tag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post6650265996168791688..comments2024-01-27T11:58:22.864-03:00Comments on Matemática e Sociedade: Que ensino se ensina em Portugal?Adonaihttp://www.blogger.com/profile/01496591352112715128noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-5142381488283932782013-03-28T09:31:37.793-03:002013-03-28T09:31:37.793-03:00Já respondi a parte deste comentário, já que o mes...Já respondi a parte deste comentário, já que o mesmo foi feito no link que deixei para este texto no meu blogue, apesar de no meu blog só conter a primeira parte do comentário. Reproduzo aqui a minha resposta à primeira parte: <br />"Caro FSantos, O seu comentário parece padecer da mesma limitação que acusa o meu texto, isto é, carece de falta de fundamentação. Tem alguma razão especial para apontar onde é que o meu texto está mal fundado? Também não percebo a sua vergonha em ter um colega de profissão assim. Então os colegas de profissão têm de seguir algum catecismo que eu não esteja a seguir? Para que o seu comentário não fique pela categoria "sem interesse", tudo o que tem a fazer é apontar onde estão os defeitos do meu texto, o que é que afirmei que se pode objectar, etc... de resto se tem vergonha só por que não gosta que hei-de eu fazer? Quando escrevo um texto e o publico não posso esperar que todos os meus leitores gostem. Uns gostam e outros não. Outros gostam muito e outros odeiam. As pessoas são livres e eu não tenho nada que ver com os seus gostos. Mas penso que no mínimo quando as pessoas têm objecções a fazer que as façam, com alguma preocupação pela clareza."<br />Em relação à segunda parte do comentário que aqui foi colocada, vou tentar responder:<br />“Onde fica o trabalho imenso de alargar a escolaridade de nove anos a toda a população? Onde está a referência à erradicação do analfabetismo? Ao combate ao abandono escolar precoce? À melhoria significativa dos resultados escolares?”<br />Não leu o texto? Está lá, de forma até bastante clara. Aliás, todo o texto é o retrato desse esforço, ao ponto que chego a afirmar: “E é um facto que Portugal fez um feito histórico digno de nota. O esforço foi incalculável. Construíram-se imensas escolas e pela primeira vez, na década de 80 do séc. xx, Portugal via filhos da classe economicamente mais desfavorecida a entrar nas universidades, a estudar. No final dos anos 80 e início dos 90, vivia-se em Portugal uma espécie de euforia por estudar nas universidades.”<br />Mas há mais afirmações minhas com igual conteúdo. Mas logo a seguir falo no meu texto que há agora novos desafios. <br /><br />À evolução positiva obtida nas comparações internacionais?<br />Também está no texto. O que digo é factual: há um investimento gigante para resultados muito tímidos. Aliás, como o Francisco muito bem sabe, para cada 10 estudos com resultados negativos, anos após anos, há 1 com resultados timidamente positivos. E isto nem é difícil de compreender: é que em Portugal tínhamos séculos de atraso educativo. É professor há tantos anos e não reconhece isto? Estranho…<br /> “A uma geração de portugueses com elevados padrões de qualificação superior (mestrados, doutoramentos e pós-graduações) que afirmam a qualidade da universidade pública portuguesa.<br />Tudo isto é fruto da escola pública democrática que foi construída no pós revolução de Abril e agora é alvo de um vil ataque com vista a entregar a privados uma área de negócio apetecível.”<br />Compreendo que a escola pública está também ela muito sujeita aos lobbys de sindicatos e professores. Ou não está? Mas eu não nego em lado algum que a escola pública não tenha resultados interessantes. Aliás, escrevi precisamente o contrário. O que eu defendo no meu texto – e que o Francisco de tão irado que ficou nem quis ler – é que em Portugal todo o ensino lhe está entregue.<br />Há um estigma em Portugal – que também refiro no meu texto – de olhar para a realidade a preto e branco, isto é, ou somos a favor da escola pública ou somos contra. Ora, eu não sou contra. O que eu sou contra é que a Escola Pública estrangule a iniciativa privada.<br />De resto como nunca tivemos liberdade de ensino em Portugal, o que é que o faz pensar – se é que pensa – que o ensino verdadeiramente privado seria muito pior do que o ensino público que conhece desde pelo menos 1978?<br />Espero ter respondido às suas questões, deixando também outras para que responda.<br />Agradeço o seu comentário<br />Obrigado<br />Rolando Almeidahttps://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-31344954144012706672013-03-28T01:23:37.948-03:002013-03-28T01:23:37.948-03:00Francisco
