segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Olavo de Carvalho

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Recebi hoje e-mail de um leitor deste blog perguntando por que citei Olavo de Carvalho em uma postagem recentemente veiculada. Essa pergunta foi motivada por questionamentos a respeito de certas afirmações deste jornalista comumente conhecido por alguns como um filósofo. 

Uma vez que Olavo de Carvalho consegue combinar discursos brilhantes com outros escandalosamente absurdos, creio que a indagação feita por este leitor merece ser respondida aqui. 

Citei uma entrevista com Olavo de Carvalho simplesmente porque ela continha uma discussão extremamente pertinente. E jamais deixarei de aproveitar boas ideias baseado em quem as defende. A correlação entre pessoas e ideias é assunto altamente não trivial.

No entanto, preciso também esclarecer alguns pontos sobre os quais devemos ser extremamente cuidadosos quando Olavo de Carvalho decide falar ou escrever. E ele fala e escreve muito!

Começarei com alguns exemplos. O primeiro se refere à mecânica newtoniana.

Neste texto publicado no Jornal do Brasil em 2006, Olavo de Carvalho contesta a Primeira Lei de Newton, afirmando que: 

"se o movimento é eterno, não faz sentido falar em 'estado presente' a não ser por referência a um observador vivo dotado do sentido da temporalidade. No movimento eterno, tudo é fluxo e impermanência. Não há 'estados' - seja de repouso ou de movimento. 'Estado' é apenas uma impressão subjetiva que o observador, ele próprio envolvido no movimento geral, obtém ao medir os movimentos físicos pelo seu tempo interior. A tentativa de montar um universo puramente matemático independente da percepção humana acabava fazendo tudo depender da própria percepção humana. A física materialista fundava-se numa metafísica idealista."

Antes de discutir sobre o parágrafo acima, preciso esclarecer o seguinte. Promovo esta discussão principalmente por conta da grande influência que Olavo de Carvalho exerce sobre muitos jovens. Se fosse um autor qualquer, certamente eu não daria atenção a este pobre texto. 

Pois bem. O que Carvalho faz acima é uma pretensa exegese sobre um tratado (Principia), o qual estimulou a concepção de inúmeras formulações não equivalentes entre si para a mecânica clássica (como as de Arnol'd, McKinsey-Sugar-Suppes, Noll, entre muitas outras). E o grande problema de exegeses (perturbadoramente comuns entre "filósofos" brasileiros) é que elas comumente refletem meras percepções pessoais daqueles que as escrevem, revelando apenas suas próprias limitações intelectuais. Existem sim muitas críticas extremamente pertinentes à obra de Newton. E Carvalho demonstra clara ignorância ao citar Goethe como um dos três principais críticos da mecânica newtoniana, enquanto sequer menciona Mach. 

Em sua pobre e distorcida exegese, Carvalho afirma categoricamente que não há estados. Ou seja, ele impõe uma percepção própria, desqualificada e única sobre o que entende por estado em mecânica. A obra Principia, de Isaac Newton, é um marco que deu origem a inúmeras formulações para o que hoje se entende por mecânica newtoniana. Em cada uma delas há uma visão própria sobre o que se entende por estado de um sistema físico. Essa multiplicidade de visões sobre as ideias originais de Newton decorre justamente por conta do pioneirismo deste grande físico britânico. Obras pioneiras são frequentemente escritas de forma a admitir múltiplas interpretações, mesmo na área de ciências exatas. Georg Cantor que o diga! Criou uma teoria de conjuntos (hoje chamada de ingênua) que deu origem a inúmeras formulações extraordinariamente qualificadas, porém não equivalentes entre si (como ZF, NBG, T e T*, entre muitas outras). Além disso, até hoje não está suficientemente claro se o texto original de Newton faz uso ou não do cálculo diferencial e integral criado por ele mesmo. Portanto, qualquer avaliação responsável sobre o livro Principia demanda uma análise muito mais profunda do que aquela promovida em um texto de uma página, desprovido de referências e que se limita a uma visão única e vaga. Carvalho afirma, por exemplo, que no movimento eterno tudo é fluxo e impermanência. Além de não qualificar seu texto (usando a expressão "tudo" que, sob exegese minha, pode contemplar até mesmo unicórnios e lobisomens), ainda impõe uma alegada impermanência que jamais é justificada. Afinal, existe pelo menos um fator em comum entre todas as formulações hoje existentes para a mecânica newtoniana, a saber, os princípios de invariância. Tais princípios de invariância, matematicamente descritos via teoria de grupos, espelham justamente as leis físicas, as quais são invariantes (ou seja, permanecem as mesmas) sob transformações de coordenadas de um observador para outro, dadas certas condições especificadas em cada formulação. 

Carvalho ainda acusa Isaac Newton de montar um universo puramente matemático independente da percepção humana. Bem, do ponto de vista da prática usual do físico, foi exatamente o oposto que ocorreu. Isso porque, como bom físico que era, Newton estava fortemente comprometido com a testabilidade de suas ideias. E tais testes parecem refletir modos de percepção humana. Já do ponto filosófico, Newton mesmo percebia que suas ideias apenas salvavam as aparências daquilo que experimentos pareciam demonstrar. Isso porque a ideia de uma ação-a-distância (na gravitação newtoniana, por exemplo) conta com um caráter metafísico bem conhecido na literatura. Críticos como Helmholtz e Hertz chegavam a se referir a este caráter metafísico como antropomórfico, remetendo a uma exagerada preocupação de Newton com os modos de percepção humanos. Já de um ponto de vista filosófico bem mais profundo, as relações entre modelos matemáticos e experimentos realizados em laboratório são até hoje um mistério. Ninguém sabe ao certo por que a matemática consegue salvar as aparências percebidas em processos de medição realizadas por físicos experimentais. Ou seja, falta a Carvalho a percepção da dúvida e da pluralidade de ideias, quando o assunto é mecânica newtoniana. 

Há muitos outros trechos no artigo em questão que são igualmente assustadores. Mas prefiro agora caminhar para o segundo exemplo: teoria da relatividade de Einstein.

Nesta palestra, Olavo de Carvalho afirma que a teoria da relatividade de Einstein foi criada para salvar as aparências do heliocentrismo. Ele chega a dizer que Einstein julgou que "era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo". Para sustentar seu argumento, ele usa como referência a famosa experiência feita por Michelson e Morley, que indica que a velocidade da luz no vácuo é independente do observador. Para uma visão intuitiva e extremamente didática deste experimento, recomendo ao leitor este link

Carvalho sugere ainda que a constância da velocidade da luz detectada por Michelson e Morley evidencia que a Terra é um referencial privilegiado, o que daria suporte ao modelo geocêntrico. 

Em primeiro lugar, a teoria da relatividade restrita de Einstein não se justifica a partir de um único experimento. Qualquer experiência (e são muitas!) realizada em aceleradores de partículas precisa levar em conta efeitos relativísticos de dilatação do tempo. Além disso, Einstein não modificou a física inteira (conforme afirma Carvalho) e jamais teve essa pretensão. Pelo contrário, há motivações filosóficas em seu trabalho que claramente sustentam o seu compromisso com o conhecimento então vigente de física teórica. O fato é que as leis da mecânica newtoniana são invariantes sob transformações de Galileu. Já as leis da eletrodinâmica clássica não são! As leis da eletrodinâmica clássica de Maxwell são invariantes sob transformações de Poincaré (inconsistentes com Galileu). O que Einstein fez foi um processo de unificação entre mecânica e eletrodinâmica, criando a teoria da relatividade restrita, cujas leis são invariantes sob transformações de Poincaré e que, sob regime de baixas velocidades, apresenta uma equivalência (em escalas experimentais, sob margens de erro toleráveis) a certos aspectos da mecânica newtoniana. Ou seja, Einstein manteve a eletrodinâmica clássica intocável. Olavo de Carvalho deveria saber que a física não se resume à mecânica.

Na mesma palestra Carvalho admite não entender a noção de curvatura do espaço-tempo (presente na teoria da relatividade geral). No entanto, não hesita em criticar essa ideia também. O fato de ele não compreender uma ideia, parece ser justificativa suficiente para rejeitá-la. Isso por si só revela uma perigosíssima presunção. 

Apesar de Carvalho não mencionar explicitamente sobre a teoria da relatividade geral, discursa sobre curvatura do espaço-tempo, negando-a. Isso também revela uma grave desordem mental. 

Não sei se Olavo de Carvalho usa o sistema GPS, para chegar de um ponto A a um ponto B. Mas se o fizer, estará caindo em uma armadilha criada por ele mesmo. Isso porque o sistema GPS aplica tanto a teoria da relatividade restrita quanto a geral para fazer correções de sincronia entre relógios na Terra e relógios em satélites artificiais que orbitam nosso planeta. Ou seja, maldizendo ou não Einstein, ele depende da obra deste físico alemão para saber onde está e para onde deseja ir.

Há muitas outras questões controversas sobre Carvalho, incluindo sua proposta de incluir a astrologia como um ramo da ciência. Mas discutir sobre astrologia como ciência já chega a um absurdo que temo desrespeitar o leitor. Por isso prefiro não discutir sobre este tema aqui.

Mesmo físicos extremamente experientes conseguem fazer afirmações absurdas sobre física. E Olavo de Carvalho demonstra claramente não ter a mais remota familiaridade com física a não ser, talvez, a partir de textos de divulgação científica destinados a leigos. No entanto, ainda assim insiste em opinar sobre temas da física moderna. Isso me faz questionar se há algum sentido em suas afirmações sobre outros temas, como história da religião e política. 

Portanto, o leitor deve ter muito cuidado com o que Carvalho afirma. Suas declarações nesta entrevista são incisivas, mas pertinentes. No entanto, são pertinentes sob o meu ponto de vista. Não sei dizer se eu compartilharia com as justificativas que ele teria para apresentar às suas declarações sobre a educação brasileira. 

É óbvio que o leitor deve aprender a filtrar qualquer informação que receba, seja de onde for. Isso não se aplica somente a Olavo de Carvalho, mas a qualquer pessoa. No entanto, Carvalho demonstra o persistente hábito de opinar sobre o que não demonstra conhecer. Ele faz isso quando discute sobre o aquecimento global, o darwinismo e a história da ciência. 

Como filtrar ideias? Bem, não há procedimento efetivo para isso. Mas pensar e discutir com uma variedade grande de pessoas compromissadas com o conhecimento já ajuda.
__________
Nota: Em virtude de grande volume de comentários nesta postagem, decidi complementar este texto. Para detalhes, clique aqui.

236 comentários:

  1. ... E o que dizer de César Lattes, que disse o seguinte em uma entrevista:


    Entrevistador: O senhor é tido como um crítico de Einstein, não é mesmo?

    César Lattes: Einstein é uma fraude, uma besta! Ele não sabia a diferença entre uma grandeza física e uma medida de grandeza, uma falha elementar.

    Entrevistador: E onde exatamente ele cometeu a falha a qual o senhor está falando?

    César Lattes: Quando ele plagiou a Teoria da Relatividade do físico e matemático francês Henri Poincaré, em 1905. A Teoria da Relatividade não é invenção dele. Já existe há séculos. Vem da Renascença, de Leonardo Da Vinci, Galileu e Giordano Bruno. Ele não inventou a relatividade. Quem realizou os cálculos corretos para a relatividade foi Poincaré. A fama de Einstein é mais fruto do lobby dele na física do que de seus méritos como cientista. Ele plagiou a Teoria da Relatividade. Se você pegar o livro de história da física de Whittaker, você verá que a Teoria da Relatividade é atribuída a Henri Poincaré e Hawdrik Lawrence. Na primeira edição da Teoria da Relatividade de Einstein, que ele chamou de Teoria da Relatividade Restrita, Ele confundiu medida com grandeza. Na segunda edição, a Teoria da Relatividade Geral, ele confundiu o número com a medida. Uma grande bobagem. Einstein sempre foi uma pessoa dúbia. Ele foi o pacifista que influenciou Roosevelt a fazer a bomba atômica. Além disso, ele não gostava de tomar banho…


    fontes:

    http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/entrevista-cesar-lattes-fala
    http://inacreditavel.com.br/wp/entrevista-cesar-lattes-fala-sobre-einstein/

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    1. Eduardo

      Pois é. Este é um dos pontos mais complicados na vida de Cesar Lattes. Ele tinha uma aversão muito grande contra físicos teóricos e, especialmente, Einstein. A teoria da relatividade restrita não se resume àquilo que Poincaré e outros fizeram. Einstein foi o primeiro a derivar as equações de Lorentz a partir dos postulados da constância da velocidade da luz e do princípio da relatividade. Naturalmente ele se valeu de trabalhos anteriores, como todo cientista faz. E naturalmente pode haver um exagero em considerar que a teoria da relatividade restrita foi obra de um só homem. Até sobre a relatividade geral existe uma certa polêmica. Oficialmente a teoria da relatividade geral foi feita apenas por Einstein e mais ninguém. Mas havia trabalhos semelhantes de David Hilbert, anteriores a Einstein. Ou seja, existe sim uma controvérsia histórica sobre a concepção dessas duas teorias. Mas, a partir disso inferir que Einstein era uma fraude ou uma besta, aí o exagero é de Lattes. A raiva de Lattes sempre foi muito aparente. Por isso mesmo a referência à falta de banho de Einstein. Não há neste discurso uma discussão séria.

      Admiro demais o que Lattes fez pela física de partículas. Ele não foi apenas um grande cientista, mas um guerreiro ferrenho e brilhante. Para que essa admiração não se comprometa, sempre procuro ignorar essas e outras idiossincrasias de Lattes.

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    2. Complementando...

      Anos atrás um colega perguntou quem eu considerava o melhor físico da história do Brasil. Respondi Mario Schenberg. Este colega então questionou sobre Lattes. E então eu disse o seguinte: "Lattes fez a mais importante contribuição em física da história do Brasil. Mas Schenberg foi o melhor físico." É o que ainda acho.

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    3. Desculpa meter o bedelho, Emerson, mas emenda que ele fez no vídeo ficou pior que o soneto. Eu desconfio fortemente de que o problema não seja a ignorância dele quanto à história da ciência, mas o conveniente conhecimento só das partes da história que ratificam a posição dele. Isso se aplica a qualquer área em que eu já o vi emitir um julgamento. A explicação mais plausível que vejo pra isso é a necessidade de vencer um debate mesmo sem ter razão. Por isso, eu não consigo confiar em nada do que ele diz, mesmo quando o assunto é filosofia. Fico triste de haver tantas pessoas que não vêem isso.

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    4. Emerson

      Lamento, mas este vídeo que você indica é pior ainda do que as outras referências que vi. Estou começando a achar que ele opta por vídeos para poder se isentar de responsabilidade. Vídeos apresentam a vantagem da informalidade. Carvalho usa um vocabulário que revela evidente falta de familiaridade com ciência e filosofia da ciência. Como ele já demonstrou que não consegue escrever sobre esses temas de forma qualificada, então apela para vídeos com discursos fragmentados e vagos. Espero que não se importe se eu preferir não me estender sobre o assunto.

      Agradeço pelo apoio ao blog. Sinta-se livre para sugerir temas.

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    5. Este comentário foi removido pelo autor.

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    6. Prof. Adonai, minha intenção com o vídeo é justamente mostrar o quanto ele se enrola com o assunto que não domina. Aliás, esse é um caso típico que acontece com a maioria dos filósofos que já vi falando de física. É só uma tragédia atrás da outra. Contarei uma história que aconteceu comigo quando estava no segundo semestre do curso de licenciatura em física. Eu estava numa fila da biblioteca com um exemplo do livro Moysés Nussenzveig na mão e uma professora do curso de filosofia me abordou. Segundo ela, a mesma desenvolvia uma tese para o doutorado em que queria abordar a teoria da relatividade de Einstein e sugerir a revogação da quarta dimensão temporal e acrescentar outras dimensões dentro da própria teoria da relatividade, dando a entender que não criaria algo novo. Como era um simples calouro, sugeri a ela que procurasse algum professor no departamento de física, embora ela insistisse que eu desse alguma resposta, mesmo sob aviso de que era apenas um calouro e leigo no assunto. Até hoje aquela sandice nunca me saiu da cabeça e passei a enxergar filósofos discutindo algo específico da ciência com desconfiança, incluindo aí o próprio Olavo, Marilena Chauí e tantos outros.

      No caso do Olavo de Carvalho, acho que ele tem utilidade por ser um forte "hater" da esquerda sofista e pedante que virou regra na academia brasileira. De experiência própria, já tentei questionar o status quo marxista e a reação de professores foi me tratar como se fosse um maluco. No caso do Olavo, perco um tempo ainda pegando referência de livros sobre conservadorismo e liberalismo, embora me atenha apenas à referência bibliográfica do que a interpretação dele. Foi dele também que ouvi, pela primeira vez, que a teoria econômica de Karl Marx já foi refutada que, de fato foi demolida por Carl Menger, Bohm-Bawerk, Mises e Hayek. Acho que ele deveria se situar na crítica cultural e política e esquecer a ciência. Passei a me interessar sobre economia há algum tempo como um hobby e fiquei chocado como o marxismo é só balela e as previsões de Marx sobre o fim do capitalismo estão equivocadas e isso foi de forma independente do Olavo.

      PS: Me desculpe pelos erros de gramática e concordância no comentário anterior
      Abraço.

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    7. Emerson

      Grato pela participação neste fórum e pelo breve depoimento. É algo realmente assustador. Também conheci um parapsicólogo que afirmava que a aura humana era plasma. Semanas depois ele perguntou o que era plasma. Hoje ele é um dos nomes mais conhecidos no Brasil na área de ensino a distância. Tenho enorme dificuldade de me localizar neste alvoroço.

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    8. Os parapsicólogos mais conhecidos (e respeitados) no Brasil são Wellington Zangari, Fátima Regina Machado, Everton Maraldi e em geral os membros do Inter-Psi de SP. Tem certeza que falou com um parapsicólogo de verdade, com publicação no meio acadêmico? Há muitos que se intitulam parapsicólogos e não o são de verdade.

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    9. Enfant

      Há muito tempo estou desatualizado sobre atividades de parapsicólogos. Este que menciono, porém, lecionava em um curso de graduação de parapsicologia. No entanto, jamais publicou em veículos especializados de circulação internacional.

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  2. Prof Adonai

    Vendo alguns vídeos de Olavo de Carvalho, percebi que ele é totalmente contrário às pedagogias vigentes no mundo e principalmente no Brasil. Ele chega até a acusá-las de serem impostas pela ONU e que são uma verdadeira forma de "lavagem cerebral" dos alunos. Chega até citar o livro "Maquiavel Pedagogo" como sendo um manual para este fim perverso. O que senhor pensa a respeito? Até que ponto Carvalho está certo ou está usando um certo misticismo?

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    1. Hugo

      Olavo de Carvalho é uma figura curiosa. Mas quanto melhor conheço a obra dele, menos gosto. Uma pena, pois ele poderia usar o seu carisma (que é considerável) para construir coisas realmente boas. Mas essas visões conspiratórias não ajudam nem um pouco. Apenas lamento.

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    2. "Visões conspiratórias"? Desculpe, senhor, mas do quê está falando? E em quais fontes de informação o senhor se baseia para fazer essa afirmação? Ou o senhor baseia-se apenas num modelo de verossimilhança urdido pela sua ignorância em relação ao assunto?

      Luiz Alberto

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    3. Luiz Alberto

      Foi apenas uma resposta a um questionamento feito por Hugo Delatorre. O comentário dele é bastante auto-explicativo.

      Com relação a conspirações (como frequentemente Carvalho aponta em relação à Pepsi ou à ONU ou à própria ciência), eventualmente algumas delas podem ser até reais. No entanto, conforme você pode verificar na postagem, Carvalho critica o que não conhece. Isso o faz perder credibilidade entre as pessoas mais sérias. Logo, assuntos importantes podem ser injustamente ignorados por conta desta contaminação em sua credibilidade. Apenas peço que leia a postagem e reflita com calma. Seja bem-vindo ao blog Matemática e Sociedade.

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  3. Gilson

    Grato pelo apoio ao blog.

    Com relação aos supostos "inimigos", a verdade é que não estou atrás deles. Mas tampouco estou atrás de amigos. Apenas publico por aqui o que acho que vale a pena compartilhar, dentro de certos limites.

    Já que você tocou na questão de posicionamento político, poderia me dizer por que sentiu que eu possa ser de direita? Pergunto porque não gosto nem da turma de esquerda e nem da turma de direita. Também não gosto das variantes desses grupos. Gosto de ciência, filosofia da ciência e artes. Só isso.

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  4. Gilson

    Fico feliz com a sua postura política. É flexível, não radical. Isso é ótimo.

    Com relação ao seu pedido, lamentavelmente não trabalho com sistemas dinâmicos desde os anos 1980. Portanto, não estou atualizado sobre a literatura pertinente mais atual. Esta área evoluiu muito de lá para cá. Mas você pode perguntar para Celso Doria. É um físico que trabalha com isso e está na minha lista de amigos do Facebook. Se você mandar mensagem para mim via fb, coloco vocês dois em contato.

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  5. Muito bom texto, totalmente desprovido da ideologia que sempre aparece nas criticas ao Olavo de Carvalho. O forte do Olavo de Carvalho, ao meu ver, não chega nem perto de ser as ciências duras, porém isso não invalida seu monumental trabalho de um homem só no cenário cultural e político degradante de banânia.

