domingo, 3 de fevereiro de 2013
Quantos polacos são necessários para trocar uma lâmpada?
Acompanhe a leitura até o fim e responda à pergunta do título. Chegou a hora de revelar o seu caráter.
Neste texto mostro de forma muito breve como a Polônia, a partir de condições extraordinariamente precárias, se transformou em uma potência mundial em matemática. Espero que este exemplo histórico sirva de inspiração ao povo e ao governo brasileiro. Em particular, espero que a comunidade acadêmica de nosso país tome conhecimento desta extraordinária história e avalie o que podemos fazer na prática a partir deste exemplo de determinação e luta.
A Polônia conta com uma história milenar, iniciada no século 10, quase sempre marcada por graves conflitos, desde sangrentas guerras contra os Cavaleiros Teutônicos em tempos medievais até duas guerras mundiais durante o século 20.
No início do século passado a matemática polonesa ainda era extraordinariamente isolada e pobre. Se havia alguma produção relevante, estava quase que inteiramente escrita em polonês, idioma simplesmente ignorado por outras culturas.
Durante a Primeira Guerra Mundial Zygmunt Janiszewski publicou um artigo intitulado "Sobre a necessidade de matemática na Polônia". O contexto histórico era claro. Aquele país estava prestes a conquistar sua independência e a nação inteira se entusiasmava com sonhos e planos.
Segundo Janiszewski não havia chances da Polônia competir, em áreas tradicionais da matemática, com nações como Itália, Inglaterra, Alemanha e França, as quais eram líderes incontestáveis na Europa e, consequentemente, no resto do mundo. No entanto, em áreas emergentes a Polônia tinha tantas chances para realizar contribuições relevantes como qualquer outra nação. O nome disso, caro leitor, é estratégia. Não faz sentido promover ciência e educação sem uma estratégia antenada com a realidade mundial.
As áreas emergentes da matemática, na época, eram teoria de conjuntos, topologia, teoria das funções de uma variável real, lógica e fundamentos.
Foi então que surgiu, em 1920 (dois anos após a independência do país), o primeiro periódico especializado de matemática da história mundial: o Fundamenta Matematicae. Até então todos os periódicos europeus de matemática permitiam a publicação sobre qualquer área desta ciência. Já o Fundamenta Matematicae focava especificamente contribuições em lógica e fundamentos.
Janiszewski não pode testemunhar o excepcional triunfo desta histórica iniciativa, pois morreu logo em seguida, aos 32 anos de idade. No entanto, o fruto de seu trabalho repercute até os dias de hoje e persistirá enquanto durar a humanidade.
Jovens que tinham interesse em se dedicar ao estudo de matemática receberam intenso apoio de profissionais de excepcional talento. Entre esses jovens estavam Bronislaw Knaster, Kazimierz Kuratowski, Szolem Mandelbrojt, Stanislaw Saks, Alfred Tarski, Tadeusz Wazewski, Antoni Zygmund, Karol Borsuk e Samuel Eilenberg, além de muitos outros.
Universidades polonesas promoviam intensos intercâmbios com instituições de outras nações, incluindo o Brasil. O brasileiro Newton da Costa, por exemplo, recebeu a Medalha Nicolau Copérnico da Universidade de Torum, devido às suas relevantes contribuições àquele país e à lógica matemática.
E qual foi o resultado disso tudo? Hoje em dia, qualquer livro relevante sobre lógica, fundamentos da matemática, teoria dos conjuntos ou topologia apresenta uma considerável lista de contribuições originalmente devidas a matemáticos poloneses. Citar polacos, nesta literatura, é simplesmente inevitável. E Alfred Tarski é hoje considerado um dos quatro nomes mais importantes de toda a história da lógica, ao lado de Aristóteles, Gottlob Frege e Kurt Gödel.
Ou seja, a Polônia colocou de forma definitiva sua marca no mundo. Copérnico deixou de ser um caso isolado na história da ciência e passou a fazer parte de um legado nacional de paixão, garra e contribuições científicas da mais alta qualidade.