Pedirei ao autor para que ele responda ...Francisco<br /><br />Pedirei ao autor para que ele responda às suas questões. Mas, antes de mais nada, peço que evite julgamentos pessoais e que foque nas questões que você levantou.Adonaihttps://www.blogger.com/profile/01496591352112715128noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-60308050840245297782013-03-27T14:48:15.600-03:002013-03-27T14:48:15.600-03:00Nem posso acreditar que este seja um texto que pre...Nem posso acreditar que este seja um texto que pretende "retratar" o ensino em Portugal.<br />Trata-se de um texto que é uma coleção de lugares comuns e "achismos" sem fundamentação. Quando muito baseia-se no cratismo antieduquês, que em Portugal fez a escola suficiente para levar Nuno Crato até ao governo, com o objetivo de desmantelar a escola pública que está consagrada na CRP e na LBSE.<br />Que vergonha ter por colega de profissão alguém assim.<br /><br />Onde fica o trabalho imenso de alargar a escolaridade de nove anos a toda a população? Onde está a referência à erradicação do analfabetismo? Ao combate ao abandono escolar precoce? À melhoria significativa dos resultados escolares? À evolução positiva obtida nas comparações internacionais? A uma geração de portugueses com elevados padrões de qualificação superior (mestrados, doutoramentos e pós-graduações) que afirmam a qualidade da universidade pública portuguesa.<br />Tudo isto é fruto da escola pública democrática que foi construída no pós revolução de Abril e agora é alvo de um vil ataque com vista a entregar a privados uma área de negócio apetecível.<br /><br />Francisco Santos, professor do ensino básico (2º ciclo) desde 1978FranciscoSantoshttps://www.blogger.com/profile/17596085097541194228noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-34260570709418120862013-03-27T09:39:44.796-03:002013-03-27T09:39:44.796-03:00Adriane, antes de tudo obrigado pelas informações ...Adriane, antes de tudo obrigado pelas informações que me ajudam a compreender melhor alguma da realidade educativa nos 2 países. Curiosamente uma parece o espelho da outra. Um dos problemas que se coloca no ensino privado em Portugal é que nele pouco há de privado a não ser a gestão. Grande parte do financiamento da esmagadora maioria das escolas privadas em Portugal é público. Ou então são escolas excessivamente caras. Creio ser mais ou menos evidente a razão pela qual o estado financia o ensino privado: é que se for um plano bem arquitectado fica sempre mais barato ao erário público. O problema que se coloca é que acaba sempre por ficar ainda mais caro, pois o estado financia grupos de ensino privados e controla-os ao ponto de nomear como administradores ex políticos. Ou seja, o ensino privado em Portugal funciona em muito na base da corrupção política com o poder político a assumir sempre o papel de relevo. Ou seja, o fomente de ensino privado em Portugal segue a mesma linha: o poder político fomenta para continuar a controlar. Como é que pode uma instituição privada de ensino funcionar com base no mérito se vê o seu financiamento e funcionamento assegurado pelo poder político? Isto tem sido um caso de alguma denúncia pública pelos media em Portugal, mas politicamente nada se faz e tudo continua na mesma, não passando de uma revolta expressa nas redes sociais de internet e pouco mais. É o esquema de corrupção política a funcionar a toda a velocidade, já que a justiça não actua. Recentemente em Portugal denunciou-se, por um canal privado de TV a existência de um pesado grupo privado de ensino que fica excessivamente caro ao estado para o serviço que presta, mas explora a mão de obra dos professores ao desbarato. O que o ministério de educação fez