o usuário do meu próximo equipamento de ponta e... chega de importados!!!!! KKKKKKK!!!!!!!!!!
    INTEL LOGO!!!!
    Um abraço!!!!!

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    1. Francisco

      Você tocou em um ponto crucial. Há uma suspeita generalizada de que brasileiros são, em princípio, incapazes. Existem sim brasileiros com um potencial fantástico. Mas ainda falta neste país um terreno fértil o bastante para fazer os talentos brotarem.

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    1. Então já temos um. Grato, Alvaro.

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    2. Oi Álvaro! Temos uma palestra agendada para esta segunda-feira 07/04 as 12:30, na Semana Acadêmica de Engenharia Química da UFPR. Não vamos falar muito sobre a revista, mas vocês está convidado a assistir!

      Esse é o cartaz de divulgação: https://www.facebook.com/Polyteck/photos/a.228046044009714.1073741828.216114601869525/315360888611562/?type=1&theater

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  6. Recebi por e-mail o comentário abaixo de Márcia Sakai:

    "Olá Adonai!

    Quero sim participar da palestra! Aliás, acho que seria bastante interessante
    aumentarmos o número de leitores da revista incluindo o ensino médio. Caso haja
    interesse posso ajudá-los!!

    Vou criar uma conta no google, pois não há mais a possibilidade de comentar como
    anônimo.

    Abraço!!
    Márcia"

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  7. Olá! Esta revista já é distribuída na UFBA? Obrigado!

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    1. Ítalo

      Recomendo que entre em contato com André Sionek. O contato pode ser feito via site da Polyteck ou facebook. Eles têm grande interesse de distribuir no país todo.

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  8. Como estou desempregado e f#$%do mesmo, atualmente tenho tempo.

    Onde e quando acontecerá?????

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    1. Leandro

      Este mês anunciarei a palestra na forma de postagem.

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  9. Olá, Professor,

    A iniciativa de Sionek é realmente admirável, e deveria ser apoiada, de maneira total, por todos quantos vejam na formação cientítica um meio lúcido e lógico de sair da situação atual. A Polyteck é um caminho, eficiente, para a conscientização científica, e de seu real papel na sociedade. Espero que a linha de divulgação ora adotada seja continuada. Sou membo de um fórum onde assuntos científicos são discutidos. Trata-se do Ciencialist que conta, hoje com uns 1000 participantes. Como primeira iniciativa de colaborar na divulgação da revista Politeck, e de seu blog - aliás, muito bom e instrutivo -, estou reenviando este link para lá, na esperança de que haja um efeito multiplicativo, o que deverá acontecer em medida aceitável, dado o nível dos participantes.

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    1. José Victor

      Poderia, por favor, divulgar detalhes sobre o Ciencialist? Acredito que muitos aqui, incluindo a mim, possam se interessar sobre este grupo.

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  10. As palavras de Sionek definem exatamente nosso padrão educacional: "estudantes passivos". Mas esse perfil é perfeitamente moldado na Educação Básica. Salvo um pouco de criatividade que os professores ainda deixam ter na Educação Infantil, ao entrarem no Ensino Fundamental, as crianças vão sendo moldadas nesse padrão passivo dia após dia durante 12 anos. Se podemos reduzir a Educação Básica em uma frase: copie a matéria do quadro, repita, faça conforme o modelo, não questione, arme e efetue, constate no texto e copie a resposta. Ou seja, espere o docente dar a resposta a qual é copiada do livro do professor com as respostas em azul. A Educação Básica faz o serviço de manter esse perfil de aluno por ser mais fácil dar "aula". E isso se reproduz também no Ensino Superior. As demandas da sociedade mudaram, mas o modelo educacional estritamente tradicional, não. Para mudar esse perfil de aluno que de nada contribuirá no Ensino Superior para o avanço de pesquisa, extensão e qualificação, só reestruturando a Educação Básica.

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    1. Anônimo

      Não podemos esquecer que o processo educacional opera em rede, como ocorre em qualquer fenômeno social de larga escala. Apenas mudar a educação básica não é uma boa ideia. Precisamos trabalhar em conjunto com diferentes segmentos sociais, incluindo aqueles que não estão trivialmente relacionados à educação, como saúde, segurança e justiça.

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    2. Sim, Adonai, concordo plenamente. O que quis escrever acima foi relacionando diretamente à Educação e ao ensino propriamente dito. Claro que sem as outras áreas que afetam diretamente a socidade, a escola não salva ninguém. =)

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  11. Oi Professor Adonai

    Só hoje pude ler esse seu artigo sobre a revista politeck, no entanto, tenho acompanhado o empenho do pessoal para divulgar a revista.
    Num ambiente altamente desestimulante (tão desestimulante que acabou me afastando pra muito longe dali), acho fundamental esse tipo de atitude e posso confessar que o que mais me deixa contente é ver a palavra interdisciplinaridade envolvida nisso tudo (algo que sempre foi tão vetado, castrado até, no departamento do qual me afastei totalmente e do qual guardo um diploma, infelizmente, estéril.)
    Muito bacana o seu apoio ao pessoal da revista e espero que prosperem!!

    Sua ex aluna Leticia Kinsler

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    1. Cara Leticia

      Há tempos que eu não lia comentários seus por aqui. É ótimo saber de seu ânimo com a Polyteck. Não esqueça que há palestra deles na próxima sexta-feira, às 15:00h, no Auditório do primeiro andar do Prédio da Administração, aqui no Politécnico. Se não puder vir, convide potenciais interessados. Enquanto isso, que tal escrever um depoimento para o blog? Sua experiência pessoal pode servir de referência para muitos jovens estudantes.

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    2. olhe que é uma boa ideia heim, professor!! Vou pensar nisso. Quanto a palestra deles, não poderei ir, infelizmente, porque minha vida de advogada não permite...é o que me resta após desistir da ciência não é? Mas como disse, esou acompanhado o que eles vem fazendo e acho ótimo! E quanto ao Blog, estou sempre de olho, sim! espero que o professor esteja bem e, assim que eu resolver escrever algo te aviso pra trocarmos uma ideia a respeito disso. Um grande abraço professor!

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    3. Ótimo, Leticia. Fico aguardando.

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  12. A sensata "loucura" destes jovens nos dá a exata medida do quão esclerosadas estão as nossas instituições. Considere o encontro casual com estes jovens distribuindo estas revistas como uma forma de mostrá-lo que o desânimo ainda não foi suficiente para dominá-lo. E ainda bem que o bom senso não o deixou concordar com seu colega que julgou a publicação "boa demais para um país como o nosso". Esse sim, já morreu e não sabe. Parabéns pela iniciativa

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    1. Anônimo

      Grato pelo apoio. Um de nossos problemas neste país é a acomodação com a má qualidade de vida. Recebemos doses homeopáticas de desânimo e acabamos aceitando naturalmente essa agonizante realidade.

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  13. É interessante o que ele fala sobre a carga horária menor lá. Brasileiro tem uma obsessão por jornadas longas e extenuantes, seja no ambiente profissional ou acadêmico. Isso provavelmente tem relação com nosso passado escravocrata.

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