    Outra entrevista, esta de 2006:

    http://youtu.be/lSKV1HX0Mes

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  6. Adonai,

    Ótimo texto. Fui aluna de Olavo de Carvalho por bons anos... Todo o "problema, cegueira e viés" do Olavo é o Gnosticismo e a filosofia sufi. Esta coisa de querer colocar o observador cognitivo, acima de qualquer perspectiva, é tirada da idéia gnóstica, bem como dos filósofos religiosos islâmicos , que a verdade de todas as coisas é possível. Coloca assim o homem numa ascese aonde, sem usurpar o trono de Alah, mesmo assim terá como ele a posse (gnose) do todo universal, metafísico.Orá, isto perante outras perspectivas religiosas, é o pecado de Lúcifer. Deixando esta perspectiva religiosa, só um tolo ou ARROGANTE ao extremo ( e Olavo o é), considera que mesmo dormindo, é um observador. Dormir é, literalmente, não existir para o mundo cognitivo externo, aonde as leis da física se encontram.
    Se quiserem matar a charada Olavo de Carvalho, leiam um pouco da gnose islâmica e vão conseguir explicar o Olavo pelo viés que ele coloca nas teorias, inclusive conspiratórias, aonde, se dizendo cristão e falar tantas coisas de Deus e do divino, deixa o fator divino sempre fora de suas profecias: Tudo acontecerá como Olavo disse, Deus é que aceite! Realmente se trata de um doente mental ou alguém cínico, mentiroso contumaz, em suam um vigarista intelectual.

    Abraço e adorei sua análise!

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    1. Soraia

      Creio que entendo o que diz. Mas como explicar este carisma dele, diante de tantas afirmações sem sustentação racional? Você acha a origem deste carisma é religiosa?

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    2. Adonai,

      Num país aonde quase toda a classe estudantil é analfabeto funcional, ninguém lê nada. Duvido que estes alunos e seguidores estão lendo mesmo, os livros que ele indica, bem como o que ele já escreveu. Olavo é o HOMEM mais inteligente do Brasil, até eu já cai nesta esparrela. Daí, fui ler outras coisas e ter aula com outras pessoas e constatei que "eu era ignorante mesmo". É de chorar, mas a lição que se aprende, faz não ser mais tolo e otário nas mãos de gurus como Olavo.
      Esta coisa mesmo do PT tomar o poder, a Dilma e Lula são pessoas maquiavélicas, iguais a Stalin. É constatável por qualquer pessoa pensante do momento em que vivemos que Dilma, está totalmente confusa e com muito medo. Creio que ela vai pegar os R$150.000,00 que guarda em casa e vai dar no pé.
      É só perguntar para o Olavo: Cadê o golpe da Dilma, a grande ditadora? Por que ela não fecha o congresso e o senado e se impões como um Fidel no Brasil.
      A origem do carisma pode ser até religiosa, mas é mais 171 mesmo. Estilo Edir Macedo, e meu parente Silas Malafaia (outro falastrão, trambiqueiro da teoria da prosperidade) e muitos, muitos outros. Vá lá no Facebook do Olavo e comprove: Só tem católico (que adora teorizar os dogmas, as bulas... etc.. ) e pentecostais. Não vi mesmo nenhum protestante tradicional, judeu... Estes são presos a letra da Bíblia, caem fora destas especulações gnósticas. Pois afinal toda a Igreja Católica está meio dominada por este pessoal Perenialista e, se não está, estão tão confusos quanto Dilma.
      Tem obras de Avicena, Ibn´arabi já traduzida para o português. Se você ler, tudo se resume ao homem, sua ascese para alcançar o conhecimento universal de todas as coisas. Aonde você verá o conceito astrológico do Sol = Intuição, e Olavo diz que foi ele que fundou este intuicionismo radical. Ahahahahaha!!
      Abraço

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    3. Tirado do Facebook dele:


      Olavo de Carvalho
      21 de agosto de 2014 ·
      As coisas mais originais que acredito ter descoberto -- a teoria dos quatro discursos, o intuicionismo radical, as camadas da personalidade, o trauma de emergência da razão, a teoria da mentalidade revolucionária etc. -- não são senão a expressão formal de coisas que os filósofos dos séculos passados já haviam insinuado compactadamente. Não há nada de novo sob o sol, mesmo o topless já está um pouco antiquado.

      É só pesquisar, com certeza são idéias roubadas de outrem. Como ele diz, nada se fez novo debaixo do Sol, inclusive a sua previsível esperteza.

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    4. Soraia

      Se você estiver certa, então a situação em que nos encontramos é muito pior do que consegui compreender, mesmo em meus momentos de maior pessimismo. Como você conseguiu se livrar desse processo de doutrinação? Espero que desculpe minha curiosidade.

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    5. Leia os livros sobre as teorias de Avicena e outros árabes e vai ver que eles também descobriram estas coisas.
      O fator intuitivo é tão forte que tem um livro, já traduzido para o português e editado pela Unesp: O Filósofo autodidata - Ibn Tufayl
      Aonde um indivíduo ( que representa um Adão), está só numa ilha e vai, pela intuição captando todas as verdades. Obra islâmica, descrição de uma ascese gnóstica ao conhecimento das verdades universais.

      Mais ditos do guru:

      Olavo de Carvalho
      23 de janeiro às 23:10 ·
      Para a aula de amanhã do COF:
      Intuição é conhecimento imediato, isto é, sem intermediações. Se ela não existisse, não existiria conhecimento nenhum, pois o conhecimento dos intermediários precisaria de outros intermediários, e estes de outros ainda, e assim por diante ilimitadamente. Se falamos, por exemplo, da intuição sensível, dizer -- a sério, e não como mera abreviatura verbal -- que só conhecemos os objetos do mundo físico "por intermédio" dos sentidos, portanto não diretamente, é como dizer que uma arma de fogo não atira diretamente mas "por intermédio" do cano, como se o cano não fosse parte dela e sim um ajudante externo; pior ainda, além dos sentidos não temos nenhum outro órgão capaz de captar as qualidades sensíveis, de modo que, se os sentidos fossem apenas "intermediários", estariam mediando entre os objetos sensíveis e um nada.
      Quando apreendemos a conclusão de um silogismo, essa apreensão é também direta e intuitiva, caso contrário precisaríamos de um intermediário entre nós e essa conclusão, e esse intermediário precisaria de outro, etc. etc.
      A intuição é a apreensão de uma evidência. Evidência é presença imediata à consciência, o correlato objetivo da intuição. O que é evidente não requer prova. Prova é evidência indireta, ou deficiente, obtida por uma articulação de representações mentais. Quando atinamos com a veracidade de uma prova lógica, temos a apreensão intuitiva só da prova enquanto tal, não dos objetos correspondentes.
      Só a intuição é critério cabal da verdade, seja na apreensão dos dados sensíveis, seja no próprio raciocínio lógico.
      Quem diz que algum conhecimento bem provado é "contra-intuitivo" usa a palavra "intuição" para designar a simples expectativa de uma percepção possível; dito de outro modo, uma crença do senso comum sem intuição nenhuma.

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    6. Adonai,

      Sou protestante tradicional, logo, todo este papo gnóstico não me seduz, bem como gurus: Guénon, Schuon. Não li, não quero ler a advirto que quem lê ou capta o conteúdo através das aulas do Olavo, fica neste estado de apatetada beatitude. Adorando o mestre que lhe despertou o terceiro olho das verdades universais.
      Bem, a multidão está tão iludida com Olavo, como também outros estão com Edir Macedo, Silas Malafaia, Caio Fábio, etc... O que fazer? Bem, Na bíblia já diz que muitos serão chamados, mas poucos serão escolhidos ou:

      Mateus 7 vers:
      13
      Entrai pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que levam à perdição, e muitos são os que entram por esse caminho.
      14
      Porque estreita é a porta e difícil o caminho que conduzem à vida, apenas uns poucos encontram esse caminho! Pelo fruto se conhece a árvore.

      Sou religiosa, esta coisa do Olavo não me choca, é apenas uma constatação da Bíblia.

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    7. Olavo odeia Wikipédia, eu adoro!

      Leia sobre a obra, O filósofo autodidata

      http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Fil%C3%B3sofo_Autodidata

      Você verá a descrição da ascese, com períodos de 7 em 7 anos, em 7 fases, que estão ligadas ao simbolismo astrológico de 7 planetas. Os árabes eram peritos neste simbolismo, mas como ascese ao conhecimento universal
      Leia tudo, acho que vais constatar o que eu digo.


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    8. Aqui seu blog não dá para colocar o link da Wikipédia, mas procure Filósofo autodidata e compare ao final o que é dito sobre a evidência e depois compre com o texto do Olavo da intuição, verás que é a mesma coisa.

      Abraço

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    9. Soraia

      Grato pelas informações. Se em algum momento eu conseguir encontrar tempo, farei a comparação. Repentinamente este blog passou a ser alvo de milhares de visitas com muitos comentários de gente nova por aqui. Isso sem falar em minhas outras atividades.

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  7. Acho curioso vocês usarem esses termos.

    Além do mais, especificamente, acho perverso jogar a tradição gnóstica inteira dentro do balaio das "nulidades malucas". Ora, isso faz parte de uma tradição de pensamento caracteristicamente religiosa, do mesmo modo que seu protestantismo tradicional o é, isto é, baseados em revelação. Acreditar que sua religião é correta e literalmente achincalhar a Gnose e sua doutrina não é muito diferente de qualquer gnóstico fazer o mesmo contigo.

    Afinal, que diferença faz entre um perenialista que segue o Olavo e você com seu protestantismo "purista"?

    Ou sua doutrinação é boa, e a dele é má? Acho isso muita pretensão.

    Mônica.

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    1. Mônica,

      Eu não estou achincalhando nada, ao contrário, eu estou colocando a Gnose como de fato ela é, e é por isto que tem muitos que se seduzem por ela. Com certeza, intelectualmente, tem muitos conceitos filosóficos, cognitivos... A revelação a qual sigo é muito pobre de conceitos filosóficos, ou como dizia Paulo: É loucura para os gregos.
      Aliás, você trocou o objetivo de meu parecer, que é de provar que Olavo é um gnóstico, Prerenialista, e coloca este viés quando analisa os saberes, só isto. Em nada estou pregando a Cristo nisto. E nem pretendo converter ou chamar os outros para a minha revelação. Se entendeu isto, por favor não entenda assim. Cada qual com o que acha que é melhor para si.

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    2. Mônica

      Creio que entendo o seu questionamento. Não posso responder por Soraia, mas posso defender a tese de que neste blog procura-se diversificar visões. Você pode verificar isso na página de colaboradores, na barra ao lado. Já foram publicadas aqui muitas postagens com visões com as quais não compartilho. Administrar a sensível relação entre crenças pessoais e diálogos é uma tarefa complicadíssima, como você bem deve saber. Soraia fala bastante sobre visões religiosas. Não discuto sobre isso porque nada sei sobre religiões, apesar de já ter lido bastante a respeito deste tema.

      Os focos principais aqui são educação, ciência, matemática, lógica e filosofia, preferencialmente mantendo o contato dessas áreas com fenômenos sociais. Espero que possamos contar com a sua participação em outros tópicos aqui discutidos. Há muitos temas importantes que ainda não receberam a atenção merecida.

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    3. Soraia

      Peço que reflita com cuidado na afirmação que faz: "estou colocando a Gnose como de fato ela é". Nada sei sobre Gnose, mas sei que mesmo em matemática não é possível afirmar categoricamente que algum conceito é indiscutível. Como a noção de Gnose depende do emprego de linguagem natural, a qual é inevitavelmente ambígua, é possível que a noção de Gnose admita variantes.

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    4. Adonai,

      Com certeza vou refletir, pois há "Gnose na filosofia Islâmica, Sufi", e Gnose em outras vertentes religiosas que desconheço e, peço desculpas a Monica se pareço ofender sua crença, não foi tal a minha intenção, Porém sobre filosofia árabe Islâmica, Sufi" é inegável o caráter da ascese cognitiva através da qual, o fiel, terá o conhecimento de tudo e do todo universal, tal qual Deus. Se o objetivo é analisar sua refutação sobre o parecer do Olavo sobre a física Newtoniana, estou colocando um dado de suma importância sobre o viés que Olavo coloca em todas as análises. Ele nada leu sobre os estudiosos, antigos ou contemporâneos de Newton, por isto é que te parabenizei pelo seu texto. O mesmo já foi feito sobre as críticas que ele fez e faz de Kant, sem saber o que estudiosos de Kant dizem da obra dele. O Kant que Olavo fala e o Newton são frutos de sua própria cognição (intuição) sobre eles e não uma análise levando em conta o que outros falaram deles. Ora isto é um exemplo de cegueira movida por uma soberba de saber sobre todos os assuntos do universo, tal qual a ascese filosófica Islâmica/Sufi.

      Mais uma vez agradeço seu texto!

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    5. Janete Costa dos Santos14 de fevereiro de 2015 às 12:59

      Err... Só eu acho que a sra. Soraia veio unicamente com o objetivo de denegrir o tal Olavo de Carvalho? Desculpe, mas isso me perturbou. Chego aqui à convite de um amigo para acompanhar o [ótimo] desempenho do autor do blog no desenrolar do tema e só vejo ataques desta sra., como de uma pessoa ressentida. Já tinha ouvido falar do Olavo, e da fama de polemista (que obviamente atrai seguidores e detratores), mas só há alguns dias constatei a existência do "clubinho anti-olavista", de pessoas que catam posts e comentários sobre o homem apenas para granjear opositores para o clubinho. Tem gente que vive para atazanar a vida do homem. Chamá-lo para tirar dúvidas ou mesmo contrariá-lo, com polidez e puro intuito de compreendê-lo, corrigi-lo avisá-lo, ninguém fez. Certo que o professor Adonai foi ao ponto em seu artigo – e foi muito feliz na explicação –, porém, poderia antes ter procurado o Olavo. Afinal, não é nenhum trabalho acadêmico, nem fora publicado em alguma revista científica.
      Olavo se meteu onde não devia, várias vezes pelo que li aqui, mas incomoda-me bastante essa onda de "injúrias organizadas". Conheci-o por meio disso... e, de fato, sua ciência em física ou matemática pode não ser tão boa, mas como jornalista ele convence bem. Seus ensaios em diversos outros temas são realmente interessantes. Escreve bem. Reflete bem. Talvez seu anti-petismo seja coisa de marketeiro, e não aprecio muito, pelo mesmo motivo que não gosto do clubinho anti-olavista, embora o combate às ideias comunistas dele sejam até plausíveis. Mas não me parece má pessoa.
      Um abraço, Adonai. E cuidado. A sra. Soraia veio na mesma onda dos cegos seguidores do Olavo, não obstante, sua compartilhada por muitos e infeliz motivação...
      Não entre no jogo.

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    6. Janete

      Já critiquei trabalhos de tanta gente neste blog... Mas somente as críticas feitas a certas afirmações de Carvalho despertaram uma avalanche de reações. Isso é realmente bizarro.

      Não procurei Carvalho antes porque os documentos criticados aqui são públicos, assim como tantos outros que já foram criticados. Eu mesmo já tive trabalhos meus criticados em literatura especializada. Faz parte do universo de discussões de ideias.

      Não faço parte de qualquer movimento organizado para atacar pessoas ou organizações. Apenas escrevo ou publico aquilo que julgo adequado para o blog. Nada além disso. E fique tranquila, pois manterei este espírito até o momento em que o blog encerrar suas atividades.

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  8. A mim me parece que você nem de longe apreende a questão discutida no meu parágrafo. Você pode, por favor, me explicar como é possível uma eternidade na qual TODOS os momentos não sejam presentes?

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    1. Professor Olavo de Carvalho

      Antes de mais nada, preciso dizer que definitivamente o senhor não é como a maioria dos chamados intelectuais deste país. Geralmente as pessoas no Brasil se calam diante de críticas. E o senhor questiona pelo menos esta crítica aqui feita. Isso por si só é algo realmente admirável. Além disso, o senhor sempre será muito bem-vindo neste fórum, independentemente de eu concordar ou não com muitas de suas ideias.

      Pois bem. Tentarei responder à sua questão. Digo que apenas tentarei porque a pergunta que faz é extremamente ambígua. Explico.

      Se assumirmos que "eternidade" tem um caráter meramente intuitivo, qualquer coisa pode ser dita sobre a eternidade. Podemos dizer que a eternidade é formada somente por momentos presentes, como o senhor sugere. Mas podemos também dizer que a eternidade é formada somente por momentos que sempre nos escapam da percepção. Pessoas diferentes têm intuições diferentes. Justamente por isso não gosto de filosofia especulativa. É como aquela história de existirem múltiplos Kants. Existem Kant 1, Kant 2, Kant 3 etc. Cada um entende Kant ao seu modo. Prefiro a filosofia da ciência defendida por Suppes, da Costa, Moulines, Bueno e outros, na qual a filosofia tem por objetivo resolver problemas de caráter fundamental em ciência. E, para isso, muita conta se faz necessária. Ou seja, entendo a noção de tempo (para falar de eternidade) no contexto, por exemplo, de uma teoria formal axiomática para a mecânica newtoniana.

      Na mecânica newtoniana, por exemplo, não há cotas (inferior ou superior) para o tempo. Podemos interpretar o universo newtoniano como eterno. No entanto, como é este tempo? Na formulação de McKinsey-Sugar-Suppes, tempo é interpretado como a reta dos números reais. O que é o momento presente, neste contexto? É um instante t em particular, ou seja, um número real. Todos os números reais que antecedem t são o passado. Todos os instantes que sucedem t são o futuro. O instante presente t é arbitrário sim, de acordo com a aplicação que o físico deseja fazer.

      Já na teoria da relatividade geral de Einstein, existe pelo menos uma solução para as equações de Einstein na qual a curva que descreve tempo é fechada (falando de maneira muito rudimentar). Logo, a distinção entre passado e futuro fica muito mais complicada.

      Em suma, se quisermos falar sobre tempo de maneira completamente informal, podemos dizer o que quisermos sobre tempo. Podemos dizer que tempo é formado por mochilas carregadas por anjos. Logo, qualquer pessoa que assuma uma visão única sobre tempo (em um sentido meramente intuitivo) está demonstrando apenas uma mente fechada para a possibilidade de outras interpretações. E mesmo no contexto de linguagens formais ainda persiste a multiplicidade de interpretações.

      Só para o senhor ter uma ideia da complexidade do conceito de tempo, no artigo abaixo da Costa e eu provamos que tempo é eliminável em certas formulações muito usuais da mecânica newtoniana.

      http://link.springer.com/article/10.1023%2FA%3A1015561807144#page-1

      Espero ter respondido.

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    2. Olavo:Entre os momentos do tempo e a sucessão dos números não existe senão uma correspondência biunívoca que, por definição, não pode ser temporalmente sucessiva embora a expressão verbal da série numérica o seja.
      Os meses contam-se de um a doze PORQUE os números de um a doze não transcorrem junto com eles. Se transcorressem, em fevereiro o número um teria desaparecido, em março o dois e assim por diante.
      Os números NÃO SÃO momentos do tempo, são apenas signos deles na ordem da contagem.

      Aluno do Olavo:Se todos os números que antecedem T fossem o passado, isso significaria que o passado seria infinito. Mas isso culminaria no paradoxo que numa PASSAGEM de tempo, o presente jamais chegaria, afinal o presente seria o "fim de uma reta infinita". Está correto, professor?

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    3. Anônimo, mas segundo a definição do Adonnai de "presente" acima, o presente não é "algo que chega": " O que é o momento presente, neste contexto? É um instante t em particular, ou seja, um número real. Todos os números reais que antecedem t são o passado. Todos os instantes que sucedem t são o futuro. O instante presente t é arbitrário sim, de acordo com a aplicação que o físico deseja fazer." Assim, "o que chega" é sempre o futuro -- o que não existe em ato, mas só em potência. Creio que assim existiria a possibilidade de um passado infinito -- se o tempo, e consequentemente o universo, for infinito (alguém me corrija, se eu estiver falando bobagem).

      Como o anônimo mesmo disse, os números são apenas signos na ordem da contagem temporal, então a frase: "Todos os números reais que antecedem t são o passado", deveria ser entendida como "esses números nesse contexto referem-se ao passado". O simples fato de haver números que se referem ao passado não implica que numa série de números de t - x, x seja infinito.

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    4. Youssef

      Há um detalhe que ainda não mencionei nessas discussões. Segundo Ludwig, uma teoria física é uma tripla ordenada (M,D,r) na qual M se refere, grosso modo, a uma estrutura matemática (em sentido preciso), D é um domínio de aplicação (mundo físico) e r é um conjunto de regras que estabelece relações entre M e D. O problema é que a literatura específica sobre r é muito escassa. Fala-se muito sobre M e D, mas pouco sobre r. Ninguém sabe ao certo como é possível aplicar matemática para modelar fenômenos ditos reais.

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    5. A mente humana capaz de conceber estruturas matemáticas é parte da mesma realidade que pode ser modelada por elas. O conjunto r decorre da ação humana livre em busca da verdade.

      Uma teoria física pode ser descrita como uma tripla ordenada, um objeto analisável, mas o sujeito, autor da teoria, não pode ser reduzido a elemento da teoria. Esse agente é um ser vivo que toma consciência da realidade circundante fazendo escolhas livres durante o processo.

      A filosofia analítica esbarra aqui em sua limitação. Por isso o mesmo gênio autor dos três volumes do Principia Mathematica, o de Bertrand Russell, não o de Newton, pôde fazer as mais constrangedoramente pueris afirmações sobre vida religiosa e política. Gênios podem ser simultaneamente completos idiotas, e exemplos disso abundam na história.

      Também quero declarar que nessa sequência de postagens comenta-se não a obra escrita de Olavo de Carvalho, mas apenas alguns vídeos informais e trechos descontextualizados de seus artigos. O contexto, às vezes, é o da epistemologia e da alta cultura, no qual a física insere-se como um sub-conjunto. Foram replicados aqui vários tradicionais clichês anti-olavo, como o caso da Pepsi, ou a mera desqualificação alegando tratar-se de "teoria conspiratória".

      O grande mérito de Olavo, a meu ver, é ter rompido a hegemonia cultural gramsciana reinante, o que fez dele, para muitos estudiosos de sua obra, uma referência intelectual no movimento político e cultural de reação ao objetivo totalitário da esquerda. Não só brasileira, mas latinoamericana e mundial. Sua análise política é muito abrangente e inclui, além da esquerda mundial, outros dois principais impulsos totalitários globais.