foi um comunicado a indicar que iria abrir um inquérito. Até hoje sem qualquer resultado. E nunca o vai ter, pois quem administra esse grupo (Grupo GPS) são ex políticos e ainda outros com fortes influências políticas, gente que na maioria dos casos nunca sonhou fazer da educação o seu negócio de família. Como referi no meu texto, a somar a tudo isto ainda o facto de socialmente em Portugal não existir outra ideia fundamentada de ensino que não aquela que é assegurada pelo Estado. E é precisamente o poder corrupto do estado que tem estrangulado a dinâmica no sistema educativo. Em matéria educativa estamos claramente sujeitos ao controlo político. Claro que tudo isto seria o ideal se tivéssemos uma política funcional. Mas não temos tido. Rolando Almeidahttps://www.blogger.com/profile/14335927716319253296noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-66656568596637818812013-03-26T19:49:12.949-03:002013-03-26T19:49:12.949-03:00Rolando e Adonai
São muitas as semelhanças vivenc...Rolando e Adonai<br /><br />São muitas as semelhanças vivenciadas na educação brasileira. Entretanto, apesar de não estarmos em um momento de declarada crise financeira no Brasil, o uso da educação com finalidade política é também bastante visível por aqui. A abertura descontrolada de instituições de ensino privadas no Brasil, resultado da democratização da educação, também trouxe sérias consequências à qualidade do ensino, em todos os níveis. <br /><br />A falta de rigor nas aprovações no ensino médio somada à facilidade de acesso aos cursos de nível superior tem como consequência a formação de profissionais incapazes para o exercício responsável da profissão. <br /><br />As aprovações nas Universidades Federais brasileiras estão atreladas ao REUNI - Plano de Aceleração do Crescimento para a Educação, que prevê aumento de 20% no orçamento para instituições que, por adesão, “garantam o aproveitamento” de 90% do total de alunos ingressantes no vestibular. Este “aproveitamento”, entretanto, diz respeito apenas a números e não a competências. <br /><br />Por outro lado, muitas instituições de ensino superior privadas adotam a “manutenção de receita” como critério de aprovação. Ou seja, cada curso deve necessariamente dar conta dos próprios custos “incentivando” a permanência do aluno através da aprovação quase que irrestrita.<br /><br />Mesmo dotadas da liberdade na construção de currículos inovadores, as Instituições Privadas pecam do mesmo modo na formação profissional. Em ambos os casos, IES públicas e privadas guiam-se principalmente por orçamentos e não pela qualidade no ensino. Como resultado, todos os anos são lançados ao mercado de trabalho “profissionais” sem a mínima condição para o exercício profissional. <br /><br />Notícias sobre compra e venda de diplomas de graduação no Brasil têm recebido destaque na imprensa nos últimos meses. Mas a questão é: qual a real diferença entre a aprovação em massa, sem qualquer critério de qualidade e a venda de um diploma? Creio que seja possível afirmar que exista uma diferença ética, pois ao exigir 75% de presença às aulas, ao menos os cursos presenciais isentam-se da culpa da venda de tais diplomas. Mas no que diz respeito ao compromisso social quanto ao preparo de profissionais competentes, francamente, não vejo muita diferença. <br /><br />Quero acreditar que a luta pela qualidade do ensino trará resultados (mesmo que em longo prazo) para todos nós. Iniciativas corajosas que tragam a tona os bastidores da educação devem ser sempre incentivadas, pois nosso silêncio e nossa acomodação nos tornariam coparticipantes do descaso das Políticas Públicas Educacionais em nossos países.<br /><br />Um abraço,<br /><br />Adriane<br />Adriane Mazola Russhttps://www.blogger.com/profile/06375716472693282731noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7013389876233226240.post-10520708761908562932013-03-26T19:05:59.401-03:002013-03-26T19:05:59.401-03:00Eu fiquei assustada com esse depoimento, na realid...Eu fiquei assustada com esse depoimento, na realidade estamos caminhando para a mesma coisa. Cibele Sidneyhttps://www.blogger.com/profile/01571665034377088032noreply@blogger.com