A partir de um artigo, foi definida uma estratégia de ação por parte de governo e outros segmentos sociais, como universidades e até mesmo famílias inteiras. Isso mesmo: tudo começou com um único artigo.
No Brasil reclama-se muito da falta de condições de trabalho e de incentivos à educação e à produção científica. No entanto, como observou recentemente um leitor deste blog, certos problemas fundamentais de nossa comunidade acadêmica parecem estar mais ligados a questões culturais do que políticas governamentais ou acadêmicas. Isso me faz recordar de uma história que ouvi muitos anos atrás.
A convite de Newton da Costa, um matemático polonês visitou o Brasil e ficou impressionado com as excepcionais facilidades que existem em nossas universidades públicas. Afinal, os professores universitários brasileiros têm direito a salas próprias e existe até mesmo giz para uso em lousas. Este matemático polonês concluiu que o Brasil deve produzir ciência da mais alta qualidade. Afinal, na Polônia as condições de trabalho eram consideravelmente piores.
Já ouvi muita piada sobre polacos em nosso país. Mas certamente deveríamos deixar as piadas de lado e aprender um pouco mais com este extraordinário povo. Um extraordinário povo que demonstrou claramente saber ler, refletir e realizar.
Por mais pretensioso que possa parecer, minha iniciativa com o artigo publicado em Scientific American Brasil sobre as universidades federais brasileiras é fortemente inspirada no exemplo de Zygmunt Janiszewski. A questão agora é se o povo e a academia brasileira sabem ler, refletir e agir.
Não insistirei por muito mais tempo com campanhas a favor de ciência e educação de qualidade em nossas terras se não houver uma reação realmente significativa neste país. Como já confidenciei a amigos, não tenho vocação para Dom Quixote. Cabe agora a demais pessoas algo que vai muito além de um simples acenar com a cabeça ou um curtir e um compartilhar no facebook. Cabe aos que sonham com um Brasil melhor a intensa, permanente e criativa pressão sobre meios de comunicação, autoridades, amigos e familiares.
Existem muitas outras questões sobre educação e ciência que ainda não foram tratadas neste blog. Há várias postagens a caminho, escritas por mim e também por novos colaboradores. Certamente esses novos textos serão veiculados aqui. Mas a minha preocupação é com o futuro a médio e longo prazo.
Nos últimos cinco dias este blog tem contado com uma média de 1200 visualizações por dia, o que reflete clara receptividade às ideias aqui divulgadas. Mas simples receptividade não dura muito e é uma postura simplesmente passiva. O Brasil precisa de muito mais do que isso. Afinal, o número de visualizações está finalmente caindo. Ontem foi para pouco mais de 700.
Em suma. Nenhuma grande obra é realizada por uma só pessoa. Sem apoio social real, nada muda. Sem ações relevantes, nada muda. Sem pressão agressiva, estamos simplesmente condenados a sermos a eterna promessa do país do futuro. Sonhos carecem de sentido sem ações.
Para detalhes sobre a história do desenvolvimento matemático na Polônia recomendo este artigo de W. Zelazko, escrito em inglês. O relato de Zelazko é ainda muito superficial, mas consideravelmente mais completo do que esta postagem. Para aqueles que não sabem ler inglês devo simplesmente advertir: português é uma língua ignorada pela comunidade científica internacional, assim como o polonês.
Se você, leitor, não consegue ler inglês é porque as escolas onde cursou os ensinos fundamental e médio simplesmente o enganaram. Portanto, reaja! E se sabe ler inglês, sua responsabilidade social é ainda maior. Mãos à obra! Precisamos todos jogar a serpente no paraíso da comodidade. Este blog não foi concebido para se tornar uma mera distração intelectual. O artigo publicado em Scientific American Brasil não foi escrito para servir de consolo àqueles que sentem na pele o desprezo brasileiro à educação. Este artigo foi escrito para promover mudanças. Sem reação agressiva, criativa e coletiva, o senso crítico de uma fundamental parcela da população está destinado à morte.
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A resposta é 1 polaco! pois a Polônia era uma lâmpada queimada apagada em situações precárias, e bastou um polaco com um artigo para que a lâmpada fosse trocada e a luz do conhecimento aparecesse naquele País.
ResponderExcluirTiago
ExcluirNão podemos ignorar o fato de que a mudança naquele país foi promovida por muita gente.
O artigo do Janiszewski pode inspirar ao dar esperança de que o da Scientific American também acabe por levar à ação.
ResponderExcluirMas o paralelo convida questionamentos sobre sugestões para uma estratégia.
Stafusa
ExcluirVárias sugestões são apresentadas no próprio artigo. Outras são enunciadas em várias postagens por aqui. Mas o principal é a vontade política de mudar. E essa vontade deve vir não apenas do Governo Federal, mas principalmente de diversos segmentos sociais: famílias, empresas, mídia, instituições de ensino, profissionais da educação, alunos.
A palavra chave é "estratégia", não "sugestões". Sei que sugestões não faltam.
ExcluirA estratégia sugerida pelo polonês era simples e, acima de tudo, extremamente focada. Imagino que algo assim seja necessário para cristalizar e dirigir a energia das pessoas numa direção coerente, para que algo aconteça. Acredito que o que tornou a ideia dele catalizadora foi focar o entusiasmo da época - "Matemáticas emergentes!" poderia ter sido o slogan para os matemáticos poloneses pós-independência.
Qual é o nosso?
Receio que apenas estabelecer um objetivo genérico e fazer boas sugestões não baste. Pedir "Educação de qualidade!" não basta. Todo mundo há muito afirma lutar pela melhora da educação no Brasil. Ou seja, criar essa vontade de mudar (i.e., abrir os olhos das pessoas, para despertar insatisfação com a situação atual, de forma que passem a desejar mudança) já é uma tarefa difícil, mas ainda assim insuficiente. Você sabe disso, por isso incita as pessoas à ação em seu "Apenas faça" na coluna à direita - meu receio é que pedir que cada grupo de pessoas desenvolva sua própria estratégia e execute pequenas ações não gere o tipo de esforço concentrado necessário para vencer a resistência do sistema.
Stafusa
ExcluirConcordo, em princípio, com você. Seu comentário foi extremamente pertinente.
A minha estratégia pessoal, como deve ter notado, tem sido a provocação. Uma vez que o Brasil não está em guerra (como a Polônia esteve), quero criar esta guerra. O fato é que este país ainda não percebeu quais são os seus problemas educacionais. Por isso publiquei o artigo em SciAmBr.
Se esta provocação atingir o nível que desejo, aí sim iremos para o próximo passo: definição de estratégias nacionais. Mas esta tarefa deverá ser feita em parceria com muita gente.
Enquanto isso, tenho enfatizado também estratégias locais em várias postagens, como aquela cujo título é Motivando Crianças a Estudar.
Não precisa ir muito longe. No vestibular do ITA de 130 aprovados, 43 são do Ceará. Talvez possamos aprender com alguém mais perto.
ResponderExcluirTurismo
ExcluirPoderia elaborar um pouco mais? O que poderia nos dizer sobre o povo cearense e a educação neste estado? Conheço vários matemáticos cearenses que são excelentes. Mas não conheço muito da cultura do povo deste estado.
TUDO PARA TODOS TOTALMENTE
ResponderExcluirA intenção do blog e do artigo é boa e louvável. Realmente a eficiência do ensino da matemática no Brasil é, praticamente, nula. Sabe-se que só quem resolve se dedicar por conta própria àquela disciplina é que aprende realmente no nosso país, pois os professores não possuem formação pedagógica suficiente, nem vontade educacional válida, para ensinar de modo que na escola se passe a amar a matemática e se transforme num cultor dela para o resto da vida. O mesmo pode ser dito para a física e a química. Todavia o artigo peca, no meu modo de entender, quando afirma que:
"certos problemas fundamentais de nossa comunidade acadêmica parecem estar mais ligados a questões culturais do que políticas governamentais ou acadêmicas. " (Idem)
Na verdade, basta que se estude a história das políticas educacionais, para que se perceba que existem estruturar que não permitem que o nível de ensino no país suba. Trata-se das agendas internacionais que se arvoram a saber o que o Brasil precisa e implantam metas ligadas todas à formar uma capacitação medíocre para servir aos ditames do mercado, pois se sabe que, internacionalmente, a dita "nova ordem mundial" determinou que nossa função na agenda da produção é secundária e assim, quem deve pensar é quem faz parte do primeiro mundo.
Eu paguei a disciplina Políticas Educacionais, no CE da UFPE, há poucos semestres e pude examinar documentos que provam isso que estou falando.
Além do mais, e nisso concordo com o artigo citado neste post, a questão da mentalidade é fundamental. O que acontece é que o Brasil, mesmo depois da queda da ditadura militar, continua tendo suas universidades monitoradas por mentalidades ou colonializadas, ou colonialistas.
Em especial filosofias anti-brasileiras controlam muitos cursos universitários. Se pode falar de verdadeiro e próprio entreguismo, isto é, de gente que se torna professor universitário com a mera intenção e decisão de desmotivar os alunos, já no primeiro período, quanto às suas pretensões de se tornar um luminar na disciplina que cursa. Em especial presenciei isso no curso de Filosofia (pense-se que é dali que deveria partir um estudo aprofundado da lógica, mas até agora o que se tem são estudos rudimentares e ensinados de modo que todos passem a odiar aquela disciplina) uma situação tal que se avisa no primeiro dia de aula para os alunos novatos que eles devem desistir de quererem ser filósofos e que filósofo mesmo só grego ou alemão.
Isso tudo, sem contar o preconceito contra a inteligência dos nordestinos e, em especial, a dos nordestinos vindos das classes proletárias, pior ainda.
Dito isso, deixo aqui minha conclusão provisória, para contribuir com a conclamação que o autor do artigo acima citado fez, dizendo que precisamos de uma reforma intelectual sim no país, mas, além dela, também de uma reforma moral. Tudo isso sem deixar de lutar por políticas educacionais que inibam o colonialismo cultural entre nós e que estimulem a ousadia e a criatividade intelectual, principalmente quando essa vier objetivada a universalizar o conhecimento no solo pátrio e não a mantê-lo elitizado. A frase que me parece ser uma frase-chave para isso que digo é a do grande pedagogo boêmio Comênius. Ei-laz: "Tudo, para todos totalmente".
Filosofarte
ExcluirAchei fascinante sua análise, apesar de curta (dado o reduzido espaço disponível para comentários). Eu gostaria muitíssimo que você escrevesse um texto para ser publicado neste blog sobre sua visão a respeito da necessidade de uma reforma moral no país. Seria fundamental, claro, que os documentos mencionados fossem citados ou reproduzidos. Meu e-mail é adonai@ufpr.br. Espero poder contar com a sua valiosa colaboração.
Estava justamente escrevendo para parabenizar o excelente comentário da Filosofarte!
ExcluirAdorei o: "Dito isso, deixo aqui minha conclusão provisória, para contribuir com a conclamação que o autor do artigo acima citado fez, dizendo que precisamos de uma reforma intelectual sim no país, mas, além dela, também de uma reforma moral. Tudo isso sem deixar de lutar por políticas educacionais que inibam o colonialismo cultural entre nós e que estimulem a ousadia e a criatividade intelectual, principalmente quando essa vier objetivada a universalizar o conhecimento no solo pátrio e não a mantê-lo elitizado. A frase que me parece ser uma frase-chave para isso que digo é a do grande pedagogo boêmio Comênius. Ei-laz: "Tudo, para todos totalmente"."
Seja bem-vinda à nossa luta!
ótimo texto, a Polônia é realmente um exemplo a seguir...
ResponderExcluirGostaria que voce visitasse o meu blog, desculpe se minha linguagem soa um pouco infantil nas postagens...Abraços...
http://sergiosouzanovak.blogspot.com.br/2013/02/raposas-sempre-raposas.html
Sergio
ExcluirAcabo de ler suas postagens e incluí seu blog na minha página de links recomendáveis. Recentemente uma amiga criticou que meus textos não são acessíveis à maioria dos jovens. Esta é uma falha que preciso corrigir. Seu blog, porém, parece preencher uma lacuna importante na internet. Espero que não o abandone.
22 mil poloneses (massacre de Katyn), 1 presidente e 88 membros do governo (http://noticias.r7.com/internacional/noticias/acidente-aereo-mata-presidente-polones-e-88-membros-do-governo-20100410.html)... sem levar em consideração aqueles que se foram no passando antes da 2ª guerra. O histórico pré independência, eventos como esses e o trabalho de alguns ensinaram muito aos Poloneses... tanto sobre a lâmpada quanto sobre o processo de troca. No Brasil... ainda há muito para aprender sobre o processo e sobre a lâmpada... sem isso a lâmpada continua apagada e sem ser substituída.
ResponderExcluirOlá prof.,
ResponderExcluirJá li bastante postagens suas e creio que já entendi suas ideias e o que o senhor defende. Porém a visão que eu tive é que o senhor defende uma visão muito "perfeita" das instituições sociais brasileiras. Em qualquer lugar do mundo há profissionais competentes e incompetentes, nenhuma área é livre disso.
Ouvi um relato de um professor meu de que ele e outro colega submeteram um artigo a uma revista internacional. Em termos simples, o artigo mostrava por que uma teoria usada na astrofísica desde 1970 estava errada em seus fundamentos. Bem, o artigo foi recusado. Tempos publicou-se algo parecido, mas feito por um pesquisador americano. A ciência tem muito de "panelinha"? Se as maiores revistas científicas, se os maiores prêmios concedidos pela ciência são americanos e/ou europeus e esses claramente são tendenciosos, como "medir" a qualidade da produção científica? Sabemos muito bem que brasileiros como César Lattes ou Carlos Chagas mereciam o prêmio Nobel e por questões políticas não ganharam.
Att.,
Laura.
Laura
ExcluirSeu julgamento a meu respeito é absolutamente perfeito! No entanto, você parece colocar isso como se fosse uma falha minha. Todas as sociedades enfrentam problemas. Todas as instituições enfrentam problemas. Até mesmo cada um de nós enfrenta problemas que sempre se renovam. No entanto, é uma condição muito humana a busca pelo belo. É claro que sonho com uma sociedade perfeita! Por que eu sonharia com uma sociedade com falhas? Se cometemos erros, devemos lutar para corrigi-los. Se você leu diversas postagens neste blog, é porque você mesma busca por conhecimento, por críticas. Não me parece que você seja muito diferente de mim e de muitos outros que buscam pelo aperfeiçoamento.
Se algum dia existir uma sociedade perfeita, não tenho a mais remota ideia do que poderia ser feito em tal ambiente. Mas enquanto houver erros, devemos sempre lutar para que eles sejam eliminados.
E, a propósito, o caso que você menciona sobre seu professor é muito parecido com algo que já aconteceu comigo mesmo. No entanto, sua visão sobre uma suposta "panelinha" é exageradamente simplista. Casos como o que você relata fazem parte justamente das falhas humanas. Nada além disso.
Ótimo esclarecimento!! Parabéns pelo trabalho. Acompanho vários blogs na internet, gosto bastante de todos, mas confesso que o senhor me parece ser o mais sensato de todos. Continue com seus posts, a internet tem um alcance extraordinário, além do que podemos imaginar.
ExcluirProfessor, houve alguma iniciativa de desenvolvimento científico na Índia? Como explicar os laureados com o Prêmio Nobel nesse país?
ResponderExcluirSebastião
ExcluirSei muito pouco sobre o desenvolvimento científico na Índia. Posso repetir algo que ouvi em uma palestra que assisti nos EUA. Segundo o palestrante, por conta da colonização inglesa, décadas atrás, muitos centros de excelência foram criados naquele país. Até hoje esses centros formam excelentes pesquisadores, principalmente em tecnologia de ponta. No entanto, o mercado de trabalho indiano não consegue absorver profissionais de alto nível. Consequentemente, muitos indianos migram para países europeus e EUA. Além disso, lembro de diálogos que tive com um físico indiano nos anos 1980. Segundo ele, as desigualdades sociais na Índia interferem muito no desenvolvimento científico daquele país.