      Seu debate na USP com o ideólogo russo, Alexander Dugin, mentor de Putin, é memorável. Olavo deu-lhe uma surra intelectual. Dugin é criador da Teoria Eurasiana, segundo a qual a ocupação da Ucrânia e de todo o leste europeu e, quem sabe, do mundo todo, pode ser "justificada". A antiga KGB tornou-se o Estado, engoliu a Rússia, abocanhou a Ucrânia e parece ainda estar faminta.

      Posicionar-se politicamente à esquerda ou à direita só é possível quando se compreende em que consistem essas posições. Não se trata de escolher entre uma das "turmas", mas de posicionar-se conscientemente como indivíduo, posicionamento este que determinará escolhas no momento das ações.

      Olavo tem trazido importante contribuição como analista político, a ponto de hoje ser possível constatar a ocorrência de fatos que ele anunciava há 10, 15, 20 anos. Essa foi a origem da hashtag "Olavo tem razão", não um mero fanatismo cego ou infantil.

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    6. Daros

      Grato pelas informações complementares. Se em algum momento eu tiver disponibilidade, talvez eu examine melhor as questões que você aponta. Mesmo assim peço que reflita sobre algumas de suas próprias palavras. Por que é necessário ressaltar que alguém deu uma "surra intelectual" em outra pessoa? Por que vejo tanto entre simpatizantes de Carvalho essa noção de que debates operam como luta livre em ringues? Por que para vocês a pessoa é tão mais importante do que as ideias? Até agora nenhum "defensor" de Carvalho avaliou criticamente todos o pontos indicados na postagem.

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    7. Olá, Adonai. Obrigado pela resposta.

      Antes quero dizer que falo por mim. Não me incluo no coletivo referido em "Por que para vocês a pessoa é tão mais importante do que as ideias?" Por favor, trate-me por "você", assim, no singular.

      O debate mencionado está disponível na internet e foi publicado em OS EUA E A NOVA ORDEM MUNDIAL - VIDE EDITORIAL - 2012.

      Não tratava-se de um simples debate científico. Dugin não se coloca como cientista, embora seja muito erudito. Coloca-se como ideólogo e agente de um movimento político-cultural. Ele é filho de um agente da KGB e mentor do presidente Putin, agente da KGB.

      Embora o discurso de Dugin revista-se de sedutores argumentos, e a USP estenda-lhe tapetes (vermelhos, obviamente), revela o antigo projeto totalitário soviético, interrompido com o colapso da URSS em 1989.

      Cientistas debatem buscando a verdade e exultam ao encontrá-la, mesmo ao perder o debate. Já um ideólogo marxista não está nem aí para a verdade, busca conquistar território intelectual e cultural, preâmbulo de outras conquistas.

      É uma guerra e Olavo venceu aquela batalha, mesmo contando apenas com seus modestos recursos pessoais. Dugin, por outro lado, tem a sua disposição um departamento universitário, recursos financeiros ilimitados e um presidente maluco que pretende recuperar militarmente o império perdido com a derrota na Guerra Fria.

      A "surra" foi necessária. Como todo marxista, Dugin faz ataques ardilosos e, diante das reações, faz-se de vítima. Esses ardis precisam ser desmascarados em público, porque público é o veículo dos movimentos ideológicos. Dugin apenas aparenta participar de um debate, mas faz é discursar para platéias domesticadas por décadas de lenta revolução cultural gramsciana em nossas universidades, que você conhece bem.

      Por trás das palavras e idéias de Dugin há uma atitude estratégica que precisa ser desmontada. E isso pode ser interpretado, distorcidamente pelo vigarista desmascarado, como ataque pessoal. É o famoso mimimi esquerdopata.

      Olavo furou, no Brasil, a hegemonia cultural gramsciana. Isso equivale, numa guerra, a abrir uma brecha nas linhas inimigas e iniciar a tomada de posições estratégicas nos territórios ocupados, atrás do front inimigo, até cercá-lo e vencê-lo. Ele furou o front sozinho, mas não poderá fazer o resto do serviço sozinho, obviamente.

      Identifico nos comentários desta postagem guerreiros de diferentes "patentes". Sugiro não julgar o trabalho do Olavo por meio disso. Apareceram aí soldados atirando a esmo, arriscando-se a praticar fogo amigo. Isso decorre da gravíssima situação política nacional. Há muita tensão no ar.

      O best seller de 2013 do Olavo, O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER UM IDIOTA - ED. RECORD, é uma coletânea de artigos que abrangem vários temas, escritos no decorrer de duas décadas. Fortemente recomendável.

      Olavo não lidera movimento algum. É um pensador e analista político que equipou seus leitores com ferramentas cognitivas aptas a captar a realidade atual, que não pode ser apreendiada por meio de conceitos de 50 anos atrás, sob o risco de capitular diante de adversário muito bem equipado e inescrupuloso.

      É importante distinguir dois aspectos da obra de Olavo: A reflexão filosófica, no âmbito do pensar livre que buscar compreender o objeto analisado, e a análise política e cultural, que diz respeito à esfera da ação. Ações requerem tomada de posição, diferente da atividade meramente acadêmica.

      Uma estratégia da revolução gramsciana consiste em confundir essas esferas, valorizando o relativismo cognitivo, estético e ético, tornando a civilização vulnerável à barbárie, como a expansão terrorista do Estado Islâmico. Diante da qual nossa presidente, ex-terrorista de esquerda, sugeriu, em recente assembléia na ONU, "diálogo". Ela que vá, sem burca, dialogar com aqueles psicopatas assassinos.

      Agradeço novamente pela participação e por sua atenção.

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    8. Daros

      Peço desculpas por ter insinuado que você faz parte de alguma coletividade induzida pelo meu comentário.

      Com relação a esse emaranhamento entre política e assuntos acadêmicos, não gosto da forma como ela tem sido conduzida. Mas sobre isso preciso de mais tempo para pensar.

      Pelo menos você foi o primeiro defensor de Carvalho que conseguiu manter sobriedade, apesar de eu discordar de sua visão de que Carvalho não lidera movimento algum. Sim, ele lidera. Mas sobre isso prefiro não discutir no momento. Não quero perder o foco deste blog.

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    9. Adonai, agora fiquei curioso sobre o que o Olavo lidera.

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    10. Desculpas aceitas.

      Claro que Olavo é um líder intelectual. Afirmo que ele não lidera movimento no sentido de se determinar um objetivo político e organizar “seguidores” para alcançá-lo. Sua atividade é de natureza cultural, que nutre impulsos sociais distintos, inclusive políticos, sobre os quais não se lhe pode imputar responsabilidade individual.

      Quanto à relação entre política e academia, interessa-me desemaranhá-la.

      Não defendo Olavo ou sua obra. Ele não precisa de mim para isso. Mas o estudo de sua obra proporcionou-me um upgrade.

      Essa muvuca na postagem decorreu, a meu ver, se me permite, de o foco deste blog, pelo menos no ítem Matemática (e Física), representar um ponto de intersecção proporcionalmente muito reduzido com a obra de Olavo.

      Olavo é autor de livros que constituem sua própria defesa. Fundou o site MÍDIA SEM MÁSCARA, o primeiro esforço de oposição à hegemonia gramsciana conquistada nos recentes 40 anos. Seus vídeos respondem a perguntas de alunos. Foram 100 programas de uma hora cada, semanais, entre 2009 e 2012, chamados TRUE OUTSPEAK. Em um deles surgiram afirmações sobre o experimento de Michelson e curvatura do espaço que você abordou criticamente na postagem.

      Não sou matemático nem físico, não pretendo lidar com esse aspecto. Era apenas um vídeo informal para alunos e tem mais de dois anos.

      Quero dizer por que entrei na seção de comentários desta postagem. Foi após ler o seguinte trecho de seu texto: “Isso me faz questionar se há algum sentido em suas afirmações sobre outros temas, como história da religião e política”. Esse questionamento só pode ser respondido consultando o trabalho de Olavo nessas áreas. Teria profundo interesse em conhecer os frutos de sua fértil mente fecundada por, pelo menos, um artigo de Olavo sobre política ou cultura.

      Direita e esquerda, no espectro político, expressam a relação entre Indivíduo e Estado. Atualmente, no Brasil, caminhamos para o objetivo petista de Estado totalitário, um GOLPE DE ESTADO. O partido, uma vez tendo ganhado o governo (com minha colaboração, lamento hoje dizer), vai engolindo o Estado e a sociedade. Aparelhou o poder legislativo, via Mensalão, e a sociedade, via sovietes ou coletivos não eleitos, além do judiciário. Confisca 40% do que é produzido e entrega aos “amigos do rei” via bolsas.

      Bolsa-Família para os semi-alfabetizados, Bolsa-Artista (Lei Rouanet), Bolsa-Empresário (BNDES, BB, CEF), Bolsa-Imprensa (Verbas de publicidade), Bolsa-Aliados (empréstimos inconstitucionais e perdão de dívidas a seus cúmplices internacionais do Foro de São Paulo). E a Bolsa-Academia (CNPQ), que você tão bem descreveu em uma de suas postagens, mostrando que uma pseudointelectual como Marilena Chauí tem o poder de destinar recursos para meros panfletos marxistas gramscianos em defesa de seu partido, e chama isso de Filosofia.

      Penso ser esta a intersecção relevante entre seu trabalho e o de Olavo. Não a Física em si mas a política, que determina seus rumos, e a cultura, que antecede a política.

      Cientistas estudam fatos da realidade, mas sempre fazendo escolhas, que poderiam ser outras. O que determina o estágio atual da Física não me parece ser o mundo, o objeto, mas o Homem, que faz escolhas livres, mas influenciadas pela cultura. Goethe inaugurou uma nova cultura ao criar não apenas uma crítica à mecânica e óptica newtonianas, mas outra fundamentação epistemológica que possibilitou uma abordagem absolutamente original para a Botânica, por exemplo.

      Afirmar, como Richard Feynman, naquele video famoso, que os físicos de partículas, em túneis subterrâneos, descrevem “como o MUNDO funciona” (how it works) é, no mínimo, um exagero. São dados obtidos em aceleradores de partículas, modelados por teorias de probabilidade originalmente criadas para melhorar o desempenho em cassinos. A gaiola conceitual da lógica matemática, que acho fascinante, auxilia mas... mundo?... Francamente!

      Conter a revolução cultural gramsciana é pauta mais abrangente, da qual a academia é um mero sub-conjunto que deve sua futura sobrevivência a ela.










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    11. Krishnamurti

      Não digo que ele lidere intencionalmente. Mas é inegável a liderança. Basta ver a coletividade que o apoia, mais do que as ideias dele.

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  9. Eu parei de ler quando o professor disse que o texto supra citado "afirma categoricamente que não há estados". Professor isso é um absurdo, é fruto exclusivo de uma péssima capacidade de interpretação de texto. O autor está falando de um outro autor e sua obra, de seu pensando e está analisando as premissas da perspectiva do autor analisado. Isso é bem evidente. Veja o senhor que o que Olavo fala, sobre o movimento e os estados, é extremamente antigo. Heráclito, por exemplo, compartilhava de uma percepção similar, de fluidez dos ditos "estados". Heráclito, nos manuais de filosofia, é caracterizado quase sempre como um filósofo do puro "vir-a-ser", pois para este filósofo da antiguidade, no exato instante em que as coisas eram, já tinham deixado de ser: tudo flui. Quanto ao que Olavo, como filósofo diz, refere-se à Platão. Este outro filósofo buscava em seu sistema uma síntese perfeita de todo o pensamento grego anterior. Assim, "contempla no ser" de Parmênides a essência das coisas, mas discrimina esse mesmo ser em graus de existência e, tal como Santo Ancelmo, chega até o Sumo Ser, que ele identifica personalíssimamente. Das essências de Sócrates, Platão deduz do ser de Parmênides a Ideia e do mundo sensível o puro "vir-a-ser" de Heráclito. Nisso consiste o idealismo platônico e muito provavelmente nisso também consistiria, pelo que o filósofo Olavo de Carvalho está indicando, a "física materialista", pois esta estaria fundando-se numa perspectiva de movimento e estado que, como é demonstrado, depende da percepção dos seres envolvidos nestes estados e movimentos (eis ai provavelmente um problema de pressupostos). Olavo não entra, pelo menos não no texto citado, no cerne da questão, talvez porque esta também não seria facilmente exposta num reles artigo jornalístico.

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    1. Leonardo

      Não quero parecer indelicado, mas tenho a sensação de que você caminha em círculos. Mesmo assumindo a interpretação que você sugere (o que reforça minha tese de que Carvalho promoveu uma tentativa de exegese que apenas reflete sua percepção limitada sobre a obra de Newton), encontrar uma suposta ausência de estados no Principia é algo que carece de sentido pelos motivos já apontados na postagem. Ou seja, não preciso repeti-los aqui.

      Além disso, peço que tome muito cuidado ao citar Heráclito, Platão e Parmênides. No mundo civilizado, profissionais não citam esses autores sem terem lido os originais em grego. E se prestar atenção nos Scholars que conhecem as obras desses autores, eles hesitam bastante antes de fazerem afirmações tão contundentes sobre o que esses grandes pensadores disseram.

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    2. Prof. Adonai, o Olavo de Carvalho nem "afirma categoricamente a ausência de estados" nem tenta "encontrar uma suposta ausência de estados no Principia". O que ele na verdade está fazendo é afirmando que a presença de estados é contraditória com a ideia de movimento eterno. Ou seja, usando uma mescla de suas duas frases: "Carvalho afirma categoricamente a ausência de estados na eternidade". Essa é a interpretação correta do parágrafo citado.

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    3. Wilson

      Tentarei colocar essa situação de outra forma. Um dos principais avanços da filosofia da ciência no século 20 é a qualificação de discurso via o emprego de linguagens formais. Para citar apenas mais um exemplo, veja o caso de Max Jammer, em seus livros sobre conceitos de massa e espaço-tempo em física teórica. Ele coloca claramente que essas discussões carecem de sentido sem contato direto com os múltiplos formalismos atuais. Por isso acontece o que se demonstra em meio a essas modestas discussões neste blog: cada um interpreta o mesmo texto de Carvalho de múltiplas formas, como se tentasse salvar uma pessoa e não refletir sobre ideias. Isso porque ele simplesmente não consegue ser claro. E não consegue ser claro por conta de falta de familiaridade com os tópicos que discute.

      Como se pode afirmar que a presença de estados no Principia é contraditória com a ideia de movimento eterno, sem qualificar esses conceitos? Peço que leia o Concepts of Mass, de Jammer. Garanto que será uma experiência edificante. Mas leia também obras de outros filósofos da física atuais. Tente perceber a pluralidade de ideias, para finalmente entender que jamais devemos confiar em afirmações contundentes, principalmente quando são expressas em linguagens naturais, as quais são extremamente limitadas para os propósitos da física, da matemática e da filosofia.

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    4. 1) "Como se pode afirmar que a presença de estados no Principia é contraditória com a ideia de movimento eterno, sem qualificar esses conceitos?"

      Prof. Adonai, isso não seria porque o suporte em que o artigo foi publicado permitia apenas duas páginas, em vez de vinte ou trinta?

      2) "cada um interpreta o mesmo texto de Carvalho de múltiplas formas, como se tentasse salvar uma pessoa e não refletir sobre ideias."

      Sim, uns interpretam da forma certa e outros interpretam de forma errada.

      Você tem razão em dizer que o autor não definiu os conceitos usados - mas isso, como eu sugeri, deve-se ao formato do suporte em que o texto foi publicado (coluna de jornal), que impõe limites à quantidade de palavras.

      Já o comentário sobre "salvar uma pessoa e não refletir sobre ideias" pode se aplicar a outros, mas não ao que eu escrevi. O que eu fiz foi justamente refletir sobre as ideias:

      Eu disse que você errou na interpretação do que foi afirmado: você entendeu que o autor afirmou que não existem estados, ou que não existem estados no Principia, sendo que o que ele afirmou foi que não poderia existir estados na eternidade.

      4) "Como se pode afirmar que a presença de estados no Principia é contraditória com a ideia de movimento eterno, sem qualificar esses conceitos?"

      Agora você passou para outro argumento, sugerindo que o modo como Olavo de Carvalho entende os conceitos de "estado" e "eternidade" não corresponde ao modo como esses conceitos são entendidos no Principia.

      Sim, pode ser - mas isso não contradiz o que eu disse: que você errou ao entender que Carvalho havia afirmado que não existem estados, ou que não existem estados no Principia, pois o que ele disse na verdade foi que a presença de estados é contraditória com a ideia de movimento eterno.

      Não podemos passar para este seu novo argumento antes que você tenha reconhecido que errou no anterior, não é mesmo?

      A princípio, eu nem concordei nem discordei da ideia de que a existência de estados é contraditória com a de movimento eterno - eu apenas afirmei que essa é a verdadeira afirmação do autor.

      E aí? Você reconhece que errou ao entender que o autor havia afirmado que não existem estados, ou que não existem estados no Principia, sendo que o que ele afirma na verdade é a contradição entre estados e eternidade?

      5) Eu não estou discutindo física com você, que provavelmente a entende trilhões de vezes mais que eu, mas sim apenas a interpretação do texto.

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    5. "[...] No mundo civilizado, profissionais não citam esses autores sem terem lido os originais em grego. [...]"

      Adonai

      São nestes momentos que noto o quanto aprendo muito mais fora da sala de aula e por conta própria do que quando estava vinculado a um curso de graduação formal.

      Em toda a minha vida acadêmica, JAMAIS um professor sequer ressaltou esta importantíssima observação mencionada por vc.

      Entrei na faculdade, saí dela como bacharel e licenciado, entrei no mestrado, saí do mestrado e vc foi o PRIMEIRO professor que MENCIONOU E RESSALTOU isto de alguma maneira.

      Os próprios professores que tive na graduação eram, muitos deles, descuidados a este extremo e alguns até nos incentivavam a agir de maneira descuidada, tornando ainda mais difícil para nós a percepção de falta de cuidado, pois na maioria das vezes estamos preocupados com o experimento que está sendo realizado e não com estes outros "pequenos detalhes".

      Estou realmente frustrado com boa parte da formação que tive na graduação e decepcionado ao extremo.

      É realmente bizarro eu estar aprendendo BEM MAIS fora da graduação do que dentro dela. E isto porque eu tive a sorte de encontrar alguém como vc para me ajudar a suprir tamanhas falhas.

      A questão é:
      e se eu jamais tivesse encontrado alguém para me esclarecer sobre estes e outros aspectos fundamentais e decisivos para a formação e propagação do conhecimento????

      Creio que, neste sentido, posso ter sido um pouco descuidado ao mencionar Platão, Sócrates e outros em uma das minhas postagens envolvendo a suposta Mecânica Aristotélica.

      Poderia, por gentileza, fazer alguns comentários acerca daquela minha postagem????

      Grato pela análise e muito entristecido por perceber que quando mais aprendo, mais ignorante me descubro.

      =(

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    6. Leandro

      Tento encarar os comentários neste blog como manifestações de participantes de um seminário. Eu mesmo já mencionei Platão. Mas confesso que preciso ser cuidadoso. No momento não posso comentar sobre o texto anterior que você escreveu. Viajo daqui a pouco.

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  10. Prof. Adonai,veja o que o Olavo de Carvalho escreveu no Facebook:

    O tal Adonai Sant'Anna me ofereceu ESTA resposta:
    "Na formulação de McKinsey-Sugar-Suppes, tempo é interpretado como a reta dos números reais. O que é o momento presente, neste contexto? É um instante t em particular, ou seja, um número real. Todos os números reais que antecedem t são o passado. Todos os instantes que sucedem t são o futuro. O instante presente t é arbitrário sim, de acordo com a aplicação que o físico deseja fazer."
    OBS - E que é que prova que a sucessão dos números reais tem um caráter temporal, além do fato de que os formuladores da teoria assim o desejam? Que estupidez!

    Há outras críticas do mesmo quilate dirigidas ao senhor,feitas pelo filósofo e por seus seguidores.Daí eu pergunto: por que o Olavo não se defende das críticas que o senhor fez a ele por meio de um artigo a ser postado neste espaço? Por que ele não refuta de maneira "civilizada" as críticas recebidas? Bem,são perguntas retóricas...a "civilidade" do Olavo deve ser tão grande quanto a da Chauí.

    P.S: Se possível,o senhor poderia responder este comentário com uma explicação mais detalhada acerca desta questão suscitada pelo Olavo: " E que é que prova que a sucessão dos números reais tem um caráter temporal, além do fato de que os formuladores da teoria assim o desejam? "

    Alberto

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    1. O Olavo comentou aqui no artigo e o Adonai o respondeu -- a meu ver, de modo bastante insatisfatório --, portanto, não há motivo para esse leva e traz. O artigo original do Adonias já foi comprometido o suficiente pelo fato de ter ele claramente se pautado em uma perspectiva falsa do que o Olavo teria dito sobre os assuntos em questão, perspectiva provavelmente colhida da Wikipedia e de algum dos milhaes de blogs e sites anti-Olavo que existem por aí.

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    2. Douglas,

      Neste caso, Olavo não somente NÃO respondeu nada sobre o texto do Adonai, como já desfere seus, famosos e previsíveis, ataques Ad hominem para fugir completamente da discussão educada e racional:

      Olavo de Carvalho
      6 h ·
      Pois não é que o cidadão, do que escrevi sobre Newton, concluiu que EU nego a existência de momentos, em vez de perceber que essa negação decorre das premissas de Newton que eu estava analisando? Isso é ANALFABETISMO FUNCIONAL EM ESTADO PURO.
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      Olavo de Carvalho
      6 h ·
      Estudar lógica matemática antes de adquirir um domínio suficiente da expressão literária e da lógica clássica dos termos DESTRÓI a capacidade de compreensão de leitura. O sujeito se torna inevitavelmente um BURRO PEDANTE. Burro porque não entende nada, pedante porque adorna a sua incompreensão com toda sorte de artificialismos e muita ostentação de superioridade acadêmica.

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    3. Caros

      Bem, algo que me causa estranheza é o fato de Olavo de Carvalho levar uma discussão iniciada por ele mesmo aqui, para um fórum do qual sou impossibilitado de participar. É difícil interpretar esse comportamento de outra forma que não seja a determinação de isolar seus simpatizantes de outras realidades. Se alguém daqui estiver no grupo de discussões dele, peço que reproduza este comentário lá. Isso porque eu mesmo não tenho acesso. Portas fechadas.

      Alberto repete a questão de Carvalho: "E que é que prova que a sucessão dos números reais tem um caráter temporal, além do fato de que os formuladores da teoria assim o desejam?" A questão não envolve exatamente um desejo dos formuladores da teoria. É apenas um pressuposto. E, claro, nada prova que este pressuposto está em algum sentido correto, acima de críticas. É isso que difere o pensamento crítico do pensamento de Carvalho. No primeiro há flexibilidade, espaço para a dúvida. No segundo há perigosos dogmas.

      Quanto aos demais comentários de Carvalho, reproduzidos por Soraia, lamentavelmente ele apela a ataques pessoais. Não posso responder a opiniões tão radicais a respeito de minha pessoa. Prefiro discutir sobre filosofia, matemática e física.

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    4. Grato pela resposta,Prof. Adonai.Bem que o Olavo poderia aprender algo com o senhor e,por conseguinte,adotar uma posição menos solipsista e mais tolerante em relação a outros pontos de vista.Afinal,creio que só podemos evoluir intelectualmente se nos expusermos ao debate de ideias ‒‒ ainda que isso ponha em risco as nossas convicções mais arraigadas;o que,aliás, é muito salutar para qualquer indivíduo.

      Alberto

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    5. Alberto

      Dá uma olhada no link abaixo.

      http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2012/01/nota-de-esclarecimento.html

      Quando somos questionados com propriedade, somos obrigados a ceder ao mundo das ideias e não das pessoas.

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    6. Gilson

      Uma coisa devo admitir. Caí numa armadilha com este blog. Um blog sempre admite a possibilidade de popularização. Mas e se ela acontecer, como manter a proposta de resposta à maioria dos comentários se o tema é ciência, educação e sociedade? Ainda mais em um país sem tradição na produção de ideias. Preciso repensar as estratégias deste fórum.

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    7. Tenho notado que o que o Olavo diz sobre cultura, política e literatura tem alto grau de relevância. No entanto ele parte de um pressuposto claramente diferente do seu. Ele sempre foi um Russel da vida. Como é notório que a posição dele "anti-esquerda" é extremamente forte, inclusive eu faço coro a afirmação de outro leitor deste blog de que foi uma chamada dele para o fato de Marx ter sido refutado pelos austríacos Bohm Bawerk e outros, ele não gostou nenhum pouco da forma como você pensa (assumir abstrações matemáticas). Quem faz isso em economia são os esquerdistas, eles queriam (-em) fazer inclusive previsão de demandas da população por modelos matemáticos. É isso que justifica a estratégia "fiscais do Sarney" para resolver "inflação". O contraponto diz que se deve orientar por um sistema de preços na economia. Olavo é tido como o mais provocador da patota dele, não necessariamente o que estuda mais para emitir opiniões. (Esses parágrafos longos se explicam pela hora adiantada.)

      Pequeno contributo: Achei seu blog hoje, através da postagem do Olavo. Ele colocou PQP! mas se fez o "leva e traz" foi bem tonto. Eu também noto que outros "famosos" como o Kanitz, omitem detalhes e fazem versões diferentes dos textos. Isso é comum no jornalismo. De fato, hoje mesmo saiu uma reportagem no uol sobre a "tradução" imposta pela citada na biografia do Mick Jagger. O Olavo pode estar usando o seu blog como "batalha da informação" e não ter dado importância ao que você quis explicar. Outro leitor julgou sua explicação como insuficiente, eu não vi a forma como o Olavo tratou da questão, nem tenho saco para resolver essa questão me impondo uma ainda maior carga de leituras por polêmicas de internet. Grato pelo espaço.

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    8. Fernando

      Quando você menciona Russel, você está falando de Bertrand Russell? Pergunto porque Russell era matemático. É o autor do Principia, em parceria com Whitehead. Logo, a comparação entre Carvalho e Russell carece de sentido, no contexto do que você afirma.

      Mas há algo que você diz que acho curioso. Se entendi corretamente, você sugere a existência de um preconceito político contra aqueles que cultivam matemática. Poderia explicar isso melhor, preferencialmente citando referências?

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    9. Ele foi desde cedo um participante da elite intelectual e política do país, essa era a semelhança, acho que não ficou claro mesmo. Depois trocou de lado e saiu do marxismo, por princípios, e da ideia de revolução para uma visão mais religiosa do mundo. Desde então ele se põe contrário a discussões em que a Igreja Católica é geralmente condenada, como a Inquisição, Cruzadas, etc. A outra questão, o que vejo é um grande ranço, um pé atrás em relação a matematização de certas questões que envolvem as pessoas, geralmente aplicadas às ciências sociais. Em economia por exemplo há um grande ranço contra a microeconomia e seus pressupostos. Resolvi comentar no seu site, pois achei sua resposta muito diferente de outros que se envolveram com polêmicas com o Olavo e foi mais sensato.
      Fernando

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    10. Anônimo

      O foco deste blog é matemática e suas relações com a sociedade. Daí o interesse em material específico de Olavo de Carvalho. Sobre outras questões que ele comenta (e não são poucas) dificilmente eu teria algo a dizer. Mas desconfio de quem conhece de tudo um pouco. Geralmente este pouco é muito pouco.

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  11. Acredito que as afirmações de Olavo de Carvalho são absolutamente corretas!

    E não há nada de novo no que diz Olavo de Carvalho; esse tema já foi debatido por Edmund Husserl, Henri Bergson e Albert Einstein (um na presença do outro, em ocorrência!). J. M. E. McTaggart se coloca as mesmas questões que permitem a qualquer um chegar às conclusões de Olavo de Carvalho. Étienne Klein, diretor de pesquisa do CEA, oferece o mesmo gênero de reflexões acerca da física e do tempo. É algo muito simples de compreender, o tempo na física de Newton joue un rôle secundario.

    o Klein nesse artigo: http://ciret-transdisciplinarity.org/bulletin/b12c5.php; comenta justamente sobre isso. um trecho apenas:

    Newton, le premier, donna dans ses Principia une définition du temps de la mécanique, la faisant reposer sur un postulat assez complexe : le temps s'écoule uniformément, il est universel et absolu. Cette conception sous-tend, avec une efficacité remarquable, les principes de sa mécanique. Le mouvement des corps dans l'espace est décrit en donnant leurs positions à des instants successifs. Dans les calculs de trajectoires, le temps apparaît comme un paramètre externe de la dynamique, dont Newton a postulé qu'il s'écoule du passé vers le futur, selon un cours invariable. Mais, curieusement, les équations de Newton sont telles qu'on peut explorer avec les mêmes méthodes mathématiques le passé et l'avenir. En effet, lorsqu'on inverse le sens du temps, la loi fondamentale de la dynamique reste invariante. À toute évolution du passé vers l'avenir, elle associe l'existence d'une évolution symétrique de l'avenir vers le passé. Autrement dit, tout ce que la nature fait, elle pourrait le défaire selon le même processus. Les phénomènes newtoniens, dans les cas idéaux où il n'y a pas de frottement, sont donc réversibles. Le temps de Newton est scrupuleusement neutre. Il ne crée pas, il ne détruit pas non plus. Il ne fait que battre la mesure et baliser les trajectoires. Il coule identiquement à lui-même, imperturbablement. Il trône hors de l'histoire. C'est un temps indifférent, sans qualité, sans accident, qui rend équivalents entre eux tous les instants. Plus tard, prenant acte de cette dissociation newtonienne entre le cadre spatio-temporel des événements et les événements eux-mêmes, Emmanuel Kant fera du temps et de l'espace les formes a priori de la sensibilité, celles qui conditionnent justement la possibilité de la connaissance des phénomènes.

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    1. Anônimo

      Julgar que algum ramo da física teórica seja muito simples de compreender é demonstração de imaturidade. Tome cuidado com o que defende, para que não se reduza a uma mera ideologia, sem sustentação racional. Até mesmo a sua redação revela um caráter obsessivo, ao afirmar na primeira frase "Acredito [...] são absolutamente corretas." Como combinar uma crença com uma certeza na mesma frase? Klein promove no texto acima citado uma discussão altamente especulativa, semelhante àquilo que Sokal criticou décadas atrás e que até hoje se pratica. Se deseja citar Einstein, procure familiaridade real com a obra dele. É uma tarefa extremamente difícil, sem dúvida. Mas ajuda a flexibilizar mentes. Mas se não se sentir confortável para ler Einstein, então evite opinar publicamente sobre o assunto. Pense um pouco: por que Carvalho levou uma resposta minha a um comentário dele feito aqui no blog para um fórum no qual não tenho acesso? Isso lhe parece honestidade intelectual? Não lhe parece isolamento cultural, para que pessoas como você não tenham contato com outras posturas, outras visões?

      Se você estiver se sentindo incomodado com essa discussão, não seria hora de esfriar a cabeça e se colocar no lugar de um observador externo? Só peço isso. Deixe as ideias esfriarem um pouco e reflita com cuidado.

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    2. "Pense um pouco: por que Carvalho levou uma resposta minha a um comentário dele feito aqui no blog para um fórum no qual não tenho acesso? Isso lhe parece honestidade intelectual? Não lhe parece isolamento cultural, para que pessoas como você não tenham contato com outras posturas, outras visões?"

      Talvez você não tenha acompanhado a forma como as coisas evoluíram -- o que não o isenta da leviandade do juízo por você preferido --, mas garanto que se você for à página do Olavo no facebook você verá que ele não levou para lá uma discussão que teve início aqui e que, pelo contrário, ele trouxe para cá uma discussão que teve início naquela página. O comentário aqui deixado por ele foi copiado de uma dentre tantas respostas que ele deu a alguns alunos que o questionaram sobre o teor do seu texto.

      Entendo que o fato de não ser possível a você respondê-lo é um problema, mas parece um tanto precipitado e leviano de sua parte acusá-lo de desonestidade intelectual sem saber como as coisas de fato se deram.

      Aliás, você já havia demonstrado tal leviandade ao criticar o Olavo a partir de palavras e opiniões atribuídas a ele por outrem e não a partir das palavras como forram proferidas por ele. Outro problema, a meu ver, é a sua dificuldade em lidar com qualquer linguagem figurada, forçando sempre um literalismo que, sinceramente, beira a triste condição de um portador da Síndrome de Asperger.

      Afinal, você compreendeu de fato as discussões propostas pelo Olavo ou só está respondendo àquilo que você acredita que ele propôs? Quando você diz, por exemplo, que ele nega a existência dos estados, você está certo de que essa é uma idéia defendida por ele ou a descrição de um problema que, segundo ele, estaria embutido nas premissas da mecânica de Newton conforme descrita no Principia?

      O Olavo já elogiou o trabalho que você faz, creio que seria muito mais frutífero vocês tentarem conversar pessoalmente para esclarecer um ao outro os pontos obscuros e resolver as coisas de modo civilizado do que se precipitar em um debate onde você critica o que ele não disse e ele o critica por ter feito isso.

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    3. "Julgar que algum ramo da física teórica seja muito simples de compreender é demonstração de imaturidade". Prove!
      "Até mesmo a sua redação revela um caráter obsessivo". Prove! (obsessão => Freud => Popper; deixo a dica!)

      "Como combinar uma crença com uma certeza na mesma frase?" Reformulo, já que é um problema de comunicação, aparentemente você não aceita a catacrese feita com o verbo acreditar, o que é normal:

      Penso e afirmo via evidencias cabais que as afirmações de Olavo de Carvalho são absolutamente corretas!

      "Klein promove no texto acima citado uma discussão altamente especulativa, semelhante àquilo que Sokal criticou décadas atrás e que até hoje se pratica". Imagino que você se refere ao livro do Alan Sokal; Você quer realmente dizer que
      Étienne Klein com o cargo que ocupa na institução de tão grande importância, iria fazer especulaçõezinhas, Étienne Klein saria um charlatão? Da uma olhada no curriculo dele por favor; isso que você sabe de física, ele sabe muitooo mais inserido nos seus contextos históricos, além de conhecer as discussões filosoficas acerca dos temas! Repito da uma olhada no curriculo dele!

      Agora, Adonai Santatna VS Etienne Klein, Bergson, Husserl, Kant e McTaggart; vc que sai ganhando? Eu conheço as discussões dos 5, atençao.

      Você ignora a filosofia, ignora os autores citados, ignora o que sabe Étienne Klein, ignora o que eu sei!

      É normal se enganar, você ta saindo da Física, que talvez você domina, até mesmo mais que Étienne Klein, para a Filosofia, que aparentemente não está a vontade.

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    4. Douglas

      Creio que você tocou em um ponto importante: linguagem figurada. Realmente as referências citadas de Carvalho são meras alegorias, apesar de serem levadas a um nível desmerecido de seriedade. Quanto às suas outras observações, não quero repetir o que já foi dito na postagem e em outros comentários. O ponto da questão já se perdeu em meio a isso tudo, que é física teórica.

      Com relação a um eventual diálogo com Carvalho, creio ser difícil isso acontecer. Ele emitiu juízos sobre minha pessoa que deixam muito clara a sua posição a respeito de mim e não das ideais que apresentei. O tema desviou do mundo das ideias para o mundo pessoal. Não quero estender esse tipo de debate.

      Até mesmo você apela para isso, com a pretensão de me diagnosticar como portador de Asperger, sendo que esse tipo de diagnóstico demanda muito mais do que uma simples avaliação de textos. Lamento, mas não é este o propósito do blog Matemática e Sociedade.

      Se um dia quiser discutir sobre educação, física, matemática e/ou filosofia da ciência, citando problemas pontuais, certamente poderemos promover isso. Mas preciso insistir uma última vez que esses assuntos são tratados aqui de forma a evitar excessivas especulações.

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    5. Está vendo? Em nenhum momento eu tive a pretensão de diagnosticá-lo como sendo portador de Síndrome de Asperger. Tudo o que eu fiz foi mencionar essa síndrome como recurso retórico para evidenciar sua dificuldade em lidar com figuras de linguagem, dificuldade que foi confirmada pela interpretação que você fez das minhas palavras.

      Compreendo que como partidário da escola analítica você repudie a "imprecisão linguística" e as figuras de linguagem, mas não dominá-las nem saber como lidar com elas é um problema intelectual grave. Afinal, se você não é capaz de lidar com diferentes gêneros literários, você também não será capaz de compreender a proposta e a substância de cada texto, correndo o risco de analisar um artigo jornalístico como quem analisa uma equação matemática ou de ler um romance como quem está diante de uma conceituação utilizando um instrumental da lógica paraconsistente. Não à toa você fez confusão com o que o Olavo disse e atribuiu isso a uma suposta imprecisão linguística que daria margem a múltiplas interpretações quando o sentido do que foi dito é extremamente claro.

      Você também diz que o Olavo o atacou, porém desconsidera que ao afirmar que a sua confusão ao atribuir a ele uma posição que não é a dele seja um sinal de analfabetismo funcional ele não tenha pretendido o insultar mas apenas descrever um problema concreto.

      Até agora você não disse nada sobre ter atribuído a ele afirmações e pressupostos que, na verdade, ele estava criticando e não defendendo. Você simplesmente se agarrou no seu erro e nem cogita a possibilidade de ter cometido um equívoco. Isso não é precisamente a crítica que você fez ao Olavo?

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    6. Douglas

      Você é um sujeito persistente. E parece uma pessoa honesta. Pena que eu esteja tão cansado. Mas vejamos se conseguimos convergir para algo construtivo.

      Escrevi "Carvalho afirma categoricamente que não há estados." De fato ele faz essa afirmação em seu texto. Observe que minha frase não estabelece se Carvalho defende essa visão ou se critica essa visão. De uma forma ou de outra ele afirma categoricamente que não há estados. Tanto faz se ele defende que não há estados ou se critica que não há estados, o fato é que ele não compreendeu o livro Principia, de Newton, pelos motivos já expostos em minha postagem. Isso porque ele não entende a multiplicidade de ideias na literatura especializada sobre o conceito de estado em mecânica newtoniana. Sempre tomo muito cuidado com o que escrevo. E uma das principais coisas que percebi no texto de Carvalho é que ele joga frases, sem qualificá-las. Em física isso não pode ser feito. É preciso cuidado. Você acha que ele conseguiria publicar um texto desses em um periódico de alto nível como Synthese, Erkenntnis ou Philosophy of Science? Aposto o que desejar que isso não seria possível. A filosofia da ciência que hoje se pratica demanda muitíssimo cuidado com qualificação de discurso. E Carvalho não dá a mínima para esse cuidado.

      O ponto no qual tenho insistido não é a contestação de qualquer tese de Carvalho. Sequer consegui identificar alguma tese devidamente explorada no que ele defende. O ponto é o preocupante descuido e a clara ignorância sobre o tema abordado. Aparentemente você não conhece mecânica newtoniana. E, se for o caso, é muito fácil cair na armadilha do discurso empolgante e aparentemente profundo. Por isso, peço que leve em conta o seguinte: não tome por certo nem as minhas palavras e nem as de Carvalho. Somos ambos criaturas bastante limitadas. Carvalho não conhece física e eu não conheço diferentes gêneros literários. Tudo bem. Admito isso. Mas procure verificar a diversidade de visões existentes sobre mecânica newtoniana. Desconfie de afirmações peremptórias. Física não se faz com discursos em linguagem natural. Não foi isso que colocou o homem na Lua.

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    7. Questionar se o artigo (escrito para um jornal) seria aceito em um periódico como Synthese, Erkenntnis, Philosophy of Science, etc. apenas mostra mais uma vez que você não está conseguindo se localizar em relação aos diferentes gêneros literários, o que compromete toda a sua crítica, já que sua análise desconsidera por completo a proposta e o contexto do texto tentando julgá-lo pelo o que ele não é. É como se você pegasse o chocolate derretido adequado para um Fondue com a sua esposa ou namorada e o criticasse por não ser um bom sorvete.

      É evidente que esse texto não seria aceito em nenhum desses periódicos e isso por um motivo muito simples: ele não foi escrito para isso. Embora eu seja formado em Filosofia e tenha cursado três anos de matemática, eu de fato não me considero apto a julgar se o Olavo está certo ou errado no que escreveu. Porém, minha intervenção não tem nenhuma pretensão nesse sentido, tudo o que estou fazendo é chamar a atenção para o fato de que isso até o momento foi um não-debate em que você critica um círculo por não ser quadrado e quando é respondido segue mostrando o seu conhecimento sobre quadrados sem abordar por nenhum momento o ponto principal da "crítica que foi feita à sua crítica": que você está criticando, de forma honesta ao que tudo indica, uma projeção mental do que você imagina ter sido dito pelo Olavo.

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    8. Nossa. Em algum momento serei obrigado a parar de responder. Vamos mais uma vez...

      Usando a sua analogia, Carvalho tentou usar o chocolate para Fondue como sorvete. Um texto informal, publicado em jornal popular, que pretende discutir tema tão sensível como o proposto, deveria ser baseado em texto sério previamente publicado em periódico especializado de alto nível. Não precisaria ser, este último, algo escrito por ele. Mas precisaria haver a referência. Faltou responsabilidade em Carvalho. Você e seus amigos que comentam aqui não estão familiarizados com o mundo genuinamente comprometido com produção e divulgação científica. Carvalho está isolando vocês deste mundo. Ele é uma pessoa esperta, sem dúvida. Caso contrário, não teria conquistado o que conquistou. Mas ser esperto não é o bastante. Precisa de interação com outras realidades. Há muito mais além da cúpula.

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  12. Adonai

    Eu também já fiquei intrigado com o fato de Olavo conseguir emitir juízos aparentemente brilhantes ao mesmo tempo em que comete erros tão claramente grosseiros, como nesse texto sobre Newton (que, de tão obscuro, nunca consegui entender claramente) e num em que ele, aparentemente, critica o conceito de conjuntos infinitos de Cantor (neste ele demonstra toda a sua ignorância em relação à lógica e matemática moderna). Para dirimir minhas desconfianças, fui ler alguns de seus livros e de seus textos. O que vi não me agradou muito.

    Observando as atitudes dele quando confrontado com seus erros, percebi que ele simplesmente não se importa com a verdade. Ele só quer manter sua imagem imaculada junto a seus admiradores. Eu nunca o vi admitir um erro. Nunca. Todos os que o criticam são "burros" e "ignorantes" (e muitos realmente são, mas não todos), a plateia aplaude e o mundo da fantasia em que eles vivem continua. Esse padrão é o que acabou de acontecer.

    Ele sempre inventa um subterfúgio (que não precisa ser muito convincente) para sair como vencedor num "debate". Um dos mais usados, além dos ataques pessoais, é o de dizer que seus "detratores" nunca criticam o cerne de sua filosofia, mas sempre seus elementos marginais. Entretanto, esse cerne só está acessível a seus alunos, logo, nunca alguém pode realmente analisar suas ideias filosóficas, pois ele as esconde do olhar crítico do público. Vendo alguns dos textos no site dele, você vê que a parte dessa filosofia que está lá é extremamente pobre e confusa, o que me deixa extremamente desconfiado com relação ao resto.

    Com o tempo, percebi que até seus juízos aparentemente brilhantes não eram tanto assim. Isso inclui a entrevista que o senhor colocou no outro post: cheia de lugares-comuns e de preconceitos em relação à educação no Brasil refraseados de forma pomposa. Seu discurso agrada quem não gosta do governo, pois nele se vêem refletidos todos os chavões anti-governistas adornados de uma teoria da conspiração retirada de livros underground.

    Minha conclusão foi a de que a probabilidade de ele ser simplesmente um picareta é grande demais pra levá-lo a sério.

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    1. Leonardo

      Pois é. A coisa parece um concurso para ver quem tem o treco maior. E não é esta a questão. Já tive artigo meu criticado com extrema pertinência. E não tenho saída a não ser acatar o crítico.

      http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2012/01/nota-de-esclarecimento.html

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    2. Já vi o Olavo reconhecer que estava equivocado inúmeras vezes. Inclusive, ele fez exatamente isso sobre uma de suas principais obras, O Jardim das Aflições, que em sua última edição veio com uma longa nota destinada a corrigir os erros que ele cometeu nas edições anterior. Já o vi voltar atrás e reconhecer publicamente que estava errado até mesmo em discussões com alunos um tanto quanto jovens dele.

      O problema de vocês é querer tomar o pouco que sabem sobre ele como o todo e julgá-lo com base nisso.

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    3. Olá, Douglas.

      Queria lembrá-lo de que eu não disse que ele nunca admitiu um erro. Só falei que eu nunca vi. Ora, é claro que todos admitimos algum erro. Seria tolice acreditar que não. Note também que isso não enfraquece a minha crítica.

      Você disse que ele colocou uma nota na última edição do Jardim das Aflições. Ele falou algo sobre o texto em que ele critica a noção de conjuntos infinitos de Cantor?

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    4. Não terminei a leitura da nota, pois, como disse, ela é bastante longa. Porém até o trecho que eu li ele nada disse sobre as afirmações feitas no livro sobre Cantor. Contudo, no espaço online do Seminário de Filosofia há alguns arquivos que registram alguns debates que ele teve com alunos, leitores e críticos sobre esse trecho, inclusive uma troca de e-mails muito interessante com um analítico americano que criticou as afirmações dele a respeito do conceito de infinito de Cantor.

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  13. Olavo:Entre os momentos do tempo e a sucessão dos números não existe senão uma correspondência biunívoca que, por definição, não pode ser temporalmente sucessiva embora a expressão verbal da série numérica o seja.
    Os meses contam-se de um a doze PORQUE os números de um a doze não transcorrem junto com eles. Se transcorressem, em fevereiro o número um teria desaparecido, em março o dois e assim por diante.
    Os números NÃO SÃO momentos do tempo, são apenas signos deles na ordem da contagem.

    Aluno do Olavo:Se todos os números que antecedem T fossem o passado, isso significaria que o passado seria infinito. Mas isso culminaria no paradoxo que numa PASSAGEM de tempo, o presente jamais chegaria, afinal o presente seria o "fim de uma reta infinita". Está correto, professor?

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  14. Em vez de perderem tempo lendo o besteirol do Olavo Carvalho e ficarem discutindo ad infinitum ... abram um livro de Mecânica Cláasica estudem, no final terão aprendido alguma coisa.
    Celso M Doria

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    1. Celso

      Você conseguiu sintetizar muitíssimo bem aquilo que venho tentando dizer de maneira polida, tentando minimizar atritos. Mas acho que essa visão é impenetrável para eles.

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    2. Adonai Santatna VS Etienne Klein, Bergson, Husserl, Kant, McTaggart, Olavo de Carvalho e muitooosss outros; Adonai Santatna que ganha? Você conhece quem são esses figurões ai?

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    3. Vejo que estão repetindo comentários por aqui. Anônimo, ciência e filosofia não se promovem por concursos. Conhecimento não é representado por pessoas. E não é legítimo o argumento da autoridade.

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  15. Professor Adonai, e sobre essas respostas do Olavo?
    Olavo:Entre os momentos do tempo e a sucessão dos números não existe senão uma correspondência biunívoca que, por definição, não pode ser temporalmente sucessiva embora a expressão verbal da série numérica o seja.
    Os meses contam-se de um a doze PORQUE os números de um a doze não transcorrem junto com eles. Se transcorressem, em fevereiro o número um teria desaparecido, em março o dois e assim por diante.
    Os números NÃO SÃO momentos do tempo, são apenas signos deles na ordem da contagem.

    Aluno do Olavo:Se todos os números que antecedem T fossem o passado, isso significaria que o passado seria infinito. Mas isso culminaria no paradoxo que numa PASSAGEM de tempo, o presente jamais chegaria, afinal o presente seria o "fim de uma reta infinita". Está correto, professor?

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    1. Anônimo

      Não há evidências convincentes de uma correspondência biunívoca entre números reais e os supostos instantes de um suposto tempo físico. Tanto é verdade que existem formulações discretas (não contínuas) para várias teorias físicas. E essas formulações, apesar de serem pouco usuais e muito difíceis de serem desenvolvidas, funcionam bem.

      Quando Carvalho argumenta acima sobre um suposto desaparecimento de números, não vejo como levar isso a sério. Como pode um objeto matemático (que usualmente é descrito no contexto de uma teoria formal) desaparecer?

      Com relação ao comentário de aluno de Carvalho, honestamente não consigo entender. Ele escreve coisas que de forma alguma se identificam com física ou matemática. Lamento não poder ajudar neste ponto.

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    2. Acho que o aluno do Olavo tentou reproduzir o argumento contra a eternidade do universo elaborado por João Filópono, um filósofo cristão que viveu entre os séculos V e VI. Eu não vejo nenhum paradoxo onde ele vê. O argumento me parece ser uma petição de princípio. Quando se diz que o presente "jamais chegaria", acho que se quer dizer que a distância do início do tempo até o presente não estaria bem definida, mas, se o tempo não tem um princípio, não faz sentido falar do início do tempo.

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  16. Adonai

    Admiro muitíssimo o equilíbrio emocional que possui para lidar até mesmo com pessoas de difícil convivência.

    Se equilíbrio emocional fosse algo comercializável e vc estivesse disposto a me vender algum, certamente compraria "1 tonelada".

    Infelizmente ainda não sei lidar com situações envolvendo ataques pessoais absurdos como estes dirigidos a vc. Quando se trata de manter o equilíbrio emocional numa situação desta natureza, meu comportamento fica mais para Australophitecus do que para Homo Sapiens Sapiens.

    Por isso mesmo admiro quem consegue manter-se como Homo Sapiens Sapiens mesmo exposto a um ambiente fortemente indutivo para um comportamento "a la Australophitecus".

    No mais, tenho a dizer que eu e meu pai somos unânimes em afirmar que vc é a pessoa mais honesta intelectualmente que já conhecemos, é verdadeiro em sua essência e consegue discutir assuntos com um nível de imparcialidade tamanho que ainda estou por conhecer quem faça isso melhor.

    Não que vc consiga ser completamente imparcial. Acho que ninguém consegue.

    No entanto, dentre as pessoas que conheço, vc é o que mais se aproxima disso, seguramente.

    Mesmo não concordando 100% com todo o conteúdo postado aqui no blog, admiramos muito vc por quem vc é e pela extraordinária capacidade que apresenta.

    Conte sempre conosco.

    =)

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    1. Como é que é? O Adonai escreveu este texto leviano, propagando meias-verdades e mentiras sobre o que o Olavo pensa a respeito dos temas em questões e quem foi atacado foi ele? Foi ele quem fez um ataque gratuito e desnecessário ao Olavo e não o contrário.

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    2. Adonai Santatna VS Etienne Klein, Bergson, Husserl, Kant, McTaggart, Olavo de Carvalho e muitooosss outros; Adonai Santatna que ganha? Você conhece quem são esses figurões ai?

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    3. Concordo com o Rafael acima.

      Difícil entender e aceitar esse "não me toques".

      O artigo aqui imputa ignorância e desordem mental ao Carvalho. Coloca em xeque "suas afirmações sobre outros temas, como história da religião e política" !

      A falsa superioridade da "maneira polida" é de rachar.

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    4. Leandro

      Grato pelo apoio. Mas devo admitir que essa situação toda tem sido cansativa. O blog era muito mais tranquilo antes de Olavo de Carvalho decidir apoiá-lo, divulgando a postagem sobre o superdotado.

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    5. Rafael e demais anônimos

      No Brasil se confunde muito ataques a ideias com ataques pessoais. Isso é resultado de falta de tradição filosófica em nosso país. Por isso mesmo esse suposto embate entre eu e Klein, Husserl, Kant etc. carece de sentido. Ciência e filosofia não se decidem por processo democrático ou opinião de maiorias. Ciência e filosofia não são feitas por "figurões". Darwin que o diga.

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    6. Adonai

      Eu sou um leitor esporádico deste blog e, quando escrevo algum comentário aqui, geralmente é para criticar um ou outro ponto de que discordo. Apesar disso, gostaria de dizer que este espaço de veiculação de ideias é extremamente necessário no Brasil de hoje. Admiro o fato de o senhor sinceramente querer melhorar o que temos de ruim em nossa educação. Algumas postagens me deram até ideias de possíveis pesquisas futuras em que eu vá me empenhar.

      Gostaria de pedir para o senhor continuar esse seu bom trabalho. Abraço.

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    7. Sou imune ao "Apelo à Autoridade".

      Concordo com o Adonai pelos argumentos defendidos. Aliás, foi justamente o modo de agir e argumentar dele que me despertou admiração. Entretanto, isto não impede de eu discordar dele quando julgo necessário.

      Sei separar bem as coisas.

      Quanto a esta situação toda, digo o seguinte:

      O "Ad Hominem" quando se questiona uma postura pessoal contraditória, inconsistente e incoerente é válido do ponto de vista lógico.

      Entretanto, "Ad Hominem" do tipo "burro pedante", entre outros, é de arrepiar os cabelos de tamanha agressividade infundada e falta de consistência lógica.

      Querem saber o motivo????

      Porque mesmo que o COMENTÁRIO do Adonai fosse plausível de classificação como "burro pedante" (o que não é, mas vamos supor que fosse), isto não basta para generalizar afirmando que a PESSOA seja um "burro pedante".

      Quanto a autoridades, também são pessoas e PESSOAS PODEM ERRAR. Pessoas não são deuses.

      Entretanto, se quiserem seguir pela linha de raciocínio "Kant, Carvalho, Bergson, Klein, etc VS Adonai Sant´Anna", logo "Chupa Adonai Sant´Anna", sintam-se à vontade.

      A partir do momento em que teimarem com "Apelo à Autoridade" e "Argumentum Ad Hominem Falacioso", no que depender de mim, ficarão discursando para as paredes.

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    8. Fazer o que né, você insiste que sua interpretação ta correta porque é físico, outro físico muitooo mais competente afirma o contrario, assim como varios filosofos, e voce que tem razao. Errar e normal, perseguir no erro e complicado, mas tambem é normal.

      A questao sobre o tempo é interessante leia esses autores ai, serio, voce vai gostar...

      A questao não é Olavo de Carvalho em?! Mas aquela interpretação do Newton, que não foi feita apenas por Olavo de Carvalho...

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    9. Este comentário anterior é dirigido obviamente aos "Anônimos" e ao tal "Rafael", que já "vieram para cima com paus e pedras" por eu pensar diferente deles.

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    10. "No Brasil se confunde muito ataques a ideias com ataques pessoais"

      Misericórdia, Adonai. Não sou aluno, nem advogado do Olavo de Carvalho.
      Mas você imputou ao sujeito desordem mental e ignorância. Escreveu que "ele impõe uma percepção própria, DESQUALIFICADA e única sobre o que entende por estado em mecânica".

      Ele, em retorno, fez uma pergunta, a qual você respondeu com exposições que não elucidaram nada. Então, depois, ele disparou Analfabeto Funcional e Burro Pedante.

      Como disse, nada tenho contra você ou ele. Não irei, de maneira alguma, julgar seu trabalho e estudos por este artigo.

      **
      "Julgar que algum ramo da física teórica seja muito simples de compreender é demonstração de imaturidade"
      **

      Só queria, HUMILDEMENTE (já que os tratamentos são avaliados aqui), que não julgasse a inteligência e percepção dos demais tomando a sua própria como parâmetro. Pela frase acima, provavelmente sem perceber, você estabelece que os gênios são imaturos por definição. Ao menos aqueles que consideram a física teórica "muito simples". Sempre há um peixe maior, velho.

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    11. Sim, Carvalho se mostrou mentalmente desordenado e ignorante quando discute sobre física. Sobre outros assuntos, nada sei. Pode ser que ele seja mentalmente organizado para outras discussões. Mas física demanda muito mais do que ele demonstra em seus textos e vídeos. É uma questão de responsabilidade e honestidade.

      Se você acredita realmente que algum físico de destaque na história considera ou considerou física teórica algo simples, apenas lamento.

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    12. Eu não acredito, eu conheço, e estão vivos e são produtivos. Agora, se você crê no contrário, é pura matéria de fé sua e não me diz respeito (a não ser é claro que tenha acesso a infinitas mentes e conheça os pormenores de cada uma delas); e no fundo em nada altera a discussão aqui.

      O conselho de um anônimo deve ter pouca validade, então use sua própria recomendação e esfrie a cabeça e então leia o que escreveu.

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    13. OK. Cite um, incluindo a referência. Estou curioso.

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    14. "Carvalho se mostrou mentalmente desordenado e ignorante quando discute sobre física. Sobre outros assuntos, nada sei. Pode ser que ele seja mentalmente organizado para outras discussões. Mas física demanda muito mais do que ele demonstra em seus textos e vídeos."

      Prof. Adonai, este é o problema de todos os entendidos em Física que eu já vi criticando esse texto do Olavo de Carvalho: segundo entendo, no texto em questão, o Olavo não está discutindo "sobre Física"; ele está discutindo sobre Filosofia: ele trata dos princípios metafísicos em que Newton se baseia, e essa discussão, portanto, precede a Física. Então, não foi ele que entrou numa discussão no seu campo de estudo, é você que entrou numa discussão no campo de estudo dele.

      Se ele se mostrou grosseiro e esquentado em relação ao seu texto, isso pelo menos tem um atenuante: ele já deve ter ouvido e respondido essa mesma confusão umas trocentas vezes, e já deve estar de saco cheio.

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    15. Prof. Adonai:

      Complementando meu outro comentário (em que mencionei que o Olavo de Carvalho já estar de saco cheio de responder sempre à mesma confusões sobre o artigo a respeito de Newton - confusões estas muitas vezes acompanhadas de um tom debochado e ofensivo - e que deve ser por isso que ele lhe respondeu com certa grosseria):

      Você está passando por uma experiência similar aqui, em que várias pessoas repetem a mesma coisa, outros são confusos, outros desrespeitosos...

      Imagine-se passando por isso durante uns dez ou quinze anos... creio que a ideia de mandar todos à PQP já não será assim algo tão impensável...

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    16. Wilson

      Se Carvalho já assume uma postura de mandar todos à PQP, recomendo que ele reconsidere isso. É algo que apenas o prejudica. E não creio que ele tenha a intenção de se prejudicar.

      Com relação à suposta distinção que você faz entre física e filosofia, peço que reavalie isso também. Não há uma fronteira clara entre física e filosofia da física. Isso porque todas as grandes teorias físicas nasceram de fortes pressupostos filosóficos. Novamente recomendo a leitura das obras de Jammer, Suppes, Granger, entre outros. Discutir sobre filosofia da física sem conhecer física é pior do que um padre aconselhar sobre casamentos sem jamais ter sido casado.

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    17. Caro Adonai.

      Wilson não fez uma distinção entre física e filosofia. E filosofia da física, que é outra coisa, ele sequer mencionou.

      A distinção existente é entre o objeto de estudo da física e o da filosofia. Essa fronteira não é apenas clara, é bastante óbvia.

      Embora seja fato que teorias físicas nascem de pressupostos filosóficos, seus criadores não costumam praticar a reflexão filosófica como atividade prévia. Muitos sequer estavam conscientes de tais pressupostos, o que pode torná-los meros preconceitos inconscientes.

      Usando uma imagem, físicos podem agir como peixes que não percebem a presença da água, sendo esta apenas o meio invisível no qual se deslocam e respiram. Só percebem a existência da água por contraste, se forem dela privados. A asfixia provocada pela privação desse ambiente provoca uma agonia que eu compararia à vivenciada por um físico ao ver questionados seus pressupostos filosóficos inconscientes.

      Como filósofo em plena atividade, Olavo não precisa entrar no compartimento conceitual da física ou da matemática, para onde seus argumentos nesta postagem até agora parecem pretender arrastá-lo, para refletir a respeito dos pressupostos assumidos pelos físicos em suas atividades.

      Com todo o respeito de alguém que acompanha seu blog há alguns anos, seria mais produtivo aproximar-se da obra de Olavo. Você tem feito o que o acusa de fazer: refletindo sobre suas atitudes pessoais. Está lidando apenas com as ondas verbais que se propagam de sua personalidade, na periferia mais externa de sua esfera de influência.



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    18. Em tempo:

      Um padre, sim, pode aconselhar casais católicos sobre casamento. Porque tais conselhos referem-se a relações interpessoais, das quais o casamento é um sub-tipo. O auxílio prestado neste caso refere-se aos desafios de quem considera a instituição da família um bem precioso como fundamento da civilização. É de natureza espiritual

      O que o padre talvez não possa aconselhar é sobre sexo, uma das atividades dos casais.

      Aliás, um terapeuta sexólogo também não precisa ser casado, embora alguma prática sexual seja recomendável neste caso.

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    19. Daros

      Se há uma palavra que nos distancia a extremos da reflexão filosófica sobre física, esta palavra é "óbvia". Seu discurso deixa muito clara sua falta de familiaridade tanto com física quanto com filosofia da física. Proponho o seguinte. Em algum momento não muito distante publicarei uma postagem aqui sobre as diferenças entre física e filosofia da física, à luz do que há de mais atual sobre o tema.

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    20. Adonai.

      Você não está lendo minhas palavras, pois segue debatendo com o que não escrevi.

      Fez isso quando mencionei a “surra intelectual” que Olavo aplicou em Dugin, ao seguir falando em termos genéricos, condenando, genericamente, a “noção de que debates operam como luta livre em ringues” sem ter-se dado conta de que, no mesmo texto, eu mencionei que Dugin criou uma “teoria” que justifica a invasão de nações soberanas como a Ucrânia. No texto seguinte indiquei a publicação do debate para que você pudesse tirar suas próprias conclusões. Chamar uma ideologia rasteira e criminosa de “argumento” e esperar de um intelectual sério um mero debate entre “idéias divergentes” seria uma imperdoável ingenuidade política.

      Repete tal atitude agora ao circunscrever em meu texto o cientificamente condenável termo “óbvio” que, isoladamente, desqualificaria a totalidade do texto, e seguindo em frente sem considerar as distinções que fiz.

      Primeiro mencionou filosofia e filosofia da física, sendo que este segundo termo nem havia sido mencionado no texto do Douglas a que me referi nem no meu, como já lembrara. Agora insiste em seguir fazendo distinção entre física e filosofia da física, que também não estava em meu texto.

      A distinção que considero óbvia existe, vou repetir, entre o OBJETO de estudo da Filosofia e o OBJETO de estudo da Fisica. Há diferença, sim, entre a que cada pensador dirige sua atenção. Não é preciso grande familiaridade com nenhuma das duas para perceber esta diferença. Você é físico e matemático e tem trabalho em filosofia da física no campo específico da filosofia analítica. Olavo é filósofo.

      Sua persistência em responder aos meus comentários sem incluir, na sua resposta, evidências de que absorveu, refletiu e superou meus argumentos inviabilizará, se mantida, o prosseguimento desta conversa. Não me restará senão aguardar e ler, passivamente, suas postagens, que muito aprecio, aliás. Ficou bastante evidente neste seu último comentário ser este o convite que me faz.

      Ainda assim, agradeço e repito minha modesta recomendação do comentário anterior: Consulte a obra de Olavo, depois tire suas conclusões.

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    21. Daros

      Lamento, mas Olavo de Carvalho não é filósofo (pois não age como tal). E, lamento, mas a diferença entre o objeto de estudo do físico e o objeto de estudo do filósofo demanda sim considerável familiaridade com essas duas áreas. A questão é extremamente sutil. Peço um pouco de paciência, Daros. Já escrevi a primeira versão do texto sobre física e filosofia da física. Falta apenas revisar. Antes disso publicarei outras postagens que estão na fila de espera há algum tempo.

      Espero poder contar com a sua paciência, apesar de nossas divergências.

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    22. Adonai.

      Também lamento, pois você continua “dialogando” sem ler o que escrevo.

      Voltou a ignorar que minha afirmação refere-se ao fato de que não é necessária familiaridade com física ou filosofia para compreender que tais disciplinas tratam de objetos distintos. Para descrever cada objeto e em que consiste tal distinção é necessário mais conhecimento. Para constatar que a diferença existe, nem tanto.

      É por constatar essa diferença que me foi possível perceber que sua crítica ao texto de Olavo não procede. Fica claro que você lida com o objeto da física e seu equipamento matemático sem lidar com os pressupostos metafísicos dos conceitos dessa área mais restrita.

      Agora, quanto à peremptória afirmação de que Olavo de Carvalho não é filósofo, e basear tal afirmação na maneira “como ele age”... bem, isso é realmente muito estranho.

      Suponho que você considere Marilena Chauí uma filósofa. Se não, talvez possa citar algum exemplo nacional contemporâneo, para que eu possa saber o que você considera um filósofo e, quem sabe, beber de tal fonte e me instruir.

      Tendo a concluir, no entanto, que você tenha apliicado à obra de Olavo o mesmo procedimento aplicado a meus comentários nesta postagem: “não li e não gostei”.

      Eu nem chamaria de “divergência” o que experimentamos nessa sequência, pois não identifico o ponto a partir do qual passamos a divergir. Insisto em dizer que fiquei com a sensação de que seus textos mantiveram com os meus uma relação de paralelismo. Por mais que eu me esforçasse só me apresentou infinitas paralelas, como naquele plano hiperbólico do Lobachewsky.

      Quem sabe um dia você lê um texto de Olavo e a gente poderá, então, divergir de verdade.

      Até lá, claro, pode contar com minha paciência.

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    23. Daros

      Não é necessária familiaridade com física ou filosofia para alguém *achar* que tais disciplinas tratam de objetos distintos. Mas é necessária familiaridade com física e filosofia para *perceber* que a distinção entre essas áreas do conhecimento não é clara. Ou seja, não creio que eu esteja ignorando suas palavras. Porém, novamente insisto que os detalhes sobre o que afirmo serão colocados em postagem a ser publicada até o próximo domingo.

      Com relação à sua alegação de que ignoro pressupostos metafísicos, também não é verdade. Discutirei sobre isso na postagem que será publicada em breve.

      Não, não considero Chauí uma filósofa. Já apontei isso em pelo menos duas postagens deste blog.

      Com relação ao Brasil, lamentavelmente nosso país não conta com tradição filosófica. Newton da Costa é Membro Titular do Instituto Internacional de Filosofia, em Paris. Foi eleito por unanimidade justamente por conta do impacto filosófico mundial de sua obra. Em menor escala, Oswaldo Chateubriand conta com uma visão filosófica original. Mas não tem produção consistente, conforme também já apontei em postagem deste blog. Otávio Bueno é brasileiro, mas segue carreira nos EUA. É editor-chefe do periódico Synthese, justamente por conta do conjunto de sua obra, a qual é significativa, consistente e muito conhecida pelo mundo. Meus critérios são internacionais e não locais. Mas esses exemplos são apenas pontuais. O Brasil precisa de muito mais.

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    24. Caro Adonai.

      Então tá. Vou esperar sua nova postagem, que poderá confirmar ou negar minha suspeita de que a distinção a que você se refere é entre FÍSICA e F ILOSOFIA DA FÍSICA, enquanto eu distingo FÍSICA e FILOSOFIA. Ou seja, você continua não lendo o que escrevo. Vamos ver.

      Declino do título de “achólogo” com o qual você procura desqualificar minha argumentação. Não quero ser indelicado, afinal o blog é seu e eu aprendi em casa a me comportar educadamente na condição de visita. Mas não seria necessário usar nomes distintos, Física e Filosofia, para designar atividades que tratam de objetos indistintos ou indistinguíveis.

      O objeto de que trata a Física provém da sensorialidade, natural ou ampliada por instrumentos como telescópios e aceleradores de partículas. Tais objetos devem ser mensuráveis. Os dados obtidos na mensuração recebem modelagem matemática. A reflexão filosófica feita sobre esta atividade corresponde a um pequeno aspecto do que podemos chamar de Filosofia.

      Neste caso, o da Filosofia da Física, alguém até pode se perder em meio a dificuldades e considerar pouco clara a distinção com a própria Física. Afinal, muitas vezes tal reflexão é praticada pelos próprios físicos, que não possuem o mesmo grau de conhecimento em Filosofia.

      Pouco tempo depois de Newton dirigir suas indagações ao mundo sensorial e descrever o comportamento de corpos celestes, luz, etc. até alcancar leis inteligíveis subjacentes a esses fenômenos, Kant, só para ilustrar com um exemplo, estaria fazendo distinções entre juízos. Distinguiu os analíticos dos sintéticos, os a priori dos a posteriori, depois fez a indagação que procurou responder num de seus livros: “Como são possíveis os juízos sintéticos a priori?”.

      Bem, eu, por minha vez, indago: Como é possível não perceber, mesmo sem um título de doutorado, que os objetos de que tratam essas ciências é distinto? São atividades intelectuais voltadas para coisas diferentes.

      Outra demonstração de que você não lê o que escrevo: Eu não disse que você ignora pressupostos metafísicos, disse que não lida com eles. Ou seja, apesar de informado a respeito, escolheu um desses pressupostos, sobre o qual erigiu sua argumentação e por meio do qual rechaçou a frase de Olavo. Sem ler nada da obra de Olavo ou da justificação de seus pressupostos.

      Os três autores que você mencionou, respeitabilíssimos sem dúvida, atuam no campo restrito da lógica e da filosofia da ciência. Aqui divergimos a respeito do que consideramos ser um filósofo. Mas vou deixar isso para depois de ler sua prometida postagem.

      Não há debate possível se você recusar qualquer alternativa que não seja arrastar o contendor para dentro do compartimento conceitual da física-matemática axiomatizada para espancá-lo com auxílio de uma “gangue” de acadêmicos (em sentido metafórico, sem ofensa).

      A FILOSOFIA transborda, e muito, para o lado de fora desse território ali demarcado.

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    25. Daros

      As questões que você levanta são todas extremamente importantes. Espero poder sanar pelo menos algumas das mais cruciais na postagem que será publicada até amanhã. Mas posso adiantar que o objeto de estudo da física não se resume àquilo que você indica. Além disso, pode ficar tranquilo com relação à maneira como abordarei a filosofia da física na postagem prometida. Ela não se restringe ao método axiomático. No momento estou publicando outras postagens que estão na fila de espera há algum tempo. Até breve.

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    26. Adonai.

      Agradeço por sua dedicação às respostas.

      O objeto de estudo da Física não se resume àquilo que indiquei, claro, mas é diferente do objeto da Filosofia. Este é o meu ponto.

      Axiomatizada ou não, a Filosofia da Física é distinta da Filosofia. Esta é muito maior e contém aquela. Este é o meu ponto.

      Obrigado e até breve.

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  17. Professor Adonai, você disse:

    "Se assumirmos que "eternidade" tem um caráter meramente intuitivo, qualquer coisa pode ser dita sobre a eternidade."

    e os trechos posteriores indicam que o senhor considera que o conceito de eternidade não tem correspondência com o real. Afinal, a primeira lei de Newton (pelo menos na sua formulação original) faz referência a este conceito sim ou não?

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    1. Thiago

      Não creio que eu tenha dado a entender que o conceito de eternidade não tem correspondência com o real. Se fiz isso, peço que aponte qual trecho sugere isso, para que possamos esclarecer este ponto.

      Com relação à sua pergunta, na formulação original da Primeira Lei de Newton não há referência explícita ao conceito de eternidade.

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    2. Professor Adonai,

      da sua resposta "Não creio que eu tenha dado a entender que o conceito de eternidade não tem correspondência com o real. "

      Portanto devo supor que a palavra eternidade corresponde a algo real. O Professor Olavo, citando Boécio, afirma que a eternidade é "a posse plena e simultânea de todos os momentos"

      Você acredita que já se alcançou o entendimento deste conceito? Qual a definição que você considere válida?

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    3. Thiago

      A afirmação de Carvalho sobre eternidade pode ser interessante para fins poéticos, mas não científicos ou filosóficos. Carece de senso crítico. Além disso, desconheço na literatura especializada qualquer definição sensata para eternidade.

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  18. Eu quero saber qual a resposta do senhor Adonai para essas questões do Olavo.
    Professor Adonai, e sobre essas respostas do Olavo?
    Olavo:Entre os momentos do tempo e a sucessão dos números não existe senão uma correspondência biunívoca que, por definição, não pode ser temporalmente sucessiva embora a expressão verbal da série numérica o seja.
    Os meses contam-se de um a doze PORQUE os números de um a doze não transcorrem junto com eles. Se transcorressem, em fevereiro o número um teria desaparecido, em março o dois e assim por diante.
    Os números NÃO SÃO momentos do tempo, são apenas signos deles na ordem da contagem.

    Aluno do Olavo:Se todos os números que antecedem T fossem o passado, isso significaria que o passado seria infinito. Mas isso culminaria no paradoxo que numa PASSAGEM de tempo, o presente jamais chegaria, afinal o presente seria o "fim de uma reta infinita". Está correto, professor?

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    1. Anônimo

      Essas mesmas questões já foram respondidas em comentário meu veiculado hoje às 15:59h.

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  19. se vcs estao realmente certos (adonai e landro) vcs iram refutar muiiittttaaaa gente! publica!

    (vamos testar se é so argumentação chamar para si a opiniao de autoridades!)

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    1. Bem, Anônimo. Aqui já tem uma publicação.

      http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10670-013-9491-y#page-1

      Bueno e eu não estamos interessados em refutar muita gente. Apenas fazemos filosofia da ciência que faz avançar discussões.

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    2. Anônimo

      Vc precisa urgentemente estudar Raciocínio Lógico.

      Certamente são atitudes como esta que vc adota que depõem contra o próprio avanço do conhecimento.

      Posso estar enganado, mas vc parece ser o tipo de pessoa que simplesmente diz "Amém!" para tudo o que vem de Carvalho, ou mesmo de outras pessoas de renome.

      O que seria da própria Física se absolutamente todas as pessoas do planeta aceitassem sem questionar as ideias de Newton????

      Pior, o que seria da Física se todos aceitassem indiscriminadamente as ideias da Mecânica Aristotélica????

      Aliás, sabe o que é Mecânica Aristotélica????

      Segundo ela, um corpo somente pode desenvolver um estado de movimento (mesmo que com velocidade constante em relação a um referencial inercial) se existir uma força que mantenha tal estado de movimento.

      O que acontece se alguém disser "Amém!" só porque isto surge na Mecânica Aristotélica????

      Alguém pode até mesmo assumir como "verdade incontestável" a Mecânica Aristotélica em seu dia-a-dia (caso use o falso argumento da autoridade), mas logo ficaria difícil explicar por meio da mesma como, em um ambiente de baixa gravidade, é possível que um corpo em estado de movimento com velocidade constante consegue manter seu movimento inalterado sem que alguma força permaneça atuando sobre o mesmo.

      Os filósofos antigos (Platão, Sócrates, Aristóteles, etc) eram autoridades e, em algum momento, foram contestados. Inclusive, Aristóteles foi discípulo de Platão e seu maior opositor em se tratando de assuntos de Filosofia e Natureza.

      Newton foi contestado por Einstein e companhia em algum sentido. E Newton era uma autoridade.

      Na Economia, Adam Smith foi contestado por John Nash. Smith também era uma autoridade.

      Na Química, John Dalton foi questionado por Gay-Lussac e ambos foram futuramente contestados pelo físico J. J. Thomson quando este provou que o átomo não era a menor porção da matéria. E tanto Dalton quanto Lussac (ambos atomistas) eram também autoridades.

      Se até mesmo autoridades são contestadas, por que devemos nos calar eternamente????

      Ninguém aqui está com a pretensa ambição de se igualar a grandes homens da Ciência. Apenas dizemos que, em princípio, nenhuma teoria, lei, postulado, etc, pode ser considerada como incontestável. A própria História mostra grandes ideias sendo superadas e contestadas, mesmo quando vindas de grandes homens.

      A propósito, a estrutura seguinte:

      "[...] (vamos testar se é so argumentação chamar para si a opiniao de autoridades!)"

      no contexto da Lógica chama-se "Apelo ao Ridículo", ou seja, constitui um instrumento retórico com efeitos psicológicos significativos (intimidar o outro interlocutor para obter uma falsa vantagem argumentativa), porém com valores e efeitos lógicos nulos ou inconsistentes.

      Aproveito para indicar o excelente livro "Imposturas Intelectuais" do Sokal.

      Deveria ser leitura obrigatória para todas as áreas do conhecimento. Que fique claro que não estou falando desta obra como se o cara fosse um deus. Tanto que existem outros livros de Raciocínio Lógico bons o bastante para ensinar tópicos relacionados às "Falácias Lógicas". É só procurar em livrarias e bibliotecas.

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    3. O "Apelo ao Ridículo" muitas vezes manifesta-se na forma de Ironias.

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  20. Bem,acredito que seria mais vantajoso,para o próprio Olavo de Carvalho,rejeitar essas teorias de física,até porque,segundo o mesmo,elas não fazem parte de sua filosofia;que,de acordo com ele,foi exposta em seus livros:O Jardim das Aflições e,Aristóteles em Nova Perspectiva.
    Eu fui introduzido ao Olavo através de seus artigos.
    A análise da situação cultural brasileira feita pelo Olavo,em minha opinião,é muito boa.
    Eu sei que não é essa sua intenção,porém,algumas pessoas utilizam esses desatinos do Olavo- ,supostas refutações de físicos- ,com o objetivo de ridicularizar tudo o que ele já disse ou escreveu;é preciso,como o senhor mesmo disse,saber filtrar o que é verdadeiro e o que é falso.

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  21. Caros

    Preciso avisar que estou apagando comentários que fazem uso de vocabulário inadequado. Há um público novo aqui que não está acostumado com noções de civilidade. Lamento pelo inconveniente.

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    1. Comentários anônimos e sem moderação não são nada produtivos, o próprio Olavo se identificou ao comentar.

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    2. Krishnamurti

      Insistirei com a abertura de comentários anônimos e não moderados. Minha esperança é que esta tempestade de visitantes novos acabe em algum momento. Não quero prejudicar os leitores assíduos que têm encontrado aqui um fórum de discussões abertas. Mesmo assim, agradeço pela preocupação. Alguns dos comentários novos não estão sendo respondidos nesta postagem. Cansei de caminhar em círculos com alguns dos novos leitores.

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  22. Adonai

    Entende agora o motivo pelo qual sou ainda mais pessimista com o ensino e evito, inclusive, de participar de discussões abertas ao público em geral????

    Minha impressão pessoal é que com base nesta situação que o Rafael Sá e outros deixaram de interagir com outras pessoas em comunidades do extinto orkut para dedicarem-se a uma comunidade seleta voltada para a Física.

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    1. Leandro

      Minha esperança é que, após essa perturbação toda provocada pela divulgação que Olavo de Carvalho fez de uma postagem deste blog, poderemos retomar o ritmo mais civilizado de antes. O fator Olavo de Carvalho trouxe uma miríade enorme de pessoas nada educadas. Isso não deixa de refletir o espírito do próprio. Assim que a poeira baixar, pensarei em maneiras de evitar o caos.

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    2. Gilson

      A tempestade está forte, mas acho que o barco aguenta. Essa situação toda está sendo um gigantesco aprendizado para mim e, acredito, para os leitores. Imagino que em alguns dias poderemos retornar às atividades normais.

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    3. Prof Adonai

      Entrei hoje no blog e fiquei impressionado com a quantidade de comentários.

      Li todos e vi o quanto quem não possui argumentos consistentes já partem pra ataques pessoais.

      Esta semana mesmo no trabalho tentei expor em um chat de maneira polida e educada algumas opiniões. Pra quê? Esse tipo de gente já parte pra agressividade, coloca palavras em nossa boca, interpretam do jeito que querem. Não me restou outra saída senão ignorar e até levar no bom humor.

      Admiro muito também sua paciência e prudência com estas pessoas. Elas precisam entender que divergência de opiniões não deve ser motivo para rixas pessoais. E devem parar para refletir sobre cada uma de suas ações.Simples assim.

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    4. Hugo

      Terei que temporariamente moderar comentários. Estão ocorrendo abusos por aqui e não estarei em condições de acompanhar em tempo real as discussões. Peço paciência pelos próximos dias.

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  23. Olá, professor Adonai.

    Antes de mais nada, deixe apresentar-me: fui trazido a essa discussão a "convite" de um amigo, o qual é um ferrenho defensor do Olavo e queria debater sobre este post e suas implicações. Concordei relutante, pois detesto essas querelas virtuais. Admito que não conhecia seu blog, mas gostei muito do conteúdo apresentado e dos poucos textos que li - prometo investir mais tempo na leitura, apesar de não ser da área de exatas. No entanto, me interesso pelas questões levantadas em torno da educação no Brasil.

    Pois bem, se posso contribuir com alguma coisa, ao que me parece o Olavo aponta uma “contradição de ordem lógico-filosófica” no raciocínio de Isaac Newton, o que invalidaria sua teoria. Alguns pensadores de escol, como Thomas Hobbes, fizeram algo parecido, ao examinar a tese newtoniana sob o prisma filosófico. No entanto, o raciocínio de Olavo de Carvalho é extremamente reducionista, se baseando nas seguintes premissas:

    (a) O princípio da inércia atesta que, se a resultante das forças incidentes em um objeto for nula, ele se manterá em seu estado presente, seja ele o repouso ou o movimento.
    (b) “No movimento eterno, tudo é fluxo e impermanência.”
    (d) Logo, “se o movimento é eterno, não faz sentido falar em ‘estado presente’ a não ser por referência a um observador vivo dotado do sentido da temporalidade [...] não há "estados" -- seja de repouso ou de movimento. ‘Estado’ é apenas uma impressão subjetiva que o observador, ele próprio envolvido no movimento geral, obtém ao medir os movimentos físicos pelo seu tempo interior.”

    Este é um silogismo clássico, de ordem a reduzir toda a tese newtoniana a mero tecnicismo argumentativo. Eu, que sou leigo em física, posso atentar contra essa construção, haja vista que já nasce inválida do ponto de vista estritamente lógico: “movimento eterno” é espécie do gênero “estado presente”. Logo, como não pode haver estados, se nem tudo é movimento eterno, sendo que existe o repouso? E o que falar das premissas, que retiram sua verdade da própria cabeça do Olavo? E as conclusões absurdas que se chegam a partir delas, como a que Newton foi o pai do ateísmo? É o que na internet se convencionou chamar de “psicodelia argumentativa de Olavo”.

    Enfim, mas essa é uma discussão estéril, que reduz o pensamento de Newton à pequenez retórica. Quiçá ele deve fazer isso com em todas as suas críticas rasas e arrogantes.

    Abraço.

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  24. "A maior prova de incultura no artigo do tal Adonai Sant'Aanna é ele reclamar que entre os críticos de Newton preferi citar Goethe em vez de Mach. Goethe, como Newton, inaugurou toda uma cultura. O pobre Mach mal influenciou um discreto círculo de cientistas e filósofos acadêmicos. Como o próprio Adonai faz parte desse círculo e ignora tudo da história européia, julga tudo pela escala do seu ambiente escolar, como se este fosse a civilização inteira. Pior, citou Mach só para mostrar uma cultura que não tem, pois nem reparou que a minha objeção aos conceitos newtonianos de tempo absoluto e espaço absoluto, que lhe pareceu baseada em meras "impressões pessoais" de um leigo, é machiana em toda a linha"

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    1. Bem, já respondi a esta questão em outro comentário. Mesmo assim, grato pela participação.

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    2. Como assim Mach "mal influenciou um discreto círculo de cientistas e filósofos acadêmicos"? Mach é um dos precursores do positivismo lógico! Entre seus influenciados, encontra-se Albert Einstein. Entretanto, só pra constar, hoje suas ideias já foram devidamente superadas, inclusive suas críticas à mecânica newtoniana. Mach foi, por exemplo, um ferrenho opositor da teoria atômica da matéria.

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  25. Adonai,

    Como costuma dizer o próprio Olavo de Carvalho, o erro tem o privilegio de ser mais breve do que a refutação, e esse princípio me impede de dar uma resposta adequada aos inúmeros erros e contradições no seu texto, que seria necessariamente mais longa do que o tempo que tenho disponível para isso. Porém, dois pontos são dignos de nota.

    O primeiro é quando você diz que Carvalho demonstra ignorância ao omitir Mach e citar Goethe como crítico da mecânica newtoniana, mas ao mesmo tempo você não percebe como a crítica do Carvalho aos aspectos físicos da mecânica newtoniana é machiana até a raiz. É mais curioso ainda você fazer isso e passar o resto do texto reclamando da crítica que ele fez à Teoria da Relativade, sendo que o que ele faz é simplesmente afirmar a equivalência machiana entre um universo geocêntrico e um em que não existe referencial privilegiado.


    O segundo é quando você diz que Carvalho demonstra não ter a mais remota familiaridade com física, a não ser a partir de textos de divulgação científica destinados a leigos, mas ao mesmo tempo você logo antes usou como contra-argumento o funcionamento do sistema de GPS como aplicação prática da teoria da relatividade, o que é apenas um mito vindo de textos de divulgação científica destinados a leigo! O sistema de GPS não aplica a relatividade restrita ou geral para fazer correções de sincronia. Para fazer isso os satélites teriam de ser sincronizados depois de lançados em órbita, com cada par de satélites dentro de seu próprio quadro inercial, sem falar o fato de que cada par receptor/satélite também estaria em seu próprio quadro inercial. Isso não só seria extremamente complicado de operar, como os satélites do Bloco I -- a primeira geração -- sequer tinham a capacidade de intercomunicação necessária. Na realidade, o sistema de GPS sincroniza os satélites antes do lançamento com um relógio localizado em um ECI -- o WGS-84 -- ignorando os efeitos relatívisticos, e corrigindo apenas o Efeito Sagnac que aparece devido ao quadro em rotação. Em outras palavras, o GPS opera tratando a Terra imóvel em rotação como um referencial privilegiado, justamente porque operá-lo corrigindo todas as distorções relativísticas para uma Terra em movimento seria MUITO mais complicado. Você diz que o Olavo de Carvalho caiu em uma armadilha criada por ele mesmo, mas na verdade você é que fez isso, da maneira mais cômica possível.


    Melhor sorte da próxima vez. Se serve de consolo, eu mesmo já fiz críticas similares ao Olavo de Carvalho anos atrás, até me tocar que eu é que estava errado e talvez deveria ler o que ele escreve com mais atenção.

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    1. Pedro

      1) As discussões de Mach deram origem a múltiplas interpretações. Não podemos nos limitar a apenas uma.

      2) Sobre GPS e relatividade, há muitas referências. Esta abaixo é bastante elementar.

      http://www.astronomy.ohio-state.edu/~pogge/Ast162/Unit5/gps.html

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    2. Pedro Werneck

      Num universo geocêntrico, a Terra não seria um referencial privilegiado? Fiquei confuso.

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    3. 1. Diversionismo barato. Não importa se existem várias interpretações de Mach. O que importa é que você não percebeu que a crítica do Olavo é machiana do começo ao fim. Isso prova que sua menção a Mach foi demonstração de pedanteria pura e simples.

      2. Isso é sério? Eu aponto o fato de que você meteu os pés pelas mãos quando mostrou que só conhece o projeto e a operação do GPS pelos mitos divulgados na literatura dirigida a leigos, e ao invés de responder às objeções sua resposta é mandar mais um texto dirigido a leigos como referência, em tom de condescendência?

      Por favor, não seja ridículo. O problema aqui é justamente você ter provado só conhecer essas referências elementares, professor. Por exemplo, a "referência elementar" que você cita omite completamente o fato de que o desvio dos relógios é fixo antes do lançamento, calculado com base num referencial isotrópico, ao passo de que a variação devido a um efeito relativístico mudaria de ordem e sinal no apogeu e perigeu da órbita do satélite.

      Leitura recomendada para você, professor:

      1. http://relativity.livingreviews.org/Articles/lrr-2003-1/download/lrr-2003-1Color.pdf e http://web.stcloudstate.edu/ruwang/ION58PROCEEDINGS.pdf

      3. http://web.stcloudstate.edu/ruwang/IAINpaper2000.pdf

      4. http://www.worldsci.org/pdf/abstracts/abstracts_1843.pdf e http://physfsa.ulb.ac.be/IMG/pdf/alzetta_2011.pdf

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    4. Pedro

      Peço que se contenha no vocabulário. Se você se acalmar, poderemos discutir com propriedade sobre os temas em questão. Já fiz colaborações informais com uma pesquisadora que trabalhava justamente com aplicações de teoria da relatividade em GPS. Das três referências que você indicou, consegui acesso somente à segunda, a qual é obscura. Assim que puder, lerei.

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    5. Pedro

      Apenas para complementar... GPS, no contexto de correções relativísticas, está sendo usado até mesmo para determinar variações na constante de Planck.

      http://www.nat.vu.nl/~wimu/Varying-Constants-Papers/LPI-Planck-PRL.pdf

      Nosso mundo é realmente fascinante.

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    6. e não bastasse tudo isto TEM DE MANTER os satélites "voando"...

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  26. Conheci o blog hoje, pela sugestão de leitura de um outro tópico por um amigo próximo.

    Como não sabia o que esperar, nem o que seria tratado no blog, quis primeiro procurar por algum assunto familiar já publicado para estabelecer algum parâmetro. Na verdade, para conhecer um pouco do autor antes de me dedicar numa interpretação mais séria do texto - o qual foi muito bem recomendado por este amigo.

    O assunto que escolhi para tatear o blog foi exatamente o presente: Olavo de Carvalho.

    Farei, então, uma breve auto-apresentação, que suponho capaz de afinar a interpretação do texto que se segue.

    É muito provável que de todos presentes eu seja o com menor educação formal. Completei somente o ensino médio, via supletivo. E confesso ainda não me interessar pelo estudo formal por grande parte da minha adolescência. Sempre li o que queria, ou me interessava. Quase nunca o que era exigido. E pelo visto, até hoje.

    Me interessava por música, filosofia e política, mas só fui conhecer ciência - já adulto - graças a Penn & Teller, James Randi e, principalmente, Carl Sagan.

    Politicamente comecei com Mikhail Bakunin - um autor extremamente caro pra mim até hoje, bastante esclarecido e que obviamente ninguém lê. Através de suas cartas de discussão com Marx, senti-me convencido a trocar o Anarquismo [na época Socialismo Revolucionário] pelo Marxismo [pretensamente chamado de Comunismo Científico, termo que compreenderia melhor só mais na frente].

    Nesta época, já marxista, conheci Olavo de Carvalho através do Mídia Sem Máscara - que acabara de ser lançado. Apesar do profundo conflito político entre os dois autores, acreditava que lendo meus contrários ou os meus críticos poderia aprender mais e melhor. De certa forma, seguia uma dialética materialista, tentando através do conhecimento das negações produzir um saber mais refinado, como síntese.

    Olavo neste momento era-me bastante sedutor. Capaz de apresentar autores completamente desconhecidos para mim e argumentos que tinha muita dificuldade em negar, se é que de fato eu o fizesse. É muito provável que me dava por satisfeito com minhas contra-argumentações bem antes de chegar próximo de uma verdadeira síntese.

    Pouco depois conheci, no 1º ano de Ciência Sociais - abandonado no primeiro ano como vários outros cursos superiores -, Norberto Bobbio. Fantástico! Havia uma liberdade, um desprendimento intelectual e um passear por autores opostos que era deslumbrante, além de completamente novo para mim.

    Através dele conheci melhor o Liberalismo e, assim, Milton Friedman e Friedrich Hayek. Pronto, já estava novamente convertido.

    Havia feito a conversão da esquerda mais aguerrida à direita mais liberal. Conhecia portanto um pouco de ambos os lados. Continuava também lendo Olavo de Carvalho, mas, notando algumas intervenções que não valiam para mim - ao menos no período que me considerava de esquerda - e algumas posições conflituosas com a visão liberal(EU)/libertária(USA).

    Já liberal passei a frequentar algumas comunidades ditas de direita. Como não tenho muito problema em mudar de camisa, basta convencer-me que estou enganado, pois, escuto as críticas que recebo, apesar de não demonstrá-lo imediatamente. Ou a princípio até pelo contrário, me esforço em defender meu posicionamento durante um debate. É uma forma de honrar o confronto, ainda, que num futuro reconheça meus erros. Resquícios de uma dialética materialista? Possivelmente. O importante é que funciona, pelo menos, pra mim.

    Nestas comunidades tive alguns atritos com os seguidores de Olavo. Por muitas vezes apenas não concordar com a visão do professor. Me assustou a devoção que seus alunos cativavam ao seu mestre e mais ainda os contorcionismos intelectuais que se submetiam para que as palavras de seu tutor fossem verdadeiras. Normalmente, mudando o contexto da conversa para um universo no qual as frases emitidas pelo filósofo fizessem algum sentido.

    continua...

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  27. ...continuando!

    Inicialmente, fiquei bastante surpreso, pois, já lia Olavo de Carvalho há algum tempo e já havia me acostumado a perceber erros ou falhas até grotescas em muitos comentários, diálogos, textos ou vídeos. Sem dúvida, um dos mais grotescos foi o caso da PEPSI.

    O que se resolveria com um simples: "infelizmente fiz uma leitura superficial das notícias vinculadas pela mídia americana", se transformou numa caça à bruxas, com ofensas e apelos à autoridade.

    Os comentários de Soraia Malafaia Gomes e Leandro Martins foram muito precisos em certos momentos. Mas o problema central para mim, do alto do meu diploma de segundo grau, é um pouco diferente, ao menos no caso de hoje.

    Olavo de Carvalho sofre de um problema idêntico ao de Karl Marx em sua época. Ambos extremamente carismáticos e persuasivos conquistaram milhões de seguidores ainda vivos.

    Para seus seguidores, no entanto, é muito custoso ou simplesmente doloroso negar o mestre.

    É notória a frase de Karl Marx aos Marxistas Franceses: "Se alguma coisa é certa, eu NÃO sou marxista".

    Se alguma coisa é certa, eles NÃO são o Olavo. E isto lhes dói.

    Ainda que o filósofo seja capaz de errar - claro! - e ainda que seus erros sejam re-incidentes - claro! -, sua posição como instrutor de filosofia parece reforçar o comportamento de seu público, confiante que a auto-imagem construída por Olavo é pura, verdadeira e incorruptível.

    Por fim, como conheço o público, conheço o comportamento, e sei que todos os comentários aqui que pretenderem produzir qualquer mácula à posição de vitória e conquista de Olavo de Carvalho - ainda que simplesmente humanizem o autor! - serão copiados, "printados" e devidamente lançados às hienas, coiotes, urubus, moscas, escaravelhos e abutres. Termino com o Bugu: Alô, mamãe!

    http://www.petmag.com.br/img/petteca/famosos/8208/bugu-01.jpg

    abraços!

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    1. Fernando

      Talvez o principal problema em meio a isso tudo esteja na necessidade de muitas pessoas tomarem algum partido, no lugar de cultivarem o livre pensamento. Pretendo escrever sobre isso em algum momento. Grato pela participação no blog.

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    2. "Talvez o principal problema em meio a isso tudo esteja na necessidade de muitas pessoas tomarem algum partido, no lugar de cultivarem o livre pensamento. [...]"

      Adonai

      Quanto a mim, tudo que procurei fazer foi expor possíveis falhas argumentativas (usando o que sei da Lógica Clássica) daqueles que se manifestavam com tamanho rancor e ódio (em tom de perseguição quase que religiosa, como em casos de heresia, similar à Inquisição) frente a colocações aparentemente sensatas de sua parte.

      Naturalmente, as colocações que manifestei colocaram-me automaticamente como um "defensor do Adonai Sant´Anna". Até porque, se sei que comportamentos como "Apelo ao Ridículo", "Apelo à Autoridade" e o ataque pessoal infundado são incoerentes e inconsistentes, não faz o menor sentido concordar com o uso destas "ferramentas", como fizeram alguns dos seguidores do Olavo.

      Portanto, automaticamente isto coloca-me "do seu lado", em oposição "ao lado deles".

      Por que isto seria um problema, se é minha forma genuína de pensar, e não uma reles e cega empolgação????

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    3. Leandro

      Entendo a sua preocupação. Mas precisamos dar um basta a essa história de que ideias têm donos indissociáveis delas. A partir do momento em que um debate se transforma em um embate entre duas ou mais pessoas, as ideias acabam ficando em segundo plano. Não estou concorrendo a prêmio algum. Quero apenas expor ideias e tentar aplicar aquelas que encontrarem receptividade. Só isso.

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    4. Adonai,

      Como bem observado pelo Leandro Martins, o problema não está ou tão pouco não me parece ser o fato de tomar partido.

      Tomar partido é algo comum, ora inconsciente e quiça intrínseco ao ser humano. Como não tomar partido? É muito provável que já se tenha um partido ou uma posição mais ou menos consolidada sobre quase todas as as coisas, e a tendência ao envelhecer me parece o de acumular mais certezas, ainda que se produzam novas dúvidas.

      Como não tomar partido diante da homeopatia? Ou como não ter uma posição segura sobre algumas personalidades públicas? Como não ter uma visão religiosa, ainda que ateu e materialista?

      Mas o ponto central para mim é outro: temos pessoas se escondendo atrás da figura do Olavo. Não é simplesmente tomar partido. Mas é a TERCEIRIZAÇÃO de sua capacidade de análise, síntese, crítica, reflexão.

      Argumentam de modo a justificar as afirmações de Olavo mesmo que isto signifique negar a realidade, ou a observação, ou aquilo que é sensível, experimentável, e pior aquilo que até certo ponto é demonstrado como certo. Ainda que existam erros em qualquer teoria o pragmatismo delas justifica sua existência. Ainda que a ciência não produza um saber verdadeiro ou divino, ela ao menos funciona, e isto é fantástico.

      Como equações ou teorização não exatamente precisas podemos levar o homem à lua, construir edifícios, conhecer o fundo do mar, comunicar imagem e som entre aparelhos sem fio. A verdade é que normalmente descobrimos o funcionamento de algo ou observamos algum fenômeno bem antes de dominarmos o assunto cientificamente.

      Como exemplos temos as baterias de Bagdá, os motores à combustão ou à vapor, o uso da pólvora, a construção de armas e estratégias de guerra com uso de projéteis antes do conhecimento matemático das parábolas, ou descrições da gravidade ou da resistência do ar. O homem pré-histórico já afiava bem suas ferramentas sem qualquer teorização profunda ou conhecimento da escala de Mohs. O saber era pautado pragmaticamente: funciona, "é assim".

      Como disse, me assusta a "terceirização cognitiva exclusiva". Neste cenário: todo saber provém de uma única entidade, humana, mas não falha. Por algum motivos muitos estão convencidos que de Olavo emana uma verdade profunda, religiosa, espiritual.

      Não sei porque não tratam Olavo como um igual. Como alguém tão falho quando eu, o senhor ou qualquer um aqui. Alguém sujeito a erros, caprichos, falhas. Um ser humano.

      De qualquer modo, Olavo também estimula este comportamento de manada, irracional ainda que bravejando filosofia. O que me leva a entender o surgimento de tiranos, salvadores e todo tipo liderança extremamente perversa que já dominou partes deste mundo. Mas aí vira outro assunto!

      Forte abraço!

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    5. Entendi e concordo contigo.

      =)

      Lembra-se que, em outras ocasiões neste blog, mencionei algumas vezes sobre um grande medo que tenho em sofrer críticas e que tenho problemas de ordem psicológica de falta de equilíbrio emocional para tolerar críticas????

      Pois então. Isto provavelmente aconteceu em função de que TODAS as pessoas com as quais convivi durante minha graduação discutiam temas e assuntos da área nos mesmos moldes como vem acontecendo aqui, por parte de Olavo e seus seguidores.

      TODAS as discussões na época de minha formação acabavam, em algum momento, descambando para esta "disputa nos ringues" e "surra intelectual" como Carvalho e seus seguidores têm demonstrado aqui.

      Como eu era uma das pessoas polêmicas do curso e, na maioria das vezes, era "surrado intelectualmente" nos meus primeiros questionamentos, naturalmente aprendi a ser intimidado e ficar retraído e "na minha", com o tempo.

      Embora isto tenha acontecido também com relação a professores, majoritariamente isto partia de colegas.

      Os únicos professores coerentes e cuidadosos que tive, neste sentido, foram o Gilberto Odo da Física (o qual sinto até hoje pela morte dele) e o Flávio Matsumoto da Química.

      Infelizmente, devido às péssimas experiências pessoais que tive na graduação, acabei por pensar que críticas e discussões de um modo ou de outro, cedo ou tarde, descambam para a desmoralização e ridicularização alheias.

      Talvez daí o meu medo de ser criticado e até mesmo o meu medo de fracassar.

      Era como se as críticas fossem algo que acabavam depondo contra minha própria sobrevivência acadêmica e eu tivesse que lutar com todas as forças contra elas para poder sobreviver academicamente. Do contrário, seria "engolido" por elas e perderia qualquer resquício de credibilidade.

      Essas eram as ideias de *crítica* que o ambiente acadêmico proporcionou.

      Felizmente o seu blog mostra-me que críticas e discussões não são aquilo que alguns dos seguidores de Carvalho têm mostrado aqui, mas sim aquilo que vc tem mostrado aqui.

      Por fim, gostaria apenas de mencionar que esta turbulência toda acontecida aqui era praticamente o dia-a-dia acadêmico em minha época, inclusive com ataques pessoais pesadíssimos de 2 dos professores contra o professor que já foi candidato a Reitor, com linguajar lamentável e difundido publicamente por toda a Rede Bohr do departamento.

      Felizmente, o professor atacado lidou muito bem com a situação e hoje está patenteando a descoberta de um material feito com produtos naturais de baixa toxicidade e elevada eficácia no combate à aranha-marrom.

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    6. Adonai

      Acho que só agora a ficha caiu para valer.

      O pior é que, sem perceber, acabei "dando corda" ao último suposto comentário de Carvalho e fazendo uma crítica ao mesmo usando o argumento da "Falácia do Espantalho" sem ter lembrado deste seu comentário logo acima.

      E também, assim como vc, gostaria de pensar apenas em ideias. Preciso aprender a focar nelas e "desaprender" a ideia de que críticas e discussões são embates entre pessoas.

      Neste sentido, se possível, gostaria de pedir por gentileza que não publicasse minha crítica envolvendo a "Falácia do Espantalho", pois não quero brigar com ou desmoralizar ninguém.

      Se não for possível excluí-lo, tudo bem. Passarei a adotar uma nova postura, similar à sua (a qual concordo e admiro profundamente), pois a observação de seu comportamento frente a esta situação tão embaraçosa pela qual também já passei muitas vezes, tem sido um IMENSO aprendizado para mim em termos de equilíbrio emocional.

      Um IMENSO Abraço.

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    7. Leandro

      Prefiro apagar somente comentários que promovam ataques pessoais ou que empregam vocabulário chulo. E você jamais apelou a isso. Mas sinta-se livre para apagar quaisquer comentários seus.

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  28. Soraia, acho que a conheço de outras ocasiões.
    É notória a preocupação da senhora com o Sr. Olavo, dada sua dedicação sempre bastante enérgica em denunciá-lo nos mais diversos meios (blogues, vídeos do youtube, entre outros).
    Você diz que já foi aluna dele e que num dado momento se descontentou por um misto de constatações sobre a pessoa e sobre os ditos pelo pensador (vou chama-lo assim, pois entre aqueles que o veem como filósofo ou como um simples escritor, inegavelmente há de admitir que ele se atém com dedicação ao Pensamento - de uma forma geral).
    Bom, concordo parcialmente com relação a algumas denúncias sobre a pessoa, tendo em vista que o próprio Olavo pratica ações que reforçam um sentimento de admiração que extrapola a simples relação “professor-aluno”. Pode ser que isso seja intencionalmente buscado ou pode ser que seja apenas uma conformação de costumes que foi se construindo irracionalmente. Também é verdade que muitos dos seus habituais leitores sequer leram 5% do que ele divulga de autores e obras específicas. Também concordo que ele, como quase todo mundo, fala “besteiras”. O próprio Dr. deste blogue também disse uma “besteira” sobre “teorias de conspiração” num dos comentários (quando mencionou a ONU) mas ao menos fez a ressalva de que pode até estar eventualmente certa a conjectura feita pelo Olavo (sobre o FSP, por exemplo, existe um acumulado de evidências políticas que sustenta tudo o que ele diz, e até nomes importantes e ponderados como Demétrio Magnoli e Marco Antônio Villa já admitiram a existência da instituição, discordando de alguns dos objetivos expressos pelo Olavo). Até mesmo jornalistas como Reinaldo Azevedo já se distanciaram dos alertas feitos pelo pensador.
    Besteira todos nós dizemos, sendo que o fundamental é ter consciência de que isso é uma realidade. Quando Olavo topa com um engano, ele procura contornar retoricamente a situação, o que a piora, evidentemente. E isso não é uma exclusividade dele, mas até todos nós temos um pouco disso. Acho até que no Brasil quase todas as pessoas que vi são assim. Também convenhamos que é complicado admitir um erro diante de um indivíduo que não faz o mesmo e que se porta de forma desonesta e arrogante – como muitos de seus “denunciantes” que vejo em vlogues e blogues por aí afora.
    Me lembro que, certa feita, a senhora denunciava o Olavo num vídeo de um rapaz autodeclarado gnóstico, praticante do hinduísmo e que usava seu espaço para achincalhar os cristãos e o Cristianismo enquanto religião e cultura. Neste momento, a senhora serviu de apoio para ataque ao próprio grupo de pessoas com o qual comunga certezas – os evangélicos – dado que aquela pessoa considera (e defende) que os cristãos são indignos de respeito. Sabemos que muitos dos ateus militantes consideram os religiosos uns perturbados mentais em algum nível – e que isso deixou de ser uma mera provocação para ser uma tese sustentada por “céticos religiosos” como Richard Dawkins. Ainda me lembro de um vídeo em que Stephen Hawking indaga a Dawkins o porquê do ódio (a expressão usada foi “perseguição”) que ele nutre com os cristãos...

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  29. (cont.) Primeiramente, Olavo de carvalho é um humano, e como tal tem sua percepção de mundo limitada e sua intelecção limitada aos assuntos aos quais se dedicou com mais afinco. Algo normalíssimo do qual nenhum de nós escapa.
    Como mencionei sobre a entidade política denominada “Foro de São Paulo”, há evidências (sob a forma de fatos, lideranças, documentos e congressos, declarações públicas destas lideranças e conexões diplomáticas nos últimos 20 anos, mas sobretudo nos últimos 10 – quando tais conexões aumentaram por advento do êxito político das esquerdas no continente, enfim...) que sustentam não se tratar de uma “teoria conspiratória”, mas sim de um movimento francamente articulado e com objetivos geopolíticos comuns. Não cabe a um estudioso do assunto se omitir disso e se manter preso a ensinamentos que obteve 10 ou 20 anos atrás, mas investigar e admitir certas conjecturas como possíveis conforme assim as coisas se definam.
    A condição atual de admiração excessiva que os leitores habituais do Olavo têm em relação a ele me parece advir de um desgaste recente da esquerda brasileira centralizada no PT. À medida que o PT se desgasta politicamente, as pessoas buscam alternativas que reordenem suas concepções de mundo, inclusive sobre a conjuntura política. Isso também aconteceu comigo, inclusive.
    Contudo, à medida que Olavo mostra o que há de tão trivialmente humano em suas falas – as “besteiras” – ele acaba se expondo a situações que depõem contra sua credibilidade. Evidentemente não são poucas pessoas que tem essa mesma constatação. Mas para chegar a ela é necessário não se acomodar com o que se conhece atualmente. Eu citei o próprio Demétrio Magnoli, por exemplo, que também comete eventuais erros, mas se mantem fundamentalmente como um cientista social dedicado a temas que vão da História à Geopolítica perpassando pela economia. Seus artigos são normalmente boas aulas repletas de janelas para livros e fatos dos quais não conhecemos totalmente antes de muitos e muitos anos de estudos em Ciências Humanas.
    Olavo, sem dúvida, é um erudito e isso pode-se constatar facilmente a partir das inúmeras referências certas (contextualizadas) que ele faz sobre autores os mais diversos, citando trechos de obras da maneira como encontramos nas referidas obras. Ele faz isso ao vivo, o que denota ao menos uma considerável memória histórica. Ou seja: não é honesto dizer que ele seja um “analfabeto funcional” ou um “retardado mental”, termos que pululam facilmente no debate brasileiro apenas como sinais de provocação e xingamento. Se queremos aproveitar o que há de conveniente na obra de qualquer pensador – e na de Olavo, incluso – devemos romper esse comportamento irracional e centrarmo-nos nas teses e observações que ele faz. Enfim, devemos fazer análises comprometidas com o que está proposto em debate, e não, então, entrarmos num bate-boca com o autor afim de provar para uma plateia quem é mais ou menos “fortão intelectual”.
    No caso da senhora, Soraia, acho sinceramente que deveria expressar suas constatações de maneira ordenada num livro – por que não? – que reunisse as observações sobre pontos da obra do autor, cabendo também um capítulo sobre a inserção do mesmo socialmente (aí analisando suas atitudes sociais, sua postura como debatedor de temas diversos, enfim). Acho que você contribuiria para o próprio conhecimento dado que noto ser ao menos uma pessoa apegada ao conhecimento. Tal empenho seria importante do ponto de vista da ciência, da filosofia e até do Cristianismo. Pense nisso. ; )

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  30. Sr Elvis Trivelin,

    Desconheço a tal participação no vídeo do tal rapaz gnóstico. Tenho canais no YouTube, mas minhas postagens são de outras pessoas, a saber: filmes, palestras, shows musicais etc... Mas nunca confeccionei um vídeo de minha autoria ou que fosse protagonista, nem fiz parte de hangouts no YouTube.
    Toda a sua colocação aqui, é indevida, pois foge completamente do que é discutido, ou seja, a física newtoniana e os pareceres do Olavo sobre Física. Meu papel aqui, foi somente advertir o paciente e tolerante Adonai, sobre as teorias e escolas filosóficas e esotéricas que Olavo passou e das quais, toda a sua obra( se é que tem uma), está baseada em pressupostos destas teorias aprendidas e incorporadas nas passagens destas escolas filosóficas e esotéricas e, que tais alegações que ele faz sobre a física, se baseia inteiramente nestas teorias e não da análise e acompanhamento das discussões sobre Física, seja dentro de círculos de estudiosos ou periódicos. Não sendo Olavo formado em Física, sequer formado no ginásio, é muita arrogância já ir dando pitaco sobre saberes científicos, dos quais, está irremediavelmente fora, a não ser que conclua o ginásio, colegial e que assim, possa ser socialmente admitido nos círculos acadêmicos. O que falo do Olavo, vem de testemunho real, em contato com o próprio,sendo aluna por vários anos e, várias coisas que já disse, muitas delas foram pelo próprio Olavo, em diversas ocasiões, pois comecei a estudar com ele, a teoria que ele havia "criado" para tornar a Astrologia um estudo e campo de saber científico. Portanto, comentários sobre Guénon, Schuon, e várias escolas esotéricas estão registradas nas apostilas dos cursos de Astrocaracterologia e simbolismo tradicional. E isto em 1990 e também pelo contato com outros alunos e pessoas que o conheciam desde o início da década de 80. Quanto ao fato da "sanidade" do Olavo, soube da boca de um fundador da ABA Associação Brasileira de Astrologia, num Fórum aberto aos profissionais da área, da qual o Dr Juan Alfredo C Muller, fazia parte, que Olavo era seu paciente, ele e sua primeira esposa, Eugênia, foram diagnosticados esquizofrênicos e, após este tratamento com o Dr Muller é que Olavo veio a estudar Astrologia.
    E no mais, obrigada pela consideração de me considerar uma estudiosa e detentora de conhecimentos, porém advirto que sou uma Astróloga, e foi através da Astrologia que tive o primeiro contato com aulas do Olavo, e minha ocupação profissional é na área de Telecomunicações e informática, porém nada acadêmica, e sim técnica, em redes de computadores, hardwares e softwares. Ou seja uma ocupação técnica. Sinto frustrá-lo, mas enquanto tiver viva e puder ar meu testemunho daquilo que vivi, assim o farei. Quanto a questão de pertencer ao ramo evangélico, NÃO pertenço, tenho 52 anos, me batizei aos 14 em 1976, numa igreja tradicional Batista, não reformada, renovada ou independente. As críticas que faço a meu parente Silas Malafaia e outros pregadores neo pentecostais, são embasadas em doutrinas tradicionais protestantes, e não de opiniões de minha cabeça.
    Fica aqui a sugestão de postar seus comentários em outras comunidades, aonde há extensa discussão sobre o caráter e a prática moral de Olavo de Carvalho, quer para acusá-lo ou defendê-lo.
    Aqui somente devem ficar os comentários concernentes a discussão e o texto do Adonai, ou seja, a ciência Física.

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    1. Fiquei muitos dias ausente, mas vejo que meu post continua pertinente, pois vejo que você capitou parte do que eu disse. Reforçando: é necessário, então, se dedicar em pensar - em obra - o que o Olavo escreveu - também em obra. Diante do que o próprio Adonai expôs (vale também consultar o que o Rafael de Paola diz neste vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=irFy0YD_tGE) se o Olavo é humilde ou corrupto não versa sobre o que ele diz sobre Física, Cosmologia, Metafísica, correto? É necessário, então escrever sobre o que há de ligação entre seu "perenialismo" (uma escola que tem suas virtudes) e sua concepção de mundo. Por isso, considerando a recente propulsão da imagem do Olavo, faz-se necessário escrever algo realmente substancial. Acho que atacar a pessoa do Olavo trará, no limite, tantas paixões em defesa do mesmo quanto as de quem mais visceralmente o acusa - visto que seu número de seguidores só aumentou nos últimos anos. Por isso é necessário centrar-se no que ele diz, não na pessoa dele, suas qualificações morais, etc. Nisso eu também concordo.

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    2. Elvis

      Acabo de seguir sua recomendação.

      http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2015/03/a-diferenca-entre-fisica-e-filosofia-da.html

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  31. https://www.youtube.com/watch?v=irFy0YD_tGE

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    1. No momento não posso acompanhar o vídeo. Mas pretendo fazer isso oportunamente.

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  32. Primeiramente, quem é o neocon Olavo de Carvalho?

    O que Olavo de Carvalho FOI:

    1) Comunista (como toda mídia dos anos 1960 e 1970).
    2) Astrólogo.
    3) Neopentecostal (esteve ligado ao Bispo Macedo).

    O que Olavo de Carvalho NÃO É:

    1) Católico (não passa de um infiltrado: 10% do tempo reverencia Padre Pio, e 90% critica o clero e católicos).
    2) Muçulmano (Sidi Muhhamad Ibrahim era seu nome nos estudos sufistas. Seu filho convertido ao islã também é fake).
    3) Filósofo (apenas um auto-didata. É execrado no meio acadêmico, Por isso, OdeC, do alto de seu de 2º grau completo, odeia PhDs - Philosophiae Doctors).

    O que Olavo de Carvalho É:

    1) Sionista (recebe orientações da BB).
    2) Perenialista.
    3) Maçom a la René Guénon.

    O que Olavo de Carvalho PRECISA:

    1) Olavetes idiotizadas, repetindo frases do guru megalomaníaco.
    2) Comprar armas, matar filhotes de urso e passar dias se justificando. Afinal, a fase de estrangular galinhas passou.
    3) Fumar 10 maços por dia, tossir e conclamar que cigarro não faz mal.
    ....................................
    Uma vez definidos os contornos do universo Olaviano, vamos ao embate OdeC X Ciência.

    Antes de mais nada, iconoclastas são bem-vindos à ciência, questionando tudo e todos. Porém, como diria Popper: é preciso provar.

    A questão central é: diante de suas hilárias afirmações absurdas sobre ciência, vale a pena refutar Olavo de Carvalho?
    Por exemplo, quando OdeC defende o geocentrismo, precisa explicar a ele que a escolha do referencial é livre?

    Acho que não.
    Afinal, após o âmago específico questionado, a tática olaviana é previsível:
    1) Desfocar o assunto com verborragia generalista e citar fontes "nada a ver".
    2) Respostas escatológicas.
    3) Incitar olavetes a difamar o interlocutor.

    Refutar perde a graça.

    Enfim, OdeC tem o seu papel social. Se estimula uma parcela da população subinformada a ler e pensar, deve ser saudável. Se estimula questionar o bolivarianismo, por que não?

    E com relação à ciência, o seu papel é divertir. Continue, Olavo, a escrever sobre ciência!

    Assim, suas pérolas "científicas" se juntarão a outras: "Nova Iorque é controlada pelo islã". "Invista em impressora 3d e petróleo", etc., etc.

    Cláudio

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  33. Primeiramente, quem é o neocon Olavo de Carvalho?

    O que Olavo de Carvalho FOI:

    1) Comunista (como toda mídia dos anos 1960 e 1970).
    2) Astrólogo.
    3) Neopentecostal (esteve ligado ao Bispo Macedo).

    O que Olavo de Carvalho NÃO É:

    1) Católico (não passa de um infiltrado: 10% do tempo reverencia Padre Pio, e 90% critica o clero e católicos).
    2) Muçulmano (Sidi Muhhamad Ibrahim era seu nome nos estudos sufistas. Seu filho convertido ao islã também é fake).
    3) Filósofo (apenas um auto-didata. É execrado no meio acadêmico, Por isso, OdeC, do alto de seu de 2º grau completo, odeia PhDs - Philosophiae Doctors).

    O que Olavo de Carvalho É:

    1) Sionista (recebe orientações da BB).
    2) Perenialista.
    3) Maçom a la René Guénon.

    O que Olavo de Carvalho PRECISA:

    1) Olavetes idiotizadas, repetindo frases do guru megalomaníaco.
    2) Comprar armas, matar filhotes de urso e passar dias se justificando. Afinal, a fase de estrangular galinhas passou.
    3) Fumar 10 maços por dia, tossir e conclamar que cigarro não faz mal.
    ....................................
    Uma vez definidos os contornos do universo Olaviano, vamos ao embate OdeC X Ciência.

    Antes de mais nada, iconoclastas são bem-vindos à ciência, questionando tudo e todos. Porém, como diria Popper: é preciso provar.

    A questão central é: diante de suas hilárias afirmações absurdas sobre ciência, vale a pena refutar Olavo de Carvalho?
    Por exemplo, quando OdeC defende o geocentrismo, precisa explicar a ele que a escolha do referencial é livre?

    Acho que não.
    Afinal, após o âmago específico questionado, a tática olaviana é previsível:
    1) Desfocar o assunto com verborragia generalista e citar fontes "nada a ver".
    2) Respostas escatológicas.
    3) Incitar olavetes a difamar o interlocutor.

    Refutar perde a graça.

    Enfim, OdeC tem o seu papel social. Se estimula uma parcela da população subinformada a ler e pensar, deve ser saudável. Se estimula questionar o bolivarianismo, por que não?

    E com relação à ciência, o seu papel é divertir. Continue, Olavo, a escrever sobre ciência!

    Assim, suas pérolas "científicas" se juntarão a outras: "Nova Iorque é controlada pelo islã". "Invista em impressora 3d e petróleo", etc., etc.


    Cláudio

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    1. Na fúria para desqualificar o debatedor, você em nenhum momento teve a dignidade (ou capacidade) de entrar no mérito da discussão proposta, o que por sinal muitos parecem seguir como norma. Apenas sujou o espaço, seja ele "espaço absoluto" ou de outra natureza.

      Scott.

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    2. Impressoras 3D e PETRÓLEO
      Alguma dúvida em investir nas próximas DÉCADAS?.Quanto ao ISLÃ,não consigo "fontes primárias"das CONTAS TRILIONÁRIAS dos SHEIKs nos EUA e sua capacidade de corromper muita gente..rs,rs,rs

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  34. Carvalho fez alusão a discussão aqui iniciada:
    Disponível em http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15675-o-crime-desorganizado.html
    "Outro dia tive, por internet, uma discussão com um professor de física que brandia contra mim a autoridade de Ernst Mach, sem nem de longe se dar conta de que meus argumentos, no episódio, repetiam quase ipsis litteris os desse autor, do qual assim ele provava não saber absolutamente nada além do nome. Nada digo das dúzias de colegas dele, todos eles senhores doutores, que, vendo-me questionar as noções newtonianas de “espaço absoluto” e “tempo absoluto”, saíram alardeando que eu negava a lei da gravidade: muitos acrescentam, à devota incultura, o mais perfeito analfabetismo funcional.

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    1. Pois é. Ele já fez *vários* comentários públicos sobre esta postagem. De todas as críticas feitas neste blog (e que não foram poucas) as que mais repercutiram foram aquelas referentes a Olavo de Carvalho. Surpreendente.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  35. Analfabetismo funcional. Está aqui o ponto chave.

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  36. O mínimo que você precisa saber sobre os Filósofos Pré-Socráticos para não ser um Olavo.
    http://universoracionalista.org/pre-socraticos/

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    1. Anônimo

      O texto parece interessante. Só não gostei do título.

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  37. Também analisei um texto completo do Olavo, constatando que ele dizia apenas bobagens infundadas. Aqui:

    https://aoinvesdoinverso.wordpress.com/2015/04/24/analise-descartes-e-a-psicologia-da-duvida-olavo-de-carvalho/?fb_action_ids=766050470182379&fb_action_types=news.publishes&fb_ref=pub-standard

    Já vi outro texto bem sério também sobre a interpretação do Olavo sobre o Kant que o desmontava também. Acho que ele é ruim de filosofia mesmo.

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    1. Aliás, seu blogue é muito bacana, professor. Eu o conhecia, mas acabei o perdendo. Fiquei feliz de encontrá-lo novamente, gosto muito de pensar a ciência e sua relação conosco hoje. Parabéns pelo trabalho.

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  38. Olá Adonai. Sou um grande fã de seu Blog e do senhor. Eu queria que você soube-se que possui meu apoio e de muitos dos seus leitores. Não se importe com esses animai, pois assim como em um linchamento onde há um efeito manada, isso também acontece na internet. Não se preocupe com críticas pessoais; se o Olavo de Carvalho está fugindo dos debates e ao invés disso, está partindo pro Ad Hominem, então você já venceu o debate.
    Algo que eu acho incrível nestes idiotas discutirem os fundamentos da matemática e física é o fato deles não saberem matemática e física. Nem ao menos conhecerem da filosofia matemática e ciêntífica. Além disso, é claro que eles tem uma visão rasa do que debatem, como se pode ver nesse vídeo:
    https://www.youtube.com/watch?v=irFy0YD_tGE
    alguns tópicos abordados no vídeo são supérfluos e facilmente refutáveis. Outros são interessantes.
    mas o grande ponto é que alguns nascem pra mandar e outros para serem comandados. Alguns pra pesar, e outros para repetir. Alguns para serem fazendeiros, outros para serem gado. Não se assuste com o mugido do gado, o que importa é o fazendeiro que não tem o que falar.

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    1. Anônimo

      Agradeço pelo apoio. Mas peço que futuramente evite ofensas dirigidas a quem quer que seja, não importando se defende ou critica as ideias de Carvalho ou qualquer outra pessoa.

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  39. Adonai, há uns 11 anos tive aula de Cálculo I com você, na Física, e lembro das conversas sobre filosofia na tua sala, lá no prédio da Administração.
    Chegávamos em bandos de três ou quatro perguntando se tinha tempo, você respondia: Tempo é algo que a gente arruma. Entrem!
    E devo dizer professor, tua paciência com os comentaristas "honoris causae" neste post foi notável, haha.

    Aludindo ao Alexis de Tocqueville, eis uma grande mazela da democracia: todos podem opinar sobre tudo. E para piorar, no final deliberadamente completam "... esta é minha opinião.", pensando blindarem as asneiras muitas vezes afirmadas.

    Proponho que antes de cada opinião escrita na rede mundial de computadores seja realizado o Método Científico acerca do assunto, fazendo-se um sério levantamento bibliográfico, respeitando as regras de citação e ética, descrevendo a metodologia que levou aos resultados e conclusões.
    Não iria restar um. rs

    Abraço

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    1. Emil

      Uma das situações mais surpreendentes foi uma reação no Facebook sobre esta postagem. Uma seguidora de Carvalho não entendeu o motivo para eu ter escrito tal texto, uma vez que Carvalho havia divulgado postagem anterior deste blog. Ou seja, existe esta mentalidade de "uma mão lava a outra". Se alguém colabora para a divulgação do blog, então devo apoiar as ideias deste alguém. É incrível como muita gente não consegue diferenciar questões pessoais de questões filosóficas.

      Grato pelo comentário. Onze anos atrás os alunos eram realmente muito diferentes.

      Grande abraço

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  40. Adonai seu texto foi parar no Youtube.

    Nando Moura defendendo Olavo de Carvalho:
    https://www.youtube.com/watch?v=nbnexn4bdNM

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. https://youtu.be/irFy0YD_tGE
      Adonai... O vídeo de um homem chamado Rafael está respondendo seu texto...
      Esse link que coloqui em cima, assista se possível.

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    3. LeoFzBk

      Conforme comentários acima, já respondi a este vídeo. Mesmo assim, agradeço pela sugestão.

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  41. Olha Adonai, as opções são duas juntar-se a nós ou perder o debate. É como, Olavo, o Grande, diz: "Você se gabando de suas faculdades intelectuais se põe acima dos outros. E querendo que seus alunos sejam mais do que são capazes de ser ignora toda uma cultura. E mais:
    "A maior prova de incultura no artigo do tal Adonai Sant'Anna é ele reclamar que entre os críticos de Newton preferi citar Goethe em vez de Mach. Goethe, como Newton, inaugurou toda uma cultura..."
    A OCUPA UFPR visa entre outras coisas um mundo melhor, a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social.
    Termino com uma frase: "Os fortes não têm medo de encarar o pior: os fracos fogem dele porque sua mera visão os esmaga."
    Olavo de Carvalho

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    1. OK, Anônimo. Vocês estão ficando um tanto repetitivos com relação a esse discurso no estilo Star Wars "junte-se a nós ou perca". Vamos sentar e conversar. Vamos fazer o que vocês dizem que fazem: dialogar. Se você faz parte do OCUPA EXATAS UFPR (aliás, não sei por que os ocupantes insistem tanto no anonimato), peço que avise o movimento que ainda aguardo a confirmação para o dia 23 próximo, às 19:00h, no Auditório do Departamento de Informática. Uma de minhas intenções é fazer alguns de vocês perceberem que o objetivo de um debate não é a definição sobre quem ganha ou perde. Não são vitórias pessoais ou coletivas que estão em jogo. O que está em jogo é um negócio chamado "esclarecimento". Tente se tranquilizar, Anônimo. Precisará disso para trocar ideias.

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    2. [5º tentativa de enviar o comentário - erro de cookies] Não leve meu comentário a mal é apenas uma crítica construtiva. O motivo do anonimato é para que vc não faça comigo o que fez com Olavo: ataque pessoal. E novamente a sua incapacidade de apreciar a obra de George Lucas (Star Wars) reflete a sua falta de cultura.
      Lembre-se tudo o que você disse pode e será usado contra você no debate. Já eu sou um membro e minha opinião não expressa necessariamente a do movimento. Fique tranquilo não vou fazer mais comentários no seu BLOG tenho coisas a fazer. No dia do debate estarei sentado ao lado de meu mestre e revelarei quem eu sou.

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    3. Que coisa mais confusa utilizar Olavo de Carvalho pra corroborar as tais invasões...

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    4. Curiosa esta persistente tentativa de transformar um simples debate em um dramático embate, onde "pessoas serão reveladas ao lado de seus mestres". Bizarro. Uma coisa parece certa: aprenderei bastante sobre este movimento estudantil. E Krishnamurti tem razão. Para mim também falha a percepção da correlação entre Olavo de Carvalho e este movimento estudantil. Será interessante. Acabo de divulgar em minha página pessoal fb o debate.

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    5. Agora fiquei nervoso. Krishnamurti você sendo um indivíduo politicamente fanático (Hugo já mostrou suas falhas argumentativas mais vc persiste) que comenta demais e acompanha tudo no blog não perderei meu tempo aqui conversando com você onde o autor modera os comentários. (no meu blog todos são livres). Então peço que vá ao debate para que conversemos cara a cara. "Para mim também falha a percepção da correlação entre Olavo de Carvalho" Olavo é convidado meu só isso.
      Adonai, dia 23 irei lhe ensinar os princípios básicos de uma boa argumentação. Peço por favor que abandone de vez o blog feche os comentários e que não visite mais. Obrigado.

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    6. Anônimo

      Entendo que tenha ficado nervoso. Mas se acredita mesmo que conhece os princípios básicos de uma boa argumentação (o que quer que isso signifique) creio que nervosismo seja um estado emocional que deva ser evitado nesses momentos. Sim, Anônimo, eu espero poder ouvir os seus argumentos e os argumentos dos demais, incluindo seu convidado. Espero também ter a chance de falar, sem interrupções provocadas por estados emocionais alterados. Mas não vejo motivos para atender ao seu pedido de abandonar de vez o blog e fechar comentários. Existem aqueles que acreditam ser beneficiados por este blog, mesmo levando em conta que encerrei um ano atrás a publicação de novas postagens. Pedir para fechar comentários é pedir para pessoas se calarem. E esta postura não me parece consistente com a crença proclamada de que você conheça os princípios básicos de uma boa argumentação. Este é um dos pontos falhos mais graves do movimento estudantil em andamento: falta de preparo. As motivações para o movimento são, em princípio, interessantes. Mas o modo de agir não é inteligente.

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    7. Bem, então veremos. Já adianto que o fato de você ter me reprovado injustamente não tem nada a ver com isso e que claro você vai ter a sua vez de falar.

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    8. Se eu o reprovei injustamente, podemos conversar sobre isso também, caso você queira. E com relação a eu ter a chance de falar, é o que basta para mim. Que cheguemos a um acordo.

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    9. "Eu não posso defender Olavo de Carvalho nem nas situações onde ele está absolutamente correto?" Nando Moura https://www.youtube.com/watch?v=0Idcc75tpnA

      Alias, é interessante que aqui e nas suas aulas, lugares onde tens poder sobre mim, você quer dialogar. Aqui a moderação lá o poder do professor de fazer o aluno ficar na faculdade até que o sol se apague. Quero ver o seu comportamento onde temos posições iguais. Aliás um dos objetivos da OCUPA UFPR é a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social.
      Até amanhã.

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  42. Gostaria de estar ao seu lado Adonai!

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    1. Fica tranquila, Mariia. Tentarei registrar em vídeo este debate.

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  43. Respostas
    1. Mariia quem dera eu pudesse levar Artur Ávila para o debate